QUALIDADE E PRODUTIVIDADE
A segunda safra de milho ainda está sendo colhida na propriedade do cooperado Laudino Pancera, de Toledo (Oeste do Paraná), mas a atenção já se volta para o verão. É hora de reservar os insumos e preparar para o mais importante plantio, sem esquecer que uma boa safra começa pela escolha da semente.
Os 53 alqueires cultivados por Pancera receberão sementes Coamo, que são produzidas com as mais modernas técnicas de produção. Isto é possível porque a cooperativa conhece melhor do que ninguém o clima e o solo das regiões onde atua, além de dispor de um quadro técnico especializado, e produtores treinados para a produção de sementes de qualidade. “Não adianta preparar tudo, utilizar outros insumos de ponta se a semente não for de boa qualidade. Utilizo as da Coamo já há mais de 15 anos e nunca tive problemas”, comenta o cooperado.
Em Mangueirinha (Sudoeste do Paraná), a família Maldaner experimenta duas situações: uma de usar as sementes Coamo e outra de produzir. Essa parceria já vem há mais de 30 anos. “Sabemos que usar uma semente com procedência não é um gasto e sim investimento. Temos percebido isso ao longo de todos esses anos”, comenta Jacinto Maldaner.
De acordo com ele, desde que começaram a trabalhar com a Coamo, recebem assistência técnica que os colocam a par de todas as tecnologias. “Fazemos parte do crescimento da Coamo e dos cooperados, pois a semente que sai de nossa propriedade é utilizada por colegas agricultores que estão produzindo cada vez mais. Isso é motivo de orgulho”, comenta.
Maldaner reitera que para produzir sementes não basta querer, tem que seguir alguns cuidados a mais do que no cultivo tradicional. “Temos que monitorar e controlar de forma mais eficaz os percevejos e as doenças, fazer limpeza de máquinas, colher com umidade próxima ao ideal, dentre outras práticas que garantem a qualidade da semente. Para muitos isso é visto apenas como mais trabalho e gasto. Mas, para nós o bônus tem sido uma ótima fonte de renda, viabilizando até mesmo a troca da colhedora por uma que agrega mais qualidade na semente”, comenta Jacinto que trabalha ao lado dos irmãos, Lair e Orides, do sobrinho Mateus e do cunhado Aloísio Rempel.
A Coamo produz sementes de soja, trigo e aveia preta nos campos dos cooperados em diversas regiões do Paraná e Santa Catarina, aptas para a atividade. Estas, são produzidas e beneficiadas em nove unidades (UBS’s) da cooperativa, que têm o credenciamento junto ao Ministério da Agricultura para produção e certificação de sementes.
A assistência técnica começa com a escolha das áreas aptas para produção de sementes, onde são observados critérios como estrutura do produtor, clima, altitude adequada e outras. São cerca de 80 engenheiros agrônomos trabalhando diretamente com a produção de sementes.
O engenheiro agrônomo Roberto Destro, gerente de Sementes da Coamo, explica que a produção de alta qualidade passa pela escolha das cultivares à serem multiplicadas, seguindo com o acompanhamento da implantação e desenvolvimento do campo. “Os engenheiros agrônomos vistoriam a área para determinar o estágio ideal de maturação visando colher as sementes no momento em que apresentam o potencial máximo de qualidade. Eles também orientam e acompanham a regulagem das colheitadeiras evitando, assim, danos às sementes”, diz.
Da implantação dos campos de multiplicação ao beneficiamento; da análise à comercialização, o processo de produção e certificação de sementes da Coamo, tem como ponto-chave a qualidade. Todo o sistema é rastreado, já que a cooperativa é auto certificadora do produto, com a anuência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As sementes são classificadas em quatro tamanhos (5,5; 6,0; 6,5 e 7,0 milímetros), oferecendo mais uniformidade ao plantio e menor descarte no beneficiamento. A qualidade fisiológica das sementes é garantida por meio de testes realizados em laboratório próprio, credenciado pelo Mapa. A análise garante a pureza varietal, o grau de germinação e vigor. Desde 2003, os testes realizados constam de um sistema de gestão da qualidade baseado na norma NBR ISSO/IEC17025.
