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José Aroldo Gallassini, presidente dos Conselhos de Administração da Coamo e Credicoamo |
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Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo |
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Aquiles Dias, diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo |
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Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica da Coamo |
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João Carlos Bonani, coordenador da Fazenda Experimental |
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Coamo Agroindustrial Cooperativa promoveu entre os dias 13 e 15 de junho o tradicional Encontro de Inverno na Fazenda Experimental. Em sua 17ª edição, o evento reuniu cerca de 1,5 mil cooperados de toda a área de ação da cooperativa em busca das mais recentes novidades e tendências para o sistema produtivo. Com o intuito de difundir tecnologias e manter o quadro social atualizado, o encontro foi dividido em estações de pesquisa, nas quais foram apresentadas as mais recentes pesquisas e práticas agrícolas.
Cada estação abordou um tema específico com assuntos relacionados a diferença entre os fertilizantes e suas aplicações, manejo e identificação de plantas daninhas em pastagens, estratégias para o manejo de doenças no trigo, identificação e controle de doenças no milho e um tour técnico ao Laboratório de Análise de Sementes.
“A Coamo é voltada para as necessidades dos cooperados e este encontro é prova disso. São 17 edições de disseminação de conhecimento para que os associados possam produzir mais e melhor, com modernas tecnologias e orientações corretas da nossa equipe da assistência técnica, estabelecendo contato direto entre pesquisadores e técnicos que fazem toda a diferença”, explica o engenheiro agrônomo e presidente do Conselho de Administração da Coamo e Credicoamo, José Aroldo Gallassini.
O presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, conta que a função da Fazenda Experimental é testar as tecnologias previamente antes de oferecer ao quadro social e o objetivo desses encontros é difundir as tecnologias testadas e unir as entidades de pesquisa, cooperados e cooperativa. “É um encontro que congrega tecnologias tanto em equipamentos, variedades e manejo. É uma satisfação receber mais de 500 cooperados por dia. Tudo isso para cumprir a missão da cooperativa, que é de fato gerar renda de forma sustentável ao nosso cooperado. Levamos tecnologia, sustentabilidade e viabilidade para as propriedades.”
De acordo com o diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo, Aquiles Dias, a atualização constante é necessária para o desenvolvimento da lavoura, por isso a Coamo investe nessas capacitações. “A Coamo sempre foi focada nas questões técnicas, levar a tecnologia para os cooperados. Estamos buscando o que há de mais atual para trazer para o quadro social. Nós temos um encontro de verão realizado no início de cada ano, e o de inverno, voltado as culturas dessa época e para pecuária. O evento foi um sucesso e os cooperados tiveram a oportunidade de se atualizarem em relação a novas tecnologias.”
Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica da Coamo, ressalta que o objetivo da cooperativa é compartilhar conhecimento sobre assuntos de interesse dos cooperados que estão sendo preparados para a ocorrência de possíveis problemas.
“Foi assim que, em encontros anteriores, discutimos o tema da cigarrinha e levamos aos produtores técnicas para serem utilizadas por eles no combate a uma das principais pragas do milho”, recorda. Sumiya explica que é grande o interesse dos produtores em participar dos encontros da Coamo, levando em consideração a importância do sistema de produção. “A intensidade do sistema de cultivo oferece desafios, por exemplo, no combate às pragas e estamos sempre compartilhando informações úteis para a prática nas propriedades.”
Para o coordenador da Fazenda Experimental, João Carlos Bonani, a organização do evento iniciou há vários meses, com a escolha dos temas das estações e todo o planejamento necessário. Ele ressalta que o resultado foi muito positivo, principalmente pela expressiva participação dos cooperados, que mesmo com condições adversas, estiveram presentes. “Na véspera do primeiro dia choveu bastante e continuou chovendo nos três dias de encontro, além da queda de temperatura. Mesmo assim, os cooperados não deixaram de participar e buscar tecnologia para aplicar em suas propriedades. Isso nos dá a certeza de que estamos no caminho certo com os encontros de inverno e verão, e vamos nos aperfeiçoar para entregar todo conhecimento necessário aos associados”. Entre os dias 12 e 15 de junho choveu um acumulado de 123 milímetros.
