Em 1984, a Coamo iniciou uma transformação significativa na agropecuária do Oeste catarinense. A introdução da cooperativa há 40 anos marcou o início de um novo tempo para os produtores da região, fomentando o desenvolvimento econômico e tecnológico que moldaria o futuro do setor agrícola local.
A Coamo se instalou no Estado incorporando a Cooperal, antiga cooperativa de Abelardo Luz, que tinha unidades também em São Domingos e Ouro Verde. Atualmente, somando Ipuaçu e Xanxerê, a cooperativa está em cinco localidades, apresentando desenvolvimento, transformando práticas agrícolas e elevando a eficiência no campo.
De acordo com o presidente dos Conselhos de Administração da Coamo e Credicoamo, José Aroldo Gallassini, quando a Coamo se instalou em Santa Catarina era uma novidade e pouco conhecida. “A cooperativa tinha apenas 14 anos de existência. No começo ficou aquela dúvida de quem era a Coamo e como trabalhava, mas mesmo com isso tivemos uma participação muito significativa para se cooperar, confiando no nosso trabalho. Foi uma grande satisfação contar com o novo quadro social do Estado de Santa Catarina. Hoje são mais de 1300 cooperados, atuantes no cooperativismo”, conta Gallassini.
Logo quando chegou, a Coamo inseriu práticas modernas de cultivo, oferecendo suporte técnico e informações para os produtores. Além disso, a cooperativa facilitou a compra e distribuição de insumos agrícolas de excelente qualidade, como sementes e fertilizantes, atendendo a demanda dos associados. Além do cooperativismo e novas tecnologias agrícolas, a cooperativa levou para a região Oeste catarinense uma estrutura completa e moderna, com capacidade de armazenagem de quase dois milhões e meio de sacas nas cinco unidades. São mais de 300 profissionais capacitados, da Coamo e Credicoamo, atendendo o quadro social com agilidade e eficiência.
Zenóbio Francisco Festa, gerente da Coamo em São Domingos
Zenóbio Francisco Festa, o Chico como é conhecido, gerente da Coamo em São Domingos, comemora junto com a cooperativa 40 anos de trajetória. Segundo ele, quando a Coamo chegou no Estado, a região era formada, em sua maioria, por pequenos produtores. A época era de transformação na maneira de conduzir a atividade. Foi quando surgiu a intenção de a Coamo incorporar a cooperativa de Abelardo Luz. “Os produtores, apesar de conhecerem pouco, tinham um anseio muito grande que a Coamo viesse, pela seriedade, maneira de trabalhar, pela experiência, e o cooperativismo. Em 10 de agosto de 1984, a incorporação efetivamente ocorreu e eu fui admitido como funcionário. A cooperativa iniciou as atividades oficialmente em 18 de outubro do mesmo ano. De lá para cá muita coisa aconteceu, e a Coamo foi, cada vez mais, ganhando a confiança do produtor, pela transparência e a maneira de conduzir os negócios.”
Para Chico, a Coamo propicia um ambiente de muita oportunidade, além de dar todo o suporte necessário para se trabalhar. “A Coamo oportuniza o crescimento intelectual e traz informações, possibilitando que cada um se desenvolva dia a dia.”
Familia Simon, de São Domingos
RENATO SIMON, cooperado em São Domingos, observa que a chegada da cooperativa no Oeste Catarinense representou uma verdadeira revolução para os produtores rurais da região. De acordo com ele, desde sua instalação, os resultados têm sido positivos, transformando a vida de muitos cooperados e suas famílias. “Quando a Coamo se instalou no município, trouxe um impacto muito forte na agricultura, não só no meu caso, mas para todos os produtores rurais. Eu estava ainda na escola na agricultura, e a primeira coisa que aprendi com a Coamo foi a necessidade de pensar além. Que não tínhamos somente uma fazenda, mas sim uma empresa.”
Simon acrescenta que, na época, a cooperativa deu todos os mecanismos para que pudessem se desenvolver com a produção, com novas tecnologias que todo tipo de conhecimento que eu tenho, que eu estou repassando para minha próxima geração, foi por meio da Coamo, que desde o início é minha grande parceira e professora. Eu
sinto muito orgulho de poder fazer parte dessa vida com a Coamo porque ela me ensinou muito e parece que ainda temos muita coisa a aprender. A Coamo vem dando todo o mecanismo para que possamos crescer, colher e ter uma renda melhor.” e métodos que nem imaginava que existia, mostrando a realidade e tornando a região referência em produtividade. Hoje, o cooperado passa pelo processo de sucessão com os filhos, e lembra que muito do que ele faz bem-feito na lavoura, deve aos ensinamentos e parceria com a Coamo. “Acredito que todo tipo de conhecimento que eu tenho, que eu estou repassando para minha próxima geração, foi por meio da Coamo, que desde o início é minha grande parceira e professora. Eu sinto muito orgulho de poder fazer parte dessa vida com a Coamo porque ela me ensinou muito e parece que ainda temos muita coisa a aprender. A Coamo vem dando todo o mecanismo para que possamos crescer, colher e ter uma renda melhor.”
