Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 448 | Junho de 2015 | Campo Mourão - Paraná

Especial Cooperativismo

VALORIZAÇÃO E RESULTADO COM O COOPERATIVISMO

Você sabia que somente no Paraná, cerca de 1.100.000 associados integram as 223 cooperativas em diversos ramos no Estado? São homens e mulheres no campo e na cidade que trabalham todos os dias, comemoram os benefícios, a eficiência e o sucesso do sistema cooperativista. Reconhecido como um dos mais organizados e profissionais do país, o cooperativismo paranaense é responsável por 56% do Produto Interno Bruto Agropecuário do Estado, gera 80 mil empregos diretos, exporta anualmente mais de US$ 2,4 milhões, recolhe em tributos e taxas R$ 1,3 milhões e registra faturamento de R$ 50 bilhões (Exercício 2014). Com foco nas ações conjuntas, o movimento visa o bem comum, a promoção do bem-estar e os resultados do desenvolvimento econômico, técnico e social de milhares de pessoas, entre cooperados e familiares.

Para marcar o Dia Internacional do Cooperativismo, celebrado no primeiro sábado do mês de julho, a Revista Coamo apresenta reportagem especial retratando nas páginas seguintes bons exemplos de agricultores que mostram a importância do sistema e dos avanços conquistados ao longo da sua atuação.

CONSTRUTORES DE UM NOVO COOPERATIVISMO

Jovens cooperados estão mudando a atitude e processo de gestão na atividade. Eles fazem parte do programa Coamo de formação de líderes cooperativistas. Criado em 1998, já formou mais de 800 associados

Os jovens Odirlei Luiz Portz (6ªTurma de Jovens Líderes), Jorge Eduardo Schnneider (8ª Turma), Fernando Kotz (11ª Turma), Leandro Everaldo Kliemann (13ª Turma), Clovis Nei Kotz (15ª Turma), Gerson José Knorst (17ª Turma) e Rafael Augusto Kliemann, na 19ª Turma.

Pensando e agindo na formação de uma nova geração de cooperativistas, mais preparados, capacitados e empreendedores do agronegócio motivou a Coamo, em 1998, a iniciar um programa inédito, considerado o melhor na Educação Cooperativista do Brasil.

O Programa Coamo de Formação de Jovens Líderes Cooperativistas, já formou mais de 800 pessoas com idade entre 18 e 40 anos. Em 2015, está sendo realizada a 19ª turma com 50 jovens representando municípios do Paraná e Mato Grosso do Sul. Como novidade, 20% do total dos participantes é do sexo feminino.

Entre as centenas de jovens formados, são muitos os exemplos e histórias de mudança cultural, amadurecimento e desenvolvimento na liderança, gerenciamento e gestão de pessoas e negócios. Um desses exemplos vem do Oeste do Paraná, mais precisamente de Dez de Maio.

Desta maneira, entre outros objetivos, o programa premiado em 1994 pelo sistema OCB  e revista Globo Rural, mostra aos jovens cooperados os valores do cooperativismo e as potencialidades, bem como capacita e amplia as habilidades dos participantes. Com visão de futuro, colabora na preparação de um novo grupo de cooperativistas.

A programação que é realizada em quatro módulos no período de abril a julho, prevê a identificação do cooperado e sua condição dentro da sociedade, na propriedade e na família e, também, desperta para a importância e prática do planejamento, administração rural, liderança, empreendedorismo e gestão estratégica dos negócios.

MUDANÇA DE CONCEITO

“Percebemos ao longo desses anos de convivência com eles, durante e após o curso, que a mudança no jeito de pensar, de ser e agir foi grande. Eles passaram a ter melhor visão do agronegócio e da cooperativa. Sentiram-se mais valorizados e estimulados a praticar o conhecimento que tiveram durante os módulos no dia a dia no ambiente produtivo rural”, afirma Zacarias Istchuk, encarregado da Unidade da Coamo em Dez de Maio.