Diferença entre os fertilizantes e suas aplicações
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A utilização de fertilizantes na agricultura desempenha um papel fundamental ao suprir as necessidades nutricionais das culturas. Nesse contexto, é essencial compreender os diferentes tipos de fertilizantes disponíveis, bem como suas características relacionadas à granulometria, tamanho, tipo e densidade das partículas, a fim de tomar decisões sobre sua aplicação.
O engenheiro agrônomo Victor Hugo Matias Cangussu de Moura, da Coamo em Engenheiro Beltrão, destaca a importância do uso de fertilizantes na agricultura para que as plantas possam expressar todo o seu potencial produtivo. “Os fertilizantes desempenham um papel fundamental nesse processo, pois afeta diretamente a distribuição dos nutrientes para as plantas. Quando se utiliza um fertilizante de alta qualidade, há uma garantia de uniformidade na distribuição dos nutrientes, o que proporciona um suprimento adequado em toda a área cultivada. Isso é essencial para que a lavoura possa utilizar os nutrientes de maneira eficiente.”
Marcelo Augusto Batista, pesquisador da Universidade Estadual de Maringá (UEM), ressalta que, especialmente na região tropical, a produção agrícola enfrenta grandes desafios devido às limitações de fertilidade dos solos brasileiros. Nesse contexto, os fertilizantes desempenham um papel essencial para melhorar e suprir os nutrientes necessários às plantas. Segundo ele, no Brasil, muito solo apresenta deficiências nutricionais, como baixos teores de nitrogênio, fósforo, potássio e outros nutrientes essenciais. “Essas limitações podem impactar negativamente o crescimento e o desenvolvimento das culturas, reduzindo a produtividade”, frisa.
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Marcelo Augusto Batista, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) |
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Mauricio Ossamu Hashimoto (Marilândia do Sul), Ronny Dalnei Ferreira Mafra (Campo Mourão), Victor Hugo Matias Cangussu de Moura (Engenheiro Beltrão), Marcelo Henrique Daneluz (Cantagalo), Andrew Akihito Ouchita Gomes (Quarto Centenário) e Itamar Lenadro Suss (Campo Mourão)
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Ele destaca que a utilização adequada de fertilizantes permite aumentar a produtividade das culturas, suprindo suas demandas nutricionais e superando as limitações naturais do solo. “Por meio da aplicação dos nutrientes corretos nas doses apropriadas, é possível otimizar o crescimento das plantas, promover um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis e alcançar uma produção agrícola mais eficiente.”
Um dos pontos a ser considerado é o uso de fertilizantes de melhor qualidade. Ao selecionar fertilizantes de alta qualidade, evita-se problemas decorrentes da mistura de matérias-primas com comportamentos diferentes. Essas misturas podem resultar em limitações que afetam a eficiência dos nutrientes fornecidos. “O primeiro ponto importante é usar fertilizante. O segundo é usar produtos de melhor qualidade, que garantem a entrega precisa da quantidade correta de nutrientes para cada área de aplicação, seja Nitrogênio, Fósforo, Potássio (NPK) ou qualquer outro nutriente necessário. Ao usar fertilizantes de qualidade, é possível obter uma distribuição mais uniforme dos nutrientes, o que resulta em um suprimento adequado e equilibrado para as plantas em todas as áreas cultivadas."
Segundo ele, os fertilizantes sólidos granulados tendem a ser mais eficientes em relação às misturas de grânulos. “Os fertilizantes granulados são produzidos de forma a garantir uma maior uniformidade na liberação dos nutrientes, permitindo uma melhor precisão na aplicação. Essa consistência na distribuição dos nutrientes contribui para um aproveitamento mais eficiente pelas plantas e reduz a possibilidade de deficiências ou excessos nutricionais em determinadas áreas.”
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Tour técnico ao Laboratório de Análise de Sementes
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Cleber Dienis Voidelo e Vinicius Francisco Albarello, de Campo Mourão |
Uma boa safra começa com uma excelente semente. A Coamo entende a importância desse princípio e, por isso, investe para produzir as melhores sementes do mercado e o Laboratório de Análise da cooperativa desempenha um papel fundamental nesse processo, fornecendo todo o suporte necessário para certificar os lotes de sementes, garantindo a qualidade e segurança aos cooperados. Durante o Encontro de Inverno, os cooperados puderam visitar o laboratório, e conheceram na prática parte do processo.