Cooperado Nelson Francisco Martini com o engenheiro agrônomo Almir José Schaedler
NELSON FRANCISCO MARTINI, de Abelardo Luz, se associou em 1984. Para ele, a Coamo chegou para trazer segurança e uma nova forma de produzir. Martini destaca que a cooperativa levou acesso à tecnologias avançadas, assistência técnica especializada e acesso ao mercado para a comercialização dos produtos. Com essas inovações, os agricultores locais conseguiram diversificar as culturas e aumentar a produtividade. “Um fator muito importante para nós foi a assistência técnica. Saímos de 32 sacas de soja por hectare, para 94 sacas. Em relação ao milho, deixamos de produzir 70 sacas por hectare para 222 sacas. Isso devido ao incentivo dado pela assistência técnica da Coamo, fazendo análise de terra, aplicando o corretivo na hora certa, adubação e aplicação de fungicida, herbicida ou inseticida. Além do mais, os produ-
tores que chegam na hora correta.”
Para Martini, a somatória dos benefícios que a Coamo oferece fizeram toda a diferença na evolução do agricultor, que enfatiza ainda a vantagem de ter a Credicoamo como braço financeiro. “Está tudo ali, dentro da cooperativa. Conseguimos resolver tudo. Temos o atendimento da Coamo, a Credicoamo na parte financeira, a loja de peças, a loja de insumos, e ainda encontramos outros cooperados para conversar e ouvir as experiências. Fica tudo mais próximo do agricultor. Existe uma relação de troca entre cooperado e cooperativa. Há a seriedade nos negócios e com agricultores. E além de tudo isso trouxe desenvolvimento para Abelardo Luz”, afirma.
Selvino Pastore, cooperado em Abelardo Luz
Nerci Santin, prefeito de Abelardo Luz
SELVINO PASTORE cooperado em Abelardo Luz, também está com a cooperativa desde o início. Ele era associado da cooperativa incorporada e confiou na Coamo desde o início. “Na época nós tínhamos agricultura e pecuária, mas sem assistência técnica. A Coamo veio e trouxe o suporte para as duas áreas. Melhorou bastante para nós. Ela fez a parte dela e nós conseguimos conquistar o que temos hoje. Sempre fui um cooperado 100% da Coamo por causa dessa seriedade e respeito com os produtores.” Pastore frisa ainda que a cooperativa oportunizou muitos empregos, por consequência, trazendo desenvolvimento profissional e crescimento da cidade.
Além dos avanços técnicos, a Coamo tem desempenhado um papel fundamental na capacitação e no fortalecimento do cooperativismo. Os programas da cooperativa têm possibilitado aos produtores o aprimoramento de habilidades gerenciais e financeiras, promovendo uma gestão mais eficaz das propriedades. O resultado é uma crescente integração entre os produtores e a cooperativa.
COAMO EM SANTA CATARINA
Início das atividades:
18 de outubro de 1984
Número de cooperados: 1300
Unidades: Abelardo Luz, Ipuaçu, São Domingos, Ouro Verde e Xanxerê
Curiosidades: A região se destaca pela produção de sementes. Abelardo Luz é conhecida como a capital das sementes de soja
Capacidade total de armazenagem no Estado: 2,4 milhões de sacas
Produção anual (2023): 2,3 milhões de sacas de soja (140 mil toneladas) e 400 mil sacas de milho (24 mil toneladas)
Com o cooperativismo solidificado, o Oeste Catarinense se destaca como um exemplo na modernização agrícola e no desenvolvimento sustentável do setor. A evolução da cooperativa e a modernização da agricultura também tiveram um impacto positivo na economia regional. O aumento da produção agrícola contribuiu para o crescimento de outros setores econômicos, como o comércio e os serviços, gerando empregos e impulsionando o desenvolvimento local.
Nerci Santin, prefeito do município de Abelardo Luz, ressalta que os projetos voltados ao incremento da produtividade, renda e qualidade de vida da família cooperativista da Coamo, preencheu os anseios da comunidade regional. “A chegada da Coamo em Abelardo Luz foi um passo muito importante. O município cresceu e se desenvolveu, junto com a cooperativa. É uma empresa muito séria e firme, que aconselha, que dá o que é de direito, e dá oportunidade para o agricultor crescer. Não só ele como também cresce a nossa cidade, o nosso município, a nossa família. Acredito que onde tem uma agricultura pujante e uma cooperativa forte como a Coamo, a tendência é crescer ainda mais”, enfatiza o gestor municipal.