Iniciadas praticamente junto com a fundação da Coamo, no começo da década de 70, as Reuniões de Campo com a diretoria estão entre um dos mais importantes projetos da cooperativa e tem a missão de promover maior aproximação e integração entre a diretoria e cooperados; levar informações gerais da situação da agricultura, da Coamo e Credicoamo e incentivar a participação do quadro social.
Realizadas duas vezes por ano, sempre no início e no final da safra de verão, neste segundo semestre as reuniões acontecerem de 22 de junho a 06 de julho e levaram mais de oito mil cooperados aos encontros, promovidos em toda área de ação da cooperativa no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, totalizando 29 reuniões. Um projeto valorizado pelo presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, que faz questão de participar e conduzir o corpo a corpo com os cooperados. “É muito bom fazer essas reuniões porque é uma oportunidade de levar até o cooperado uma retrospectiva do ano que passou e traçam uma perspectiva para o ano seguinte. Assim eles ficam mais bem informados e tomam as decisões com mais segurança, diminuindo a margem de erros”, afirma.
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Abelardo Luz, Ouro Verde e Xanxerê (SC) |
Amambai e Aral Moreira (MS) |
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Araruna (PR) |
Boa Esperança e Janiópolis (PR) |
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Caarapó (MS) |
Campo Mourão, Farol, Luiziana e Corumbataí do Sul (PR) |
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Candói e Cantagalo (PR) |
Coronel Vivida, Vista Alegre e Honório Serpa (PR) |
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Dourados (MS) |
Engenheiro Beltrão e Quinta do Sol (PR) |
Neste ano, como proposta inovadora, o presidente da Coamo abriu as reuniões relembrando os cooperados dos princípios cooperativistas, com objetivo de reforçar os conceitos e valores do sistema. Gallassini esclareceu que as cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados. Com adesão livre e voluntária, em geral todas as pessoas têm liberdade de se associar à uma cooperativa, independente de raça, posição social, cor, política partidária e credo. “Basta conhecer a doutrina, filosofia e princípios cooperativistas. Conhecer os objetivos, estatutos e estrutura da cooperativa, bem como os direitos, deveres e propósito de ser fiel, atuante e participativo. Ser empreendedor e acreditar na cooperativa, pois o cooperado será o próprio dono”, explica.
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Faxinal, Marilândia do Sul e Cruzmaltina (PR) |
Goioerê, Quarto Centenário, Rancho Alegre do Oeste, Moreira Sales e Mariluz (PR) |
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Guarapuava, Pinhão e Goioxim (PR) |
Ivaiporã e Arapuã (PR) |
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Juranda e Altamira do Paraná (PR) |
Laguna Carapã (MS) |
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Mamborê (PR) |
Mangueirinha (PR) |
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Manoel Ribas, Cândido de Abreu e Reserva (PR) |
Maracaju (MS) |
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Nova Santa Rosa (PR) |
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“Para ser um bom cooperativista é preciso estar bem informado e a par de tudo. Uma reunião como esta serve de embasamento para todos agricultores. Chama a atenção, os assuntos relacionados a preços, mercado, insumo e todos os que a Coamo nos oferece. Para fazer esse tipo de trabalho, de percorrer todas as unidades, tem que ser uma diretoria preocupada e interessada pelos cooperados e pela agricultura.” Lauro Romualdo Scherer, de Amambai (Sudoeste do Mato Grosso do Sul). |
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“É um evento importante para nós cooperados. Ficamos sabendo das novidades e aprendemos ainda mais sobre o cooperativismo. Valorizamos muito o trabalho da diretoria que não mede esforço para nos trazer essas informações duas vezes no ano.” Nelson Aparecido Ferreira, de Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná). |