Cleber Dienis Voidelo, coordenador do Laboratório de Análise de Sementes da Coamo, destaca a importância de mostrar aos cooperados o dia a dia do processo de análise e controle de qualidade. “As sementes produzidas pela Coamo passam por rigorosos testes para assegurar que os cooperados tenham produtos de alta qualidade e segurança no momento do plantio”, diz.
Durante a visita ao laboratório, os cooperados tiveram a
oportunidade de acompanhar todas as etapas, desde a recepção das amostras até a realização dos testes de pureza, que garantem que o lote contenha apenas a cultivar desejada para o plantio. Eles puderam entender como são realizados os testes de vigor, que são de extrema relevância para o controle de qualidade, sendo um respaldo da qualidade do lote entregue. Também foram demonstrados os testes de germinação e os equipamentos utilizados em todo o processo. “Essa visita prática permite que os cooperados compreendam a complexidade de se extrair um resultado confiável de uma amostra representativa de um lote. Ao emitir um documento de certificação para essa semente, o cooperado tem a garantia do produto que está adquirindo para sua propriedade.”
Segundo ele, é importante que o cooperado tenha a oportunidade de visualizar todo o processo na prática, pois isso comprova a qualidade das sementes. “O ano foi um dos melhores em termos de produção de sementes, e isso pode ser constatado nos resultados obtidos com os testes realizados no laboratório. Dessa forma, o cooperado pode ter confiança e a certeza de que está adquirindo um produto de qualidade. Todo o processo de controle de qualidade, desde a chegada da semente até o armazenamento e a retirada pelo cooperado para o plantio em sua propriedade, é cuidadosamente realizado.”
Ele lembra que o plantio é a etapa mais importante para o sucesso de uma lavoura, e por isso é essencial adquirir sementes de qualidade. “A Coamo, por meio de sua pesquisa e laboratório de análise de sementes, trabalha para garantir que seus cooperados tenham acesso a sementes de alto padrão, proporcionando as condições necessárias para uma colheita satisfatória e produtiva.”
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Manejo e identificação de plantas daninhas em pastagens
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A pecuária vem passando por constantes avanços e modernizações ao longo dos anos. Essas mudanças têm exigido dos cooperados mais conhecimento para conduzir a atividade de forma eficiente. Entre os desafios enfrentados, destaca-se o manejo de plantas daninhas em pastagens, devido aos custos de controle e à dificuldade em lidar com essa questão.
No Encontro de Inverno, foram abordados aos cooperados aspectos práticos de identificação e controle dessas plantas, com demonstrações realizadas em campo. Também foram destacadas as principais espécies invasoras e os métodos mais eficazes de controle. Clecio Jorge Hansen Mangolin, médico veterinário da Coamo, observa que as plantas daninhas em pastagem são de grande impacto e podem causar prejuízos significativos aos cooperados. “As plantas daninhas competem diretamente com as pastagens por espaço, luz, água e nutrientes, comprometendo a criação dos animais.”
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Mangolin explica que na Fazenda Experimental está sendo desenvolvido um centro de pesquisa e para a montagem desse campo, foram coletadas diversas espécies encontradas em diferentes regiões do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. “Serão conduzidos trabalhos de pesquisa para avaliar os impactos que cada planta representa nas pastagens e recomendar soluções eficazes para o manejo dessas espécies invasoras.”
Outro ponto enfatizado pelo veterinário é relacionado aos danos físicos que as plantas daninhas podem causar nos animais. Muitas dessas espécies invasoras também servem como abrigo para parasitas, como carrapatos, bernes e moscas do chifre, por exemplo. “Esses parasitas externos têm ciclos de vida que se desenvolvem nessas plantas invasoras, representando uma ameaça adicional à saúde dos animais. Portanto, além dos prejuízos diretos causados pela competição por recursos, as plantas daninhas podem ser responsáveis por problemas secundários, como a disseminação de parasitas.”
