RC: Como a senhora observa a implantação do ESG nas empresas e a sua propagação de forma mais intensa junto aos protagonistas?
Soraya: É nítido que houve uma mudança no perfil do consumidor e as empresas, atentas a esta mudança, passaram a adotar em seu dia a dia as práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança). Hoje, esse indicador é um atrativo para investidores, sendo valorizado pelo consumidor e pela sociedade. Eu, particularmente, estou achando fantástica toda essa implantação nas corporações. Todos ganham. Empresário, colaboradores internos e externos, sociedade, meio ambiente.
RC: O tema deste ano do Dia Mundial do Meio ambiente é o combate à poluição plástica. Como observa esta realidade e os impactos no processo da logística reversa?
Soraya: O descarte incorreto de embalagens plásticas tem poluído oceanos, rios, lagos, solos e aterros sanitários, fazendo com que se torne o grande vilão da preservação ambiental. A poluição plástica tornou-se um problema global. Se pensarmos que apenas 10% do plástico produzido no mundo é reciclado, temos um imenso desafio pela frente. Precisamos urgentemente investir em infraestrutura, coleta e educação ambiental, para que a LR tenha sucesso. A partir do momento que o cidadão tem consciência da agressão feita ao meio ambiente quando deixa um pacote de salgadinho, uma garrafa de long neck ou uma embalagem pet de suco à beira mar, já temos um grande avanço.
RC: A Coamo tem promovido eventos para conscientização e boas práticas do meio ambiente junto a cooperados, funcionários e a comunidade. Como vê o papel do cooperativismo?
Soraya: As ações promovidas pela Coamo são extremamente importantes. É necessário fazer com que o time se sinta engajado pela causa. Seja em casa, no ambiente profissional, em uma simples volta pelo parque. Quando a equipe tem um exemplo positivo, ela quer seguir o mesmo, desta forma as práticas sustentáveis que hoje a Coamo pratica em seus ambientes internos e externos, fazem parte do ESG, já que economiza recursos e protege o ambiente.
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