A postar em diversificação de atividades é uma boa alternativa para quem não quer sobreviver somente de safras anuais. É uma proposta que viabiliza a propriedade rural e é considerada a melhor forma de evitar incertezas e vulnerabilidade de clima, mercado, logística, pragas e doenças.

Cada região tem uma particularidade e algumas apresentam vocação para uma determinada cultura, como é o caso de Reserva (Centro-Norte do Paraná). O município conta com cerca de 100 produtores e mais de dois milhões de pés cultivados de tomate. Cooperados da Coamo também apostam na atividade como alternativa para a diversificação.

Marcos Markovicz trabalha com o fruto há mais de 20 anos. Atualmente, conta com 50 mil pés cultivados e a expectativa é de fechar a produção com 330 caixas. A colheita deve encerrar na primeira quinzena de julho.  Além do tomate, o cooperado produz trigo, milho e soja em uma área de 18 alqueires.  “É uma renda a mais que temos. O tomate entra como boa opção de diversificação, principalmente para áreas pequenas”, comenta.

O cultivo é realizado duas vezes ao ano. A primeira safra vai de agosto a dezembro e a segunda de dezembro a maio. “No inverno a produção cai em virtude do clima, mas os preços estão sempre melhor. Já na safra de dezembro há uma produção maior. Porém, o valor tende a ser mais baixo devido a oferta de tomates ser maior no período”, assinala Markovicz.

A comercialização é realizada de forma individual com tomates entregues em supermercados e para o Ceasa que repassa o fruto para várias regiões do Brasil. “O tomate tem essa dificuldade de comercialização. Tem época que pegamos bons preços e outras em que o valor está bem baixo. De uma forma geral, temos alcançado uma média razoável”, diz o cooperado. 

O engenheiro agrônomo, Marco Aurélio Guenca, lembra que a Coamo recomenda que os cooperados diversifiquem as atividades. “Reserva tem cerca de 400 hectares de cultivo de tomate e produtores estão com boa receita. Com isso, tem se investido cada vez mais. É uma receita a mais e é importante para manter o homem no campo”, observa.

O Paraná deve produzir neste ano, somando as safras de verão e de inverno, 276.823 toneladas de tomate. É o sexto Estado produtor no Brasil.

Reserva tem a segunda maior produção do Paraná. Responde por 15% da produção paranaense, atrás de Marilândia do Sul (Norte), que é responsável por 17 % da produção estadual.

A produção, de 43 mil toneladas, em Reserva, movimenta a economia local com a geração de mil empregos no campo.