Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 504 | Julho de 2020 | Campo Mourão - Paraná

COOPERATIVISMO

Enraizados na cooperação

No sítio Santo Reis, em Pitanga (Centro do Paraná), o cooperativismo está enraizado nos laços da família desde a década de 80. Há três gerações, é a filosofia que norteia os passos da família Campos. O pai Mauri Virgilio de Campos, trabalha com o filho Virginio e o neto Everaldo. “Meus filhos e netos estão dando continuidade ao trabalho que iniciei. Daqui a pouco chegam os bisnetos que também receberão os mesmos ensinamentos de trabalho em família, com muita cooperação. Já tenho uma bisneta de 16 anos, que logo poderá começar a participar”, comemora seu Mauri. O cooperado lembra que antes de se associar a Coamo, sofreu na atividade. “Eu entregava numa empresa que um dia, simplesmente sumiu. Eu perdi muito. Eu era associado da Coamo há pouco tempo, e não conhecia de fato o trabalho da cooperativa, foi quando eu decidi trabalhar 100% com a Coamo. Então, mergulhei no cooperativismo, passei a participar de todas as reuniões e eventos técnicos. Me envolvi totalmente e hoje agradeço por ter a Coamo, pois a cooperativa chegou para nos ajudar e apoiar”, lembra Mauri.

Seu Mauri ficou tão satisfeito com os resultados que obteve junto à Coamo que fez questão de contar para todo mundo que valia a pena se associar. “Fui chamando outros agricultores para se associarem também. Em um ano, a cooperativa dobrou o número de associados, pois cada um que se associava, chamava outros. Foi um crescimento incrível, e que nunca mais parou. Sem dúvidas, porque quando se trabalha com honestidade e pensando no bem de todos, o crescimento é consequência. Ver a Coamo chegar aos 50 anos nos emociona. É um trabalho de família.” Um dos filhos do seu Mauri, Virginio de Campos, também é associado da Coamo desde a década de 80. “Nós começamos fracos e com o apoio da Coamo conseguimos crescer. Tínhamos apenas 10 alqueires, hoje são 100. A Coamo é nossa base sólida. Sem contar, que depois veio a Credicoamo, que nos trouxe ainda mais benefícios e segurança para trabalhar.”

Mauri Virgilio de Campos com o filho Virginio de Campos e o neto Everaldo

Daqui para frente Virginio acredita que tem espaço para crescer ainda mais. “Sabemos que quando se é associado da Coamo, o desenvolvimento não para. Por isso, já repassei a importância do cooperativismo para meu filho Everaldo e quero que meus netos e bisnetos tenham essa mesma consciência.”

Everaldo de Campos, filho e neto de cooperativista, não poderia escolher outro caminho. Ele é a terceira geração, e já associado há 10 anos. “É gratificante saber que foi o cooperativismo que trouxe todo esse crescimento para a minha família. Temos que agradecer a Coamo pelo que temos. Sei que para a minha geração está tudo mais fácil, mas na época do meu avô não era bem assim, e foi o cooperativismo que impulsionou todo esse crescimento, criando raízes e solidez para o nosso desenvolvimento.”

Evolução em terras paranaenses

A história do cooperado José Soares da Silva, de Cândido de Abreu (Centro-Norte do Paraná), se confunde com a de muitos nordestinos que migraram para o Sul do Brasil em busca de desenvolvimento e progresso. Ele chegou ao Paraná no início da década de 1970 vindo de Pernambuco, quando resolveu se aventurar a convite de um parente. Logo de cara conheceu a Coamo, num período que trabalhou como servente de pedreiro na construção de silos da cooperativa e nas primeiras instalações do parque industrial em Campo Mourão, em 1975. Nesta época ele morava no município de Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná). Em 1997 o cooperado se mudou para a comunidade Rio do Tigre, no interior do município de Cândido de Abreu, onde reside até hoje.