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“É preciso ficar atento ao mercado e aos serviços que a cooperativa oferece. A participação em eventos como esse nos fortalece e conhecemos ainda mais sobre todos os benefícios da Coamo, além de ficarmos informados sobre assuntos ligados ao mercado. O que aprendemos colocamos em prática na propriedade.” Ana Maria Santim, de Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná). |
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“Sou associado do tempo em que nem tinha entreposto em Coronel Vivida e, mesmo assim, sempre participei dessas reuniões, na época em Mangueirinha. É o momento de termos as informações de fonte segura e honesta para que possamos tomar as decisões. Em um ano de dificuldade para vários setores da economia, vermos números promissores da Coamo, mostra a importância do cooperativismo. Com certeza, perde muito quem não participa.” Leocir Colussi, de Coronel Vivida (Sudoeste do Paraná). |
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“Nem sempre temos tempo para acompanhar a situação de mercado e como está o estoque brasileiro e mundial dos principais produtos e a cooperativa mostra todos os dados que precisamos nas reuniões. O mercado é um assunto que chama a atenção e a diretoria nos esclarece tudo, de forma clara e objetiva. É a oportunidade que temos também para conhecer a situação da cooperativa.” Annael Vieira, de Ivaiporã (Centro-Norte do Paraná). |
Embora todos os temas abordados nas reuniões sejam importantes para o bom andamento da atividade dos cooperados, o que mais chama atenção é a comercialização de produtos, explanada sempre com muito conhecimento pelo presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini. Minuciosamente ele detalha sobre a área e produção do Brasil e do mundo, oferta e demanda, estoques de trigo, milho e soja. Números que associado ao preço do dólar e a movimentação na bolsa de Chicago determinam o preço das commodities. “Com essas informações o cooperado tem um conhecimento geral do que está acontecendo no Brasil e no mundo em termos de estoques mundiais que podem influenciar no preço final da produção. Por isso, esses dados chamam tanto a atenção do quadro social, que está sempre interessado nessas questões de mercado”, considera Gallassini.
SOJA: CÂMBIO DITARÁ O PREÇO
Em 2016, o Brasil colheu uma safra de 95,6 milhões de toneladas. O câmbio foi o principal fator para recuperação do preço, enquanto CBOT perdia terreno em função de grandes safras pretendidas nas Américas do Norte e do Sul, elevando os estoques de passagem. Conforme foram finalizando a colheita com quebras em função de chuvas na América do Sul, o câmbio perdeu o brilho, mas foi compensado por CBOT que migrou da casa dos 8,5 dólares para 11,5/12,0 dólares por bushel, trazendo preços recordes para o produtor. É preciso aguardar para ver o como vai se desenrolar a produção americana. Comentários de aumento de temperatura nas águas do pacífico traz temor de La niña, podendo trazer seca para a safra americana, parte da região Sul e Centro-Oeste do Brasil.
No próximo ano, o Brasil deve colher cerca de 103,0 milhões de toneladas. O clima vem confirmando as previsões e demonstra estar se normalizando na América do Sul, com retorno das chuvas na metade norte do continente e redução do volume de precipitações na metade sul. Desta forma, a safra Sul Americana torna-se uma incógnita, a extensão de perdas e possíveis compensações em outras regiões, só serão conhecidas quando a colheita estiver em pleno andamento, podendo surpreender para uma safra maior que o esperado. Quanto ao preço, mais uma vez, o câmbio deve ser o diferencial.
TRIGO: 15% A MENOS PLANTADO
A produção nacional de trigo em 2015 foi 8% inferior à safra passada, atingindo 5,54 milhões de toneladas, número este em razão de pequenas quebras no Paraná e grandes quebras no Rio Grande do Sul, ambas por fatores climáticos, as quais foram determinantes para não atingir 7,60 milhões de toneladas, esperadas. Nos principais países produtores e, em especial, na Argentina, também houve frustração por questões climáticas.
Em 2016, em função do custo da implantação da lavoura e relação de preço com o milho safrinha obtendo preços recordes, houve redução na área plantada ao redor de 15%.