O idealizador do Programa de Jovens Líderes, José Aroldo Gallassini, é entusiasta com os resultados obtidos desde a primeira turma. O trabalho é fruto de uma visão e ação estratégica para que os mais novos sejam melhores cidadãos e cooperativistas em qualquer lugar onde estejam. “A Coamo acreditou sempre que o processo de mudança para um agronegócio e cooperativismo mais produtivo e eficiente, passa necessariamente pelo investimento na formação, educação e no desenvolvimento do quadro social e, de modo especial, dos cooperados mais jovens”, explica.

ODIRLEI PORTZ: “CURSO FOI UM DIVISOR DE ÁGUAS NA MINHA VIDA”

A história de vida do jovem agricultor Odirlei Portz, de Dez de Maio, formando da 6ª turma de Jovens Líderes em 2002, mudou após a participação no programa. Ele conta que tinha dificuldades no trabalho familiar e não via perspectiva de futuro na atividade. Relata que a Coamo mudou o cenário e ajudou a melhorar o cooperativismo na região. “O curso foi um divisor de águas, pois vivia em conflito na sucessão da propriedade e o conhecimento fez com que eu mudasse para melhor.” De acordo com ele, o curso para os agricultores é uma pós-graduação e o levou de volta à agricultura. “Mudei a maneira de pensar, o relacionamento com meu pai e a visão do meu negócio”, comemora.

Para o jovem líder, o respeito com os mais experientes e a vontade de aprender com eles, aliado ao trabalho apresentado e a confiança adquirida, foram pontos determinantes para que acontecesse a esperada mudança.  “Estou muito feliz, pessoal e profissionalmente com as conquistas adquiridas nesses últimos anos. Todos são importantes, e em uma relação entre pai e filho é preciso ceder um pouco para que todos ganhem”, acrescenta.

Segundo o cooperado, a gestão de propriedade é uma ferramenta fundamental não só para o sucesso, mas para a manutenção dos agricultores na propriedade. “A gestão não é complicada, o problema é a sucessão. Nesse sentido, é preciso muita paciência e disciplina, acompanhar as novidades e fazer a sua parte, sempre respeitando e partilhando as experiências para ser feliz na atividade. Demorei dez anos para conquistar o meu espaço, mas valeu a pena.”

APRENDIZAGEM QUE FEZ A DIFERENÇA

Participante da 17ª turma, Gerson José Knorst, de Dez de Maio, conta que o curso se encaixou perfeitamente para suprir às necessidades. “O conhecimento e a experiência adquiridos foram colocados em prática na propriedade, com um melhor gerenciamento da atividade e da renda. Em relação a família, fortaleceu o convívio e união, e também na comunidade, com participação mais ativa nas promoções e na busca por melhorias. Amadureci bastante e agradeço a Coamo pela oportunidade”, comenta.

Gerson Knorst com o agrônomo Fábio Freire: assistência técnica ajudou a mudar a realidade da região Oeste do PR

Na visão dele, o cooperativismo fortalece o trabalho do homem do campo agrega mais valor a produção e facilita o trabalho por meio dos benefícios proporcionados, seja no plantio, colheita ou comercialização dos produtos. “É indispensável, principalmente para as pequenas propriedades. O que a Coamo tem feito na região é algo extraordinário. A cooperativa ajudou a mudar a realidade de muitas famílias, para melhor, é claro”, diz. 

O cooperado acrescenta ainda que o trabalho desenvolvido pela Coamo tem ajudado a manter as famílias no campo. “Não tem mais aquele vazio que víamos antigamente com os jovens saindo para grandes centros. Hoje, eles estudam, se profissionalizam e continuam nas propriedades porque sabem que têm condições de trabalhar e ter uma boa qualidade de vida. Sem o cooperativismo, isso seria muito diferente. Tivemos essa experiência antes da Coamo e vemos a mudança”, completa.

GERAÇÕES COOPERATIVISTAS

Miguel Angnes, Ivo Kliemann e Ivo Augusto Steffens, na colheita de trigo em 1987; família Kliemann chegou a região de Dez de Maio em 1956, vindos de Cerro Largo (RS) em busca de progresso nas terras paranaenses

A família Kliemann está na 7ª geração no Brasil. Ivo Kliemann, pai de João e Valdemar, chegou a região de Dez de Maio em 1956. Vindos de Cerro Largo, Rio Grande do Sul, o objetivo era as terras vermelhas. “Meu pai comprou uma colônia de terras, equivalente a 11 alqueires, por 100 latas de banha. Depois deu cinco alqueires para cada um dos filhos”, lembra Valdemar. Junto com o irmão João e filhos, ele divide as tarefas do dia a dia da propriedade. “A nossa primeira lavoura foi soja, depois plantamos trigo que na época tinha um preço que era o dobro da soja. A gente colhia 70 sacas, mas tinha uma rentabilidade maior.”