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Tiago Damian (Barenbruge), Giovane Lauxen (Corteva), Debora Aline (Corteva), Jonathan Pereira (Corteva). Equipe Coamo: Karina Gomes Dias (Iretama), Clécio Jorge Hansen Mangolin (Campo Mourão), Matheus Ferreira Shikasho (Roncador), Gustavo dos Santos Pitlovanciv (Altamira do Paraná), Rogério Birelo Tibério (Mariluz) e Bruno Vinicius Pereira Fornari (Campo Mourão)
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Cada espécie de planta daninha possui um manejo diferente, incluindo o herbicida mais recomendado para seu controle. “É crucial que o manejo seja realizado logo no início, para que seja mais efetivo e tenha um custo menor. Apresentamos aos cooperados todas as possibilidades de controle, para que cada um possa escolher de acordo com sua realidade específica. É importante ressaltar que o manejo por meio de roçada é o menos eficiente, pois corta tanto as plantas invasoras quanto o pasto, resultando na diminuição da produção da propriedade. Além disso, a roçada remove as plantas daninhas temporariamente, que podem retornar no próximo ano com raízes fortalecidas e mais difíceis de controlar.”
Ele recomenda que os cooperados busquem a assistência técnica da Coamo, para que juntos possam analisar a situação específica de suas pastagens e definir qual produto e método de controle serão mais adequados. “A cooperativa conta com uma equipe técnica capacitada, que pode oferecer orientações e fornecer os melhores produtos disponíveis no mercado.”
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Uma vez que as plantas daninhas sejam manejadas e controladas, é importante dar atenção à pastagem. Durante o dia de campo, foi demonstrado aos cooperados a altura ideal para entrada e saída dos animais. “Cada cultivar de pastagem tem uma altura de entrada e de saída específica, ou seja, um momento adequado para permitir que o gado pasteje e outro para retirá-lo daquela área. Se a pastagem não for manejada corretamente, as plantas invasoras podem surgir novamente e causar grandes danos à atividade pecuária. Dessa forma, fica evidente a importância de um manejo integrado, que envolve não apenas o controle das plantas daninhas, mas também a adoção de práticas adequadas de manejo da pastagem. Ao combinar o controle eficiente das invasoras com um manejo correto da pastagem, os cooperados poderão garantir uma produção pecuária mais saudável, produtiva e rentável.”
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Estratégias para o manejo de doenças no trigo
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Rodrigo Luiz da Silva Dutra (Manoel Ribas), Jeferson Marchesini (Biotrigo), Flavio Chupel Martins (Biotrigo), Paulo Nedes de Souza Peres (Manoel Ribas), Paulo Kuhnem (Biotrigo), Conrado Vitor Moreira de Souza Zanuto (Iretama), Eugenio Mateus Schleder Pawlina Junior (Roncador) e Roberto Bueno da Silva (Campo Mourão)
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A cultura do trigo desempenha um papel fundamental em várias regiões da área de atuação da Coamo, especialmente em locais mais frios e as doenças representam um desafio para a atividade, resultando em aumentos nos custos de produção devido à necessidade de uso de fungicidas. E essas doenças se não forem devidamente controladas, podem causar perdas de produtividade.
Diante dessa realidade, durante o Encontro de Inverno, foram apresentadas estratégias para o manejo das principais doenças foliares que afetam o trigo, como manchas e oídio. Foram abordados métodos de controle que incluem a rotação de culturas, a utilização de cultivares tolerantes e a aplicação de fungicidas, tanto por meio do tratamento de sementes quanto por pulverização foliar. A rotação de culturas ajuda a quebrar o ciclo de vida dos patógenos específicos do trigo, diminuindo sua presença no solo e minimizando os riscos de infecção.
De acordo com o engenheiro agrônomo Conrado Vitor Moreira de Souza Zanuto, da Coamo em Iretama, a cultura do trigo possui uma importância significativa para os produtores, pois em alguns casos substitui o milho segunda safra. “Muitas regiões têm o milho como principal cultura para uma segunda safra, e em outras o trigo entra como uma estratégia para que os cooperados tenham uma segunda opção de cultura e uma renda complementar para suas propriedades.”
Conrado ressalta que a rentabilidade da cultura está diretamente relacionada aos critérios de investimento e manejo adotados pelos produtores.