José Soares da Silva com o filho Luiz Fernando

No início da década de 1980, já com seu primeiro pedaço de terra, se associou à Coamo, de onde nunca mais se desligou. “Sou feliz de ser cooperado da Coamo porque estamos dentro de uma cooperativa muito organizada. Só tenho a agradecer”, declara o produtor. “Na Coamo tem tudo para gente”, completa ele, que trabalha em parceria com dois filhos, também associados. “Todos estamos satisfeitos, trabalhamos juntos no mesmo sistema da cooperativa, nos ajudando”, diz.

Há 28 anos inserido no sistema cooperativista, seu José, conhecido popularmente na região como Arnaldo, afirma que assim como a Coamo conseguiu crescer na atividade. “Sou muito bem amparado pela Coamo e, também, pela Credicoamo, onde me associei mais tarde, estou muito contente”, garante. Nos 135 alqueires cultivados pela família, a soja é a principal cultura do verão e, no inverno, o trigo e o milho safrinha são os protagonistas. “Entregamos tudo na Coamo. Não vendemos nenhuma saca para ninguém. Se estamos felizes com a cooperativa porque entregar fora? Somos 100% Coamo, não é 99 não, é 100% mesmo”, reafirma seu Arnaldo, valorizando a cooperativa e o sistema cooperativista. “Cooperativismo é a melhor filosofia do mundo. Somos uma grande família muito unida. Sempre digo aos meus filhos que temos de dar muito valor à cooperativa. Somos muito bem amparados, não há do que reclamar. Queremos que a Coamo cresça muito mais porque assim vamos crescer juntos”, prevê.


Crescimento amparado no cooperativismo

Cada vida que a Coamo transforma faz parte da sua história. É com esse intuito que a cooperativa trabalha com as famílias, dando oportunidades para que as pessoas possam evoluir juntas no cooperativismo. A família Dias, de Jardim Alegre, e cooperadas na unidade da Coamo em Ivaiporã (Centro-Norte do Paraná), vivenciam essa parceria há algumas décadas. Seu Silvio é o patriarca da família e segundo cooperado mais antigo da Coamo em Ivaiporã. A história dele com a cooperativa iniciou em 1981. A família reside no sítio Santo Antonio, no Bairro dos Pereira, onde é pioneira. A transformação é nítida quando se faz uma comparação de como era e como está no momento. De acordo com seu Silvio, a área de plantio saltou de 29 para 300 alqueires. “Essa evolução é graças ao nosso trabalho e, também, a parceria que sempre tivemos com a Coamo. Trabalhamos em família, e crescemos juntos, todos unidos”, salienta. As atividades agrícolas desenvolvidas na propriedade são realizadas em parceria com os filhos e netos. Conforme o cooperado, a Coamo propiciou uma grande revolução e transformação para várias famílias na região de Ivaiporã. “A cooperativa trouxe crédito, assistência técnica e segurança. A Coamo contribuiu no crescimento e desenvolvimento da região”, salienta. Na visão dele, a transformação da família é mérito do trabalho da família, que não mediu esforços para alcançar o sucesso. “No início da Coamo aqui na região, a gente via que muitos agricultores tinham receio, medo do cooperativismo. Mas, assim que a cooperativa foi evoluindo, mostrando sua seriedade, os produtores rurais passaram a aderir e se fortaleceram juntos.” Silvio Vieira Dias é um dos filhos e responsável pela administração da propriedade. Função recebida do pai ainda jovem, logo que decidiu trabalhar na propriedade. Ele conta que se espelha nos pais para dar continuidade à atividade agrícola. “Eles sempre pregaram a união e honestidade. São valores que somados ao cooperativismo e parceria com a Coamo levaram a chegar onde estamos hoje.” De acordo com ele, assim como a Coamo, que sempre foi muito bem administrada e tem a honestidade como princípio, a família deles também honra os compromissos assumidos e trabalha com seriedade. “Vemos isso na Coamo e fazemos questão de seguir o exemplo. É um trabalho que vem dando certo. O cooperativismo tem o objetivo de unir as pessoas em prol de um bem comum. Temos a Coamo como parceira e sabemos que quando precisarmos de apoio teremos. Assim como, fazemos questão de apoiar a cooperativa, sem fugir da nossa responsabilidade”, assinala Silvio.