Os irmãos se associaram à Coamo em Dez de Maio ainda no início da atuação da cooperativa, há pouco mais de 20 anos.

Eles celebram a parceria vitoriosa, enaltecendo os benefícios proporcionados para o desenvolvimento na agricultura. “Antes da Coamo, tínhamos prometido que nunca mais iríamos entrar em uma cooperativa, mas fomos conhecendo a Coamo e estamos felizes com essa parceria. As sobras são um diferencial para nós, assim como o pagamento à vista quando vendemos nossa produção. Esses benefícios a gente não tinha aqui, foi bom demais a vinda da Coamo para nós.”

Quem chega na propriedade dos irmãos João e Valdemar Kliemann se impressiona com a organização do ambiente, seja dentro ou fora do barracão e das suas residências. Na propriedade, a limpeza faz parte da cultura da família e todos ganham com isso. “A gente vai muito pouco para a cidade, pois aqui temos tudo o que precisamos e para completar, a unidade da Coamo está a seis quilômetros da nossa propriedade”, explica João - pai de Rafael e Marcos Felipe, engenheiros agrônomos, que colaboram na condução dos negócios da família.

Para o filho Rafael, um dos alunos da a 19ª turma do programa de Jovens Líderes em 2015, é fundamental que a propriedade esteja sempre organizada e com boa gestão, e segundo ele um bom exemplo também vem da Coamo. “Cada coisa tem o lugar certo, ferramentas e maquinários, e a limpeza é 100%, não cai um papel e nenhuma palha no chão. Se cair temos que limpar”, garante.

“A COAMO ACREDITOU EM MIM E ERA O QUE EU PRECISAVA”

A superação e a história de vida de Sidiomar Vanzela, de Pitanga, mostra o quanto é importante acreditar no sistema cooperativista

O cooperativismo tem sido responsável pela transformação da vida de milhares de pessoas. Gente que encontra na filosofia o caminho para o desenvolvimento pessoal, profissional e familiar. São vários os exemplos de cooperados que encontraram apoio na Coamo e, hoje, são empreendedores bem sucedidos e realizados.

Sidiomar Vanzela, de Pitanga (Centro do Paraná), é um desses casos. A superação e a história de vida dele mostra o quanto é importante acreditar no sistema. Em 25 anos como cooperativista, ele viu a vida mudar radicalmente. “Isso foi graças a Coamo que acreditou em mim e forneceu tudo o que precisava para começar”, frisa.

A história com a cooperativa iniciou em Roncador (Centro-Oeste do Paraná). O primeiro contato foi para plantar uma pequena área que havia herdado do pai. “A Coamo forneceu tudo o que precisei. Aos poucos fui aumentando a área com arrendamentos e a cooperativa continuou me apoiando.” O maior salto ocorreu quando o cooperado mudou para Pitanga. Ele viu que poderia se desenvolver ainda mais, e foi o que realmente aconteceu. Atualmente, ele cultiva 160 alqueires próprios de lavoura. “Essa mudança foi graças à assistência técnica que sempre me orientou e recomendou as melhores práticas para aumentar, cada vez mais, as produtividades.”

O início com a pecuária leiteira, segundo o cooperado, também foi graças à Coamo. Ele recorda que os primeiros animais foram comprados com as sobras da cooperativa. “Compramos algumas bezerras com apenas oito dias de vida. Elas foram criadas à base de leite em pó”, recorda. Os animais foram vendidos e formado um novo plantel. Atualmente são 350 cabeças, sendo 160 animais em lactação. A produção gira em torno de 120 mil litros por mês.

De acordo com o cooperado, a história poderia ter sido bem diferente se lá atrás, quando precisou, não tivesse o apoio da Coamo. “Não tinha onde buscar assistência e ainda poderia sofrer para entregar a produção. Com a cooperativa temos tudo o que precisamos, desde que sejamos honestos na parceria”, destaca.