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“É fundamental realizar um planejamento adequado, selecionar insumos de qualidade e executar os manejos apropriados. Ao seguir essas práticas, os produtores conseguem obter lucratividade em suas lavouras. No entanto, é necessário ter cuidado especial com as doenças que afetam a cultura do trigo.” Ele cita a mancha amarela como uma das principais doenças. “Essa doença se desenvolve em condições de umidade e temperatura elevada. Existem ainda outras doenças que podem afetar a cultura, como o oídio, a giberela, brusone, as bacterioses e as viroses, que fazem parte desse complexo de doenças do trigo.” O agrônomo reforça que é essencial que os produtores estejam atentos às práticas de manejo adequadas para prevenir e controlar as doenças. Isso inclui a utilização de cultivares resistentes, o monitoramento regular das lavouras, a adoção de medidas preventivas, como a rotação de culturas, e a aplicação correta de fungicidas quando necessário. Paulo Kuhnem, da Biotrigo Genética, destaca a importância do manejo integrado quando se trata de estratégias de controle de doenças. Dentro dessas estratégias, a resistência genética dos materiais desempenha um papel fundamental. “As empresas de melhoramento genético se esforçam para oferecer aos produtores um pacote fitossanitário robusto, que atenda às demandas por sanidade, produtividade e qualidade industrial.”
No que diz respeito às doenças, segundo ele, existem diversas variedades recomendadas de acordo com a região, o ano e o manejo regionalizado que é adotado pelo produtor.
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“Algumas doenças apresentam maior dificuldade de controle, como as de origem bacteriana e as viroses, sendo a resistência genética a forma mais eficiente de controle.”
Outras doenças também merecem atenção, segundo ele, mas podem ser gerenciadas por meio de medidas como o manejo integrado, em combinação com uma boa genética. “Esse é o caso, por exemplo, das doenças foliares, sendo as duas mais importantes a mancha amarela e o oídio”, acrescenta.
As doenças de espiga também representam um desafio, causando danos significativos. Na região mais fria, a giberela é uma preocupação, enquanto nas regiões mais quentes destaca-se a brusone. “Os fungicidas disponíveis ainda apresentam eficácia limitada, tanto devido à disponibilidade de moléculas eficientes quanto a questões relacionadas à tecnologia de aplicação”, diz Paulo.
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Identificação e controle de doenças no milho
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O período de inverno é caracterizado pelas chuvas e diminuição das temperaturas, condições ambientais que favorecem o desenvolvimento de doenças causadas por fungos, um dos principais causadores de patologias na cultura do milho.
Para evitar perdas na produção, é necessário que o produtor saiba identificar e controlar cada tipo de situação. Juliano Seganfredo, engenheiro agrônomo da Coamo em Engenheiro Beltrão, explica que, dependendo do tipo de doença, os danos causados podem comprometer a cultura de forma integral, mas que os efeitos de cada doença são muito distintos, fazendo com que as técnicas de controle
também sejam bastante variadas. “Primeiramente é preciso identificar, entender o potencial de danos que a doença pode causar na cultura. A partir disso, nós conseguimos delimitar a melhor forma de controle, já que para cada situação existe um tipo de controle específico”, complementa Seganfredo.
O agrônomo lembra que o complexo de enfezamento do milho ainda é o maior problema fitossanitário deste tipo de cultura, mas ressalta que doenças fúngicas se tornaram mais proeminentes nas duas últimas safras.
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Fernando Daniel Negrini (Rancho Alegre do Oeste), Juliano Seganfredo (Engenheiro Beltrão), José Petruise Ferreira Junior (Campo Mourão), Getúlio Adriano Espindola Filho (Juranda) e Leonardo Alexandre Pereira (Goioerê)
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O pesquisador do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR/PR), Adriano Custódio, especialista em fitopatologias, reforça essa informação e cita o aumento na incidência de casos de doenças como a mancha branca do milho, mancha de bipolaris e a mancha de turcicum. “São doenças que não tinham uma intensidade tão grande num passado recente, mas que passaram a ter um mais protagonismo nas lavouras de pouco tempo para cá”, salienta Adriano.