Com o câmbio permanecendo aquecido, pode-se efetuar algumas vendas para o Nordeste via cabotagem e até alguma exportação, sem a intervenção do governo, tal qual ocorreu em 2015. Isso em função da baixa na qualidade, diferenciando de vez o trigo do Paraná para o do Rio Grande do Sul. Desta forma desafogando o mercado, automaticamente dando suporte ao preço.
MILHO: SAFRINHA AFETADA PELO CLIMA
Cenário Interno: Alavancadas pelo câmbio, as exportações brasileira de milho no ano safra 2014/2015 atingiram a máxima histórica de 30,2 milhões de toneladas. O fluxo acentuado aos portos enxugou o excedente das regiões produtoras. Com a chegada de uma safra de verão pequena diante do corte de área plantada e uma demanda interna cada vez mais crescente, o mercado se viu completamente enxuto nestes primeiros meses de 2016, criando uma situação de completo desabastecimento interno e consequente sustentação e elevação de preços. A este cenário somam-se os efeitos da estiagem que afetou as principais regiões produtoras de milho safrinha em abril e, mais recentemente, as geadas que caíram nas regiões produtores nos dias 11 e 12 de junho. Como resultado, há uma situação bastante agravada para o quadro de oferta e demanda. As atenções agora se voltam para a colheita da safrinha e para os índices de produtividade. Segundo consultorias privadas e órgãos oficiais, a safrinha não deve ultrapassar os 50 milhões de toneladas, bem abaixo dos 61 milhões de toneladas previstos inicialmente. Pela lógica de mercado, os preços cederão por ocasião do pico da colheita, mas não a ponto de provocar alívio aos consumidores, pois a recomposição dos estoques só acontecerá com bons números que possam vir da safrinha 2017.
Cenário Internacional: Para este ano, dificilmente o Brasil repetirá a mesma performance alcançada em 2015. Informes não oficiais dão conta que 20 milhões de toneladas da safrinha 2016 já foram comercializados antecipadamente, a maioria com tradings que visam o mercado externo. O volume remanescente ainda não comercializado será duramente disputado pelo mercado doméstico. Uma janela de oportunidade se abre para outros exportadores na ocupação do espaço deixado pelo Brasil, especialmente Estados Unidos e Argentina. Maior participação americana nas vendas externas significam cotações mais elevadas em Chicago para este ano agrícola.
Fonte: Gerência de Comercialização da Coamo. Data/Base: junho/julho 2016
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Palmas (PR) |
Peabiru (PR) |
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Pitanga, Boa Ventura de São Roque, Palmital e Santa Maria do Oeste (PR) |
Roncador e Iretama (PR) |
Os números do plano safra 2016/2017 divulgado pelo governo e o tradicional plano safra da Coamo também foram apresentados aos cooperados, assim como a situação geral da cooperativa. Conforme Dr. Aroldo, a Coamo segue bem capitalizada e seus cooperados estão com boa situação econômica, o que garante a solidez da cooperativa. “Temos uma baixa inadimplência na Coamo e na Credicoamo. Este é o melhor balizador para sabermos a situação dos nossos cooperados”, garante.
O gerente de assistência técnica, Marcelo Sumyia é responsável pela apresentação dos programas do governo e os números do plano agrícola e pecuários, além dos custos de produção da safra. Dados que tradicionalmente chamam a atenção dos cooperados que participaram dos encontros.
Neste segundo semestre, ele mostrou com detalhes as taxas de juros e o custo de investimento para os programas Pronaf Mais; Pronamp; Programas de Investimento do BNDES; Proagro e Seguro Agrícola, além do custo variável total dos insumos baseado no plano safra Coamo, operações (custo de hora máquina, operador, combustível, reparos e lubrificantes), e outros custos (juros do financiamento, transporte, transporte externo, taxa de assistência técnica e Proagro), entre outros.