Ele acrescenta que com o trabalho conseguiu formar as duas filhas – uma em agronomia e outra em matemática. Na propriedade mora o cooperado e a esposa Iracema Vanzela. Também residem no local oito funcionários e somando as famílias são 25 pessoas que dependem da propriedade. “Olhando para trás, vendo tudo o que passou, me sinto orgulhoso. Não era isso que havia sonhado, o sonho era bem menor, mas graças ao trabalho e ao empenho conseguimos vencer os obstáculos. Todos podem melhorar, basta querer, trabalhar e buscar as parcerias certas”, assinala.

NA FAMÍLIA LEME: VALORES DE AVÔ PARA FILHOS E NETOS

Quando chegou na região de Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), em 1970, o produtor Sebastião Albino Leme sabia que teria muito trabalho pela frente. Mas, também previa que com luta, vontade e determinação poderia conquistar novos horizontes. De plantador de Café na região de Uraí, no Norte do Paraná, à cultivador de trigo, soja, milho, aveia e dono de boas produtividades ao longo dos anos seguintes.

Casado com dona Sebastiana, ele é pai de cinco filhos, avô de sete netos e cinco bisnetos, e do alto dos seus 84 anos se considera uma pessoa feliz, realizada e cooperativista. “A Coamo é tudo para nós, crescemos e produzimos com tecnologia”, afirma ‘seo’ Sebastião, patriarca de uma família que cultiva uma área superior a 300 alqueires em Campo Mourão.

Eles comemoram avanços e elevação da produção, ano após ano, e revelam um segredo para isso: “Graças a Deus, a nossa família vive e decide em harmonia. Tudo é planejado em família e com os insumos da Coamo produzimos cada vez mais”, afirma o neto Kelvis Klei da Silva, formando da 11ª turma do curso de Jovens Líderes, em 2009. De lá para cá passou a ver um outro lado do negócio.  “A assistência técnica que temos é excelente, o Rudi [técnico agrícola da Coamo que assiste a família] sempre incentivou a rotação de culturas. Temos que cuidar do solo para produzir bem e não perder o que foi feito em várias décadas. Com o plantio direto e a rotação de culturas conseguimos economizar e cuidar do meio ambiente”, diz.

Técnico Agrícola Rudi Scherer com família Leme

Osvaldo tinha 12 anos quando veio com o pai Sebastião para a região e lembra de como era no início dos anos 70. “A paisagem tinha samambaia e taquara. Só alguns anos depois é que começou a mecanização. Meu pai veio para tocar pasto e depois café. Ele destocou a primeira área para plantar soja. Eu era um guri, brincava no meio do mato catando pau para limpar a terra”, conta.

Reinaldo, outro filho, associado desde 1986, faz questão de valorizar o cooperativismo que aprendeu a praticar com a Coamo. “Aqui a gente tem tudo, fica mais fácil plantar e produzir, tem crédito, nome e sobrenome. Na Coamo, encontramos o que precisamos”, afirma. Mas, nem sempre foi assim na sua vida. Ele conta que durante muitos anos sentiu falta da Coamo quando foi plantar no Mato Grosso do Sul. “A Coamo já estava lá, mas era muito longe para adquirir os insumos, levava horas para ir até Amambai e quando chovia ficava muito mais difícil. “Só quem tem uma Coamo por perto e vai para outra região que não tem, sabe a diferença. Eu senti isso na pele e quando voltei foi um alívio: tudo voltou a ficar melhor, pois aqui temos tudo na hora certa.“

O neto Kelvin afirma que os jovens pensam que sabem tudo, mas nem sempre é assim. “Eu tocava minhas coisas de qualquer jeito, mas o curso mudou meu jeito de ser e me ensinou muito. Passei a ver a propriedade como uma empresa. Com organização e decisão em família, comecei a dar mais valor ao conhecimento e experiência do meu avô e do meu pai. O segredo da família unida é respeitar os mais velhos e usar da sua experiência e sabedoria.”