Como forma de controlar essas doenças, o pesquisador explica que é necessário um conjunto integrado de medidas que deve começar cedo. “Essas medidas vão desde a adoção de híbridos com tolerância ou resistência genética, passando pela utilização de fungicidas que possam manejar as doenças até produtos para o controle de insetos vetores, como as cigarrinhas e os pulgões”, conclui.
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Alessandra Martins (LongPing) e Adriano Custódio (IDR)
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Cenário de plantas daninhas resistentes no sistema de produção
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Durante o Encontro de Inverno, os cooperados participaram de uma palestra com o tema “Cenário de plantas daninhas resistentes no sistema de produção”, apresentada por Fernando Adegas, da Embrapa Soja, Bruno Lopes Paes, analista de Suporte Técnico da Coamo, e Marcos Vinicios Garbiate, coordenador da Fazenda Experimental da Coamo no Mato Grosso do Sul.
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Marcos Vinicios Garbiate, coordenador da Fazenda Experimental da Coamo no Mato Grosso do Sul e Bruno Lopes Paes, analista de Suporte Técnico da Coamo
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Na palestra, foram apresentados diferentes manejos nos principais sistemas de cultivo utilizado na Coamo, considerando as plantas daninhas problemáticas. Também foram abordados novos casos de plantas resistentes, como caruru, azevém, picão preto, bem como plantas de difícil controle, como cravorana. "O mais importante é plantar a lavoura em uma área limpa", ressalta Fernando Adegas, da Embrapa Soja. “Este ano, devido ao menor intervalo de tempo entre safras, o manejo se tornou mais complicado, mas é essencial realizá-lo da melhor forma possível”, acrescenta.
Ele destaca que as plantas daninhas são um assunto recorrente, mas cada safra apresenta suas próprias características. Por isso, durante o evento de inverno, foi discutido o planejamento para o verão, visando orientar os cooperados sobre o manejo das plantas de difícil controle que têm surgido. Um exemplo é a cravorana, principalmente na região mais fria do Sul do Paraná. Além disso, outras plantas estão surgindo como possíveis resistentes, como o caso do picão preto, que pode estar apresentando resistência ao glifosato. “Trata-se de uma espécie nova que está se disseminando na região central do Paraná. A ideia é conversar com os agricultores para preparar o manejo na safra de inverno em relação a esses novos problemas que estão surgindo com as plantas daninhas. É importante ressaltar que cada região apresenta problemas diferentes.”
Adegas cita que o conceito de manejo continua o mesmo, sendo importante diversificar o controle o máximo possível.
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Quando uma planta daninha se torna resistente a um herbicida específico, a melhor opção é trocar o herbicida, além de associar e rotacionar os princípios ativos. “É fundamental também adotar boas práticas agrícolas, como o desenvolvimento de uma boa cobertura de palhada para proteção do solo. É preciso ter cuidado com as colhedoras, pois elas podem levar sementes de plantas daninhas para outras propriedades. Em resumo, o manejo inclui a prevenção cultural e a utilização adequada de produtos químicos, planejando a rotação dos herbicidas.”
As safras estão cada vez mais integradas, e é possível plantar duas ou até mesmo três lavouras por ano devido ao clima tropical do Brasil. “É importante ter em mente que qualquer erro cometido durante o inverno terá impacto no verão, no que diz respeito ao manejo de plantas daninhas. É necessário pensar no manejo como um todo, mantendo sempre as áreas limpas para receber a safra subsequente. Controlar as plantas daninhas, evitando sua infestação e reprodução, é essencial para garantir o bom desenvolvimento das safras, tanto no inverno quanto no verão”, reitera Adegas.
Ainda segundo o pesquisador, de forma geral, nas propriedades, tem-se realizado um bom manejo para obter um controle eficiente. Conforme ele, os cooperados têm se tornado mais atentos à questão das plantas daninhas. No entanto, novos problemas sempre surgem, exigindo soluções imediatas. “Os cooperados estão buscando novas informações, mas é necessário avançar ainda mais, especialmente na obtenção de uma boa cobertura de solo e na diversificação mais eficiente dos herbicidas disponíveis no mercado. É importante lembrar que, ao utilizar apenas um produto ou produtos com o mesmo mecanismo de ação, surgirão plantas resistentes como consequência.”