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São Domingos e Ipuaçu (SC) |
São João do Ivaí, Fênix e Barbosa Ferraz (PR) |
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Toledo, Dez de Maio, Dois Irmãos, Vila Nova, São Pedro do Iguaçu e Ouro Verde do Oeste (PR) |
Tupãssi, Bragantina e Brasilândia do Sul (PR) |
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“Nós produtores precisamos de segurança e a Coamo nos oferece isso, seja na hora de adquirimos os insumos ou de vender a produção. A presença da diretoria apresentando a situação da cooperativa mostra a seriedade e comprometimento que eles têm com os cooperados. Essa transparência fortalece a Coamo, que está cada vez mais próxima dos associados.” Ari Basso, de Sidrolândia (Mato Grosso do Sul). |
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“Aproveitar essas duas oportunidades que a diretoria passa pela unidade para termos uma previsão do que vai acontecer. São informações que nos ajudam a conduzir as atividades, mostrando estimativa de custo e um panorama da próxima safra. Pelo tamanho da nossa cooperativa, é importante prestigiarmos a diretoria que sempre faz questão de fazer as reuniões.” Guilherme Favoretto Loureiro, de Palmas (Sudoeste do Paraná). |
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“É a oportunidade que os cooperados têm de ver a situação da cooperativa e as perspectivas de mercado. Saio da reunião contente, por saber da solidez da Coamo e que a previsão é de bons preços. São assuntos que nos ajudam desde o plantio até a comercialização, por isso, faço questão de participar das reuniões.” Moacir Bertolini, Pitanga (Centro do Paraná). |
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“A informação é o insumo mais importante para a nossa atividade. Os assuntos apresentados durante o encontro nos auxilia na tomada de decisões e, com isso, crescemos e fazemos com que a cooperativa também cresça. Vale a pena participar e não significa, de maneira nenhuma, perda de tempo. É um investimento que estamos realizando.” Ricardo Bigolin, de São Domingos (Oeste de Santa Catarina). |
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“Quanto mais associados participando melhor, pois as informações são mais disseminadas. Os assuntos que mais chamam a atenção são os relacionados ao mercado e as previsões de produção e de estoque. Servem de base para tomarmos a decisão. Precisamos minimizar os erros e aproveitar os melhores momentos do mercado.” Ricardo Dresch, de Toledo (Oeste do Paraná). |
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Divaldo Correa, superintendente Industrial |
Airton Galinari, superintendente Operacional |
Aquiles de Oliveira Dias, superintendente Técnico |
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Antonio Sérgio Gabriel, superintendente Administrativo |
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Alcir Jose Goldoni, superintendente Comercial |
Outra novidade deste ano, inserida nas reuniões do início do ano, é a presença dos superintendentes da cooperativa nas reuniões, que apresentaram os serviços desenvolvidos por suas áreas, esclarecendo ao cooperado de que forma é realizado o trabalho de apoio ao quadro social, desde o fornecimento dos insumos e outros serviços, passando pela assistência técnica, até o plantio e colheita, armazenagem, transporte, comercialização, exportação e industrialização dos produtos e a administração da Coamo como um todo. “Levamos sempre dois superintendentes por reunião para o cooperado saber quem são e como funciona a cooperativa. É uma inovação que dá mais credibilidade e leva ainda mais informação ao cooperado, que fica mais por dentro de tudo que acontece na cooperativa”, diz Gallassini.
Novidade para os cooperados e os próprios superintendentes a experiência agrada a todos, e torna o processo de gestão da cooperativa ainda mais transparente. “Acho muito importante este contato direto com os cooperados de mostrar o nosso dia a dia e nossa estrutura para atendê-los. É uma grande oportunidade que temos de mostrar como é a organização da Coamo e como nós trabalhamos para serví-los da melhor forma possível”, observa Aquiles de Oliveira Dias, superintendente técnico da Coamo.
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