Otimista por natureza, trabalhador dedicado, perseverante e incansável. Assim, o agricultor Alcides Bruneta, residente em Mamborê há 37 anos, é um dos exemplos de cooperativista que defende e valoriza o movimento.  “Tinha parentes aqui na região, vim de Ibicaré, na região de Joaçaba, Santa Catarina. Cheguei em Mamborê em 03 de dezembro de 1978, só via terras devastadas com fogo, a produção era tudo manual com plantio de mandioca e arroz. Adquiri minha terra e comecei do zero”, conta. Pai de três filhos – Giovana, Ana e Givanildo, ‘seo’ Alcides comemora a profissão de agricultor iniciada em terras catarinenses.

Sua primeira lavoura, em Mamborê, contava com 20 alqueires de trigo. “Plantei, veio uma geada, perdi tudo, não colhi nada, daí aproveitei a palhada e fiz o plantio de soja em 1972.”

A sua história no cooperativismo começou logo que ele chegou em Mamborê. “Lembro bem que o Dr. Aroldo atendia os associados no balcão de peças, conversava muito com ele, é uma pessoa admirável. Ele sempre tratou todos muito bem, com simplicidade e respeito. É uma pessoa de confiança, honesta e que comanda muito bem a Coamo.”

Para Alcides Brunetta, o cooperativismo ajudou muito o seu crescimento na agricultura e pecuária. Tudo o que precisava encontrava na Coamo e, com isso, ficou mais fácil no início como cooperado. Quando a cooperativa veio em 1974 para Mamborê – terceiro entreposto da história da Coamo e segundo longe da sede - as dificuldades desapareceram. “Tínhamos problemas, mas contávamos com a Coamo e com ela crescemos. Tivemos uma grande ajuda, não perdíamos mais tempo, pois precisávamos trabalhar, plantar e colher nossas lavouras”, lembra.

  Cooperativista, agricultor tecnificado e inovador, orgulhoso de ser associado da Coamo, Alcides Brunetta se emociona ao falar da sua cooperativa. “A Coamo é fora de série, o Dr. Aroldo faz tudo com a cabeça no lugar, tem pulso firme e é honesto. Assim, ele traçou o caminho da Coamo, com confiança, pois confiança é tudo”, diz. Com a certeza de quem escolheu o melhor caminho em sua vida, ele sabe que a nova geração tem mais facilidade nos dias de hoje, se comparado com o início de tudo há quase 40 anos. “Hoje, os mais novos têm tudo e, então, é mais fácil acreditar e trabalhar com a cooperativa. É ‘barbada’ plantar e produzir com apoio do cooperativismo.”

O cooperado, agricultor e suinocultor, valoriza a assistência técnica. Ele é referência na região pela adoção de tecnologias e, com isso, vem conquistando incremento na produtividade das lavouras. Em uma área de 451 alqueires, planta todo ano pelo menos 20% de milho para silagem de grãos úmidos e uso na alimentação dos suínos.

Na safra de verão 2014/15, colheu uma média de 175 sacas de soja por alqueire em uma área de mais de 300 alqueires. “O ‘seo’ Alcides faz parte do grupo Gati (Grupo de Assistência Técnica Integral) e, há vários anos, vem adotando a agricultura de precisão e acredita que com as práticas de rotação de culturas, manejos de plantas daninhas e doenças, tem alcançando alto teto produtivo no cenário agrícola”, informa o engenheiro agrônomo Renato Di Salvo Mastrantonio, do Detec da Coamo em Mamborê.

A filha Giovana, médica veterinária e cooperada, parceira na atividade com o pai, está cursando a 19ª turma do Programa de Jovens Líderes da Coamo. Ela diz que seu pai sempre trabalhou muito e no início tinha pouco tempo livre, inclusive para ir às missas dominicais. “Ele conta que o trabalho era tanto que passava horas em cima do trator, emprestava maquinários para os serviços e não podia perder tempo.”

Outro fato que Giovana e sua irmã Ana, que cuida da administração da propriedade ressaltam, é o incentivo do pai para os estudos dos filhos. “Ele nos deu liberdade para escolher o que fazer, mas o estudo tinha que ser prioridade. O pai tem uma história de vida muito bonita com dedicação ímpar, muito suor, determinação, sensibilidade e um otimismo que nos orgulha muito”, considera Ana Brunetta.