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Fernando Adegas, da Embrapa Soja |
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Feira de Negócios foi realizada no Encontro de Inverno e segue até meados de julho em todas as unidades da Coamo |
Além das estações de pesquisa, o Encontro de Inverno contou com a Feira de Negócios Coamo, que apresentou uma ampla exposição de máquinas e produtos das empresas parceiras da cooperativa. Os cooperados puderam conferir de perto as últimas novidades em equipamentos agrícolas, implementos e insumos, além de conhecer as soluções oferecidas por diversas empresas do setor.
“A Feira de Negócios contempla maquinários, peças, acessórios e produtos veterinários. Trata-se de um evento que tem crescido a cada edição. Os melhores parceiros no segmento agrícola estão expondo seus produtos” diz Paulo Roberto Bacini, gerente de Fornecimento de Bens de Lojas. Ele diz que a Coamo, juntamente com seus fornecedores, busca condições comerciais favoráveis de preço e desconto para beneficiar os cooperados.
Paulo Bacini ressalta que a agricultura tem evoluído ao longo dos anos, assim como os maquinários, e os cooperados precisam acompanhar as tecnologias atuais. “É importante aproveitar esse momento para revisar as plantadeiras, colheitadeiras e outros equipamentos, garantindo que estejam em perfeito funcionamento durante o plantio, tratos culturais e colheita. O planejamento é essencial e ao fazê-lo com antecedência, é possível obter os produtos no momento necessário. Antecipar essas revisões e deixar todo o equipamento pronto é fundamental para o bom andamento das atividades agrícolas”, comenta.
Alexandre Bombardelli de Mello, gerente de Contas da Tortuga, é parte da equipe de atendimento aos cooperados da Coamo há quase 20 anos, e sente-se extremamente orgulhoso pela parceria e pela oportunidade de participar das ações da Coamo. “A cooperativa tem como missão agregar valor em tudo o que faz, proporcionar rentabilidade aos cooperados e tem uma visão voltada para a sustentabilidade.”
Ele comenta que a cada edição, a Feira de Negócios se torna mais dinâmica e evolui. “É essencial se preparar tanto como profissional quanto como empresa para chegar à feira com as melhores oportunidades possíveis para os cooperados. A feira é realizada com transparência entre a Coamo e seus fornecedores, e sabe-se que os cooperados irão progredir em suas propriedades ao aproveitar essas oportunidades.”
Bombardelli recorda das primeiras edições da Feira, quando as exposições não possuíam a mesma estrutura de hoje. “Agora, contamos com stands e uma estrutura adequada para receber os cooperados, visando o crescimento e a rentabilidade. Durante a feira, há uma troca de informações significativa com os cooperados, e as atividades se tornam cada vez mais dinâmicas, com oferta de tecnologia. O cooperado sabe que na campanha ele tem a oportunidade de fazer bons negócios e aproveitar as vantagens disponíveis.”
Paulo Cesar Menzani, gerente Comercial de Plantio da Baldan, destaca a importância desse momento anual como uma parceria sólida com a Coamo. “Ambas as empresas cresceram juntas, buscando constantemente inovações para aumentar a produtividade e gerar renda de forma sustentável para os cooperados.”
Segundo ele, o momento é aproveitado para apresentar novos produtos e tecnologias, especialmente a tecnologia de alta plantabilidade, que é elétrica e eletrônica, proporcionando fácil acesso aos cooperados.
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“Nosso objetivo é garantir que todos os cooperados da Coamo tenham acesso a máquinas de alto desempenho capazes de explorar todo o potencial das culturas e impulsionar a produtividade. Trabalhamos em estreita colaboração com os cooperados, ouvindo suas informações e ideias que vêm do campo, buscando facilitar o dia a dia deles. Estamos comprometidos em fornecer soluções que atendam às suas necessidades.”
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Paulo Roberto Bacini, gerente de Fornecimento de Bens de Lojas |
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Alexandre Bombardelli de Mello, gerente de Contas da Tortuga |
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Paulo Cesar Menzani, gerente Comercial de Plantio da Baldan |
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