Fazenda Experimental no MS utiliza uma área de 70 hectares, ao lado da indústria da cooperativa, em Dourados. No local são realizados vários experimentos que após serem validados, são compartilhados por meio dos encontros de cooperados de verão e de inverno
Desde a fundação da Coamo, a cooperativa busca meios de levar ao quadro social as melhores tecnologias, que resultem em mais rentabilidade e desenvolvimento no campo. As estações de pesquisa são uma estratégia para que o cooperado receba conhecimento e se aprimore na atividade. Desde dezembro de 2023, os cooperados do Mato Grosso do Sul contam com a Fazenda Experimental da Coamo, onde são desenvolvidas diversas pesquisas voltadas para a realidade da região.
A Fazenda Experimental no MS utiliza uma área de 70 hectares, ao lado da indústria da cooperativa, em Dourados, onde são realizados vários experimentos que após serem validados, são compartilhados por meio dos encontros de cooperados de verão e de inverno.
O coordenador da estação experimental no Mato Grosso do Sul, Marcos Vinicios Garbiate, conta que os trabalhos são elaborados de acordo com as necessidades apresentadas na região de atuação da Coamo no Estado. “Estamos trabalhando com correção de solo, principalmente pensando em cobertura, além de viabilizar melhor não somente o aspecto estrutural, mas com foco na proteção de plantas com o manejo de plantas daninhas, doenças e insetos nas culturas”.
Além das culturas tradicionais dentro do estado, como soja e milho, a estação desenvolve um trabalho bastante robusto com a cultura do trigo. “Buscamos viabilizar, por meio de algumas empresas parceiras, de melhoramento genético, entender um pouco melhor a adaptação de algumas cultivares daqui, para que possamos potencializar a utilização de outras culturas dentro do Estado”, avalia o coordenador.
Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica da Coamo, Marcos Vinicios Garbiate, coordenador da Fazenda Experimental no Mato Grosso do Sul, e Aquiles Dias, diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo
Ainda de acordo com Garbiate, os trabalhos são formalizados junto com institutos de pesquisa. “Já temos uma parceria sendo construída com a Embrapa Agropecuária Oeste, aqui em Dourados, e junto com as universidades. Buscamos atender a demanda do produtor, em parceria com os órgãos oficiais de pesquisa, para que consigamos viabilizar e entregar bons resultados para os nossos cooperados”, afirma.
Para o gerente de Assistência Técnica da Coamo, Marcelo Sumiya, o objetivo da regionalização da fazenda experimental é ter dados onde se possa fazer, no futuro, uma interpretação da interação dessas informações. “Quando temos um resultado produzido em Campo Mourão, no Sul do estado do Paraná, ou agora no Mato Grosso do Sul, nos permite verificar se existe alguma praga, sejam elas plantas daninhas, doenças ou insetos,
que sejam uma tendência para as regiões. É uma oportunidade de mapeamento de uma forma estratégica. Ter essa abrangência nos traz essa possibilidade de observar no nosso radar, possíveis problemas e desenvolver novas tecnologias, onde a caracterização seja de clima de solo.”
Sumiya considera que gradativamente os resultados das pesquisas estão sendo apresentados aos associados. “Tudo que trazemos em termos de pesquisa são justamente para dar um embasamento no ajuste fino das recomendações e nos novos produtos que vamos disponibilizar para recomendação técnica para os cooperados. O intuito de fazer esses eventos, seja no inverno ou verão, é o compartilhamento dessas informações que produzimos aqui dentro”, explica o gerente.
Desde dezembro de 2023, os cooperados do Mato Grosso do Sul contam com a Fazenda Experimental da Coamo, onde são desenvolvidas diversas pesquisas voltadas para a realidade da região
O Mato Grosso do Sul é um Estado com grande potencial produtivo e o desenvolvimento das pesquisas na Fazenda Experimental serão importantes para auxiliar a atividade dos cooperados. Haja vista que surgiu da necessidade de regionalizar os experimentos e segregar as soluções agrícolas no Estado. Segundo o diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo, Aquiles de Oliveira Dias, a ideia de a Coamo ter uma estação de pesquisa regional no MS é antiga. “É uma forma de testar as tecnologias e saber se posicionar antes de recomendar o uso ao cooperado. Temos uma área grande com diversos ensaios a longo prazo, para avaliar a questão química, física e biológica. Tudo é visto da parte produtiva e econômica, buscando desenvolvimento sustentável, sem nenhum viés que não seja aquele de melhorar a condição de produtividade dos cooperados.”
O diretor conta que a área experimental está em processo de formação e que a participação dos produtores nos eventos técnicos, levando os desafios e dificuldades da agricultura regional, colabora com o desenvolvimento das pesquisas. “Isso é uma obra que vai estar sempre em construção, sempre mudando. A agricultura é muito dinâmica. A cada minuto surgem novos desafios e temos aqui um lugar adequado para fazer os testes e encontrar as soluções para os nossos agricultores”, reforça Dias.