CREDICOAMO, MAIOR COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL DO PAÍS

Com 25 anos de existência, ativos administrados de R$ 2,15 bilhões, patrimônio líquido de R$ 316,23 milhões e 12,5 mil associados, a Credicoamo é a maior cooperativa de crédito rural singular do Brasil. O resultado está inserido no ranking das cooperativas de crédito divulgado pelo Banco Central, referente ao exercício de 2014. “A Credicoamo é considerada singular porque não está ligada a nenhuma outra cooperativa central. Este ranking é bem recebido e mostra a excelente performance da cooperativa de crédito dos cooperados da Coamo”, comemora o presidente da Credicoamo, José Aroldo Gallassini.

A eficiência da gestão e a melhoria nos processos operacionais proporcionaram sobras líquidas no exercício de 2014 de um montante de R$ 61,49 milhões, com crescimento de 70,79%.

CRÉDITO COM AGILIDADE E SEM BUROCRACIA

Os cooperados Jacinto Valentim Lira e Emerson José Lira, pai e filho, de Jardim Alegre, região de Ivaiporã (Centro-Norte do Paraná), sabem a importância de ter à disposição os benefícios ofertados pela Credicoamo. Toda a movimentação financeira, assim como financiamentos das safras e seguros, são viabilizados por meio da cooperativa de crédito.

A história do ‘seo’ Jacinto com o cooperativismo teve início há mais de 30 anos, quando fazia a movimentação na Coamo em São João do Ivaí. Com a chegada da cooperativa de Crédito em Ivaiporã em 2002, esse relacionamento se fortaleceu ainda mais. “Sempre buscamos os benefícios da Coamo, e quando a Credicoamo se instalou em Ivaiporã não pensamos duas vezes, pois sabíamos da seriedade e comprometimento com os cooperados”, comenta.

Para a família Lira, quem é cooperativista tem melhores resultados

Ele conta que nessas três décadas, aprendeu muito com o cooperativismo e percebeu que quem adere a essa filosofia consegue melhores resultados. “Temos que cumprir com as obrigações e não só usufruir dos benefícios. Na cooperativa temos nossos direitos, mas também temos nossos deveres que devem ser seguidos. Isso faz com que a cooperativa e os cooperados se fortaleçam”, assinala. 

Emerson José Lira, destaca que a agilidade e facilidade para obter recursos são pontos fundamentais para os cooperados que trabalham com a Credicoamo. “Tudo o que precisamos encontramos na cooperativa. Os recursos saem mais rápido, pois não tem burocracia”, frisa.

Ele acrescenta também a diferença entre as taxas cobradas pela Credicoamo em comparação as demais instituições financeiras. “É um trabalho de parceria, fazemos toda nossa movimentação e em contrapartida a Credicoamo nos oferece taxas menores e facilidade de acesso aos recursos”, afirma.

SATISFAÇÃO NAS REGIÕES DO PR, SC E MS

Polato: Valorização da parceria e elogios ao atendimento

O sentimento de satisfação também é destacado pelo cooperado Aparecido Antonio Polato, de Rancho Alegre do Oeste (Centro-Oeste do Paraná). Ele conta que os investimentos realizados nos últimos anos, foram viabilizados por meio da Credicoamo. “Na hora de plantar sempre buscamos recursos na Credicoamo e os maquinários utilizados para a condução da lavoura, também foram adquiridos por meio da cooperativa”, comenta. Os mais recentes foram um Uniport e uma bazuca.  “São investimentos que fazemos porque sabemos da importância de plantar e efetuar os tratos culturais no momento certo. Isso reduz riscos, além de proporcionar mais comodidade”, acrescenta.

Segundo ele, as vantagens da Credicoamo são a agilidade e a forma como os cooperados são tratados. “Os funcionários nos explicam tudo de forma clara e objetiva. Não há nada para esconder, tanto da parte deles quanto da nossa parte. É uma grande parceria que vem dando certo. Outro ponto importante, é que não há diferenciação entre os associados. Todos são tratados da mesma forma, seja ele um pequeno ou grande produtor”, conclui Polato.

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