O processo, da multiplicação à comercialização, obedece a padrões de identidade e qualidade, como a lei 10.711/2003; o decreto 5.173/2004; e as instruções normativas 09/2005 e 45/2013.
Para assegurar a garantia do alto grau de germinação e vigor, oferecida aos cooperados e usuários das Sementes Coamo, além de testes em laboratório, a cooperativa realiza controle de qualidade por meio de testes de solo. Estes são conduzidos antes da entrega das sementes aos agricultores. “É como se fosse uma última análise do potencial do material, muito valorizado pelos produtores”, revela Roberto Destro.
De acordo com o engenheiro agrônomo José Varago, superintendente Técnico da Coamo, o teste confere e garante o percentual de germinação e vigor das sementes, pois quanto mais elevado o vigor, melhor será a germinação e emergência, resultando em plantas mais uniformes. “Consequentemente, as plantas apresentam melhor formação das estruturas, como sistema radicular, de produção e número maior de vagens e sementes. Tudo isso é comprovado e validado na análise das plantas no teste do solo”. comenta.
Anualmente, são realizados mais de cinco mil testes de solo. Eles são conduzidos em condições semelhantes às que os agricultores têm no campo. “O controle visa apontar o stand ideal para cada cultivar de soja, e obedece rigoroso monitoramento e controle, buscando oferecer mais segurança ao sistema de qualidade da produção de sementes da cooperativa”, completa Destro.
Sempre atenta às novas tecnologias e inovação no campo e como forma de proporcionar mais comodidade aos cooperados, a Coamo dispõe do Tratamento de Sementes Industrial (TSI).
O engenheiro agrônomo da Coamo, Cleber Dienis Voidelo, supervisor de Produção da Gerência de Sementes, observa que o TSI é um benefício a mais que a cooperativa está disponibilizando aos cooperados. “A Coamo está preocupada em apresentar novas tecnologias que possam melhorar a atividade agrícola, visando aumento da produtividade, segurança, comodidade e bem-estar no campo”, assinala. As sementes Coamo são disponibilizadas em embalagens de 40 e de 800 quilos (Big Bag).
São seis combinações de tratamento, oferecendo aos cooperados praticamente todas medidas mais eficientes existentes de controle das pragas e doenças durante a implantação. “Esse trabalho é graças a parceria com as principais empresas fornecedoras de defensivos agrícolas, garantido, assim, os melhores produtos disponíveis no mercado”, assinala.
Todas as receitas são compostas por fungicidas, inseticidas e micronutrientes, como cobalto e molibdênio e recobertas com polímeros. “A tecnologia do TSI, garante as doses corretas por semente de todos os produtos ali aplicados, além da perfeita distribuição e recobrimento com auxílio da utilização de produtos específicos.”
Muitos agricultores, pensando que terão um custo menor acabam deixando de usar sementes produzidas legalmente para utilizar as de procedência duvidosa. De acordo com Roberto Destro, isso ocorre devido a facilidade de troca entre agricultores. “O custo é menor porque essas sementes não tem o mesmo custo de produção, bem como não pagam por todas tecnologias nelas existentes como, por exemplo, a RR1 e a Intacta. O comércio dessas sementes é ilegal, competindo em desigualdade com os multiplicadores de sementes legalizados”, diz.
De acordo com ele, nem sempre as sementes piratas possuem o mesmo vigor. Com isso, o agricultor analisa que está tendo benefícios, quando na realidade pode estar perdendo em produtividade que pode chegar a até dez sacas por hectare. “Há outras consequências, dentre elas o desestímulo à pesquisa e inovação de tecnologias, o que causará perdas devido a redução de investimento em pesquisa e lançamento de cultivares com novas tecnologias”, observa Destro.
Ele lembra que nas variedades que estão sendo ofertadas de forma legal, foi investido valores expressivos em pesquisa e desenvolvimento até a colocação desses materiais no mercado. “Se essa prática persistir, quando ocorrer um novo lançamento, o custo aumentará para cobrir prejuízos que teve com a prática da pirataria nas cultivares lançadas anteriormente. Ou, pode chegar um momento em que os obtentores poderão deixar de investir em pesquisa e desenvolvimento de novas variedades comprometendo seriamente todo o sistema.”
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