Silvio é um dos primeiros cooperados da Coamo em Ivaiporã


Testemunha do progresso

Dos 50 anos de atividades da Coamo, que serão completados em 28 de novembro próximo, 45 foram vividos em parceria com o cooperado Tadeu Voroniuk, um tradicional agricultor e pecuarista da região de Roncador (Centro-Oeste do Paraná), que se associou à Coamo em 1975. Ele é testemunha do desenvolvimento da agropecuária regional, da cooperativa e de si próprio, nessas quatro décadas e meia de crescimento, sustentado por um ótimo trabalho realizado em conjunto, mediado pelo cooperativismo. “Isso se dá muito pela filosofia de trabalho da Coamo. Porque para ela todos são iguais, independentemente do tamanho. Não importa se você tem uma ou mil cabeças de gado, dez ou cem alqueires de terra. O preço dos insumos ou a entrega do produto tem o mesmo valor para todos. Isso é cooperativismo, é o correto a se fazer”, elogia Tadeu.

Defensor da política de trabalho da Coamo, o cooperado enaltece a gestão adotada pela diretoria, especialmente na figura no idealizador, José Aroldo Gallassini. “Sou fã dele, um admirador do trabalho desenvolvido por ele. Nos passa muita confiança e credibilidade”, destaca. Nesses 45 anos de parceria, seu Tadeu enxerga a Coamo como uma mola propulsora do crescimento dos associados. “Tudo foi conquistado com muito trabalho, com honestidade e pés no chão. A Coamo nos ensinou muito nesse sentido e rege tudo isso como uma grande orquestra”, compara o cooperado, que iniciou na agricultura com 40 alqueires de cultivo. Passado um período migrou para a pecuária, onde permaneceu por longos anos até resolver voltar para a agricultura. Hoje desempenha as duas atividades com muito sucesso.

Tadeu com o filho Tadeu Voroniuk Júnior

Cultiva cerca de 240 alqueires de lavoura e, em outra área semelhante, cria gado de corte, com apoio do filho Tadeu Voroniuk Junior, veterinário por formação. “Graças a Deus, a tecnologia e serviços oferecidos pela Coamo, estamos melhorando nossos resultados a cada ano”, agradece. Braço direito nas atividades e na vida do seu Tadeu, o também cooperado e filho Junior, carrega com orgulho o mesmo nome do pai, além de seguir os mesmos passos no trabalho. Ligado à agricultura e, sobretudo a pecuária, pela formação veterinária, Junior é outro que valoriza a parceria com a Coamo. “A tecnologia oferecida pela Coamo e o trabalho da cooperativa agregam ao nosso desenvolvimento no campo. A cooperativa para nós tem sido fundamental, porque alavanca a atividade do início até o fim. A cada ano que passa melhora ainda mais”, comenta.

Conforme o agropecuarista, a cooperativa completa 50 anos crescendo junto com os cooperados e contribuindo para o desenvolvimento das regiões onde está presente. “Aqui em Roncador ela investe e ajuda a cidade a se desenvolver. Gera empregos, renda e contribuiu para o crescimento do município. É uma grande engrenagem, isso é cooperativismo”, finaliza.

DIA DE COOPERAR com eventos virtuais e ações sociais

Dia C da Coamo e da Credicoamo contou com diversas ações sociais em toda a área da cooperativa

Ações nas unidades

Além dos encontros virtuais, o Dia C da Coamo e da Credicoamo contou com diversas ações sociais. Em toda a área de ação no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, os funcionários se reuniram em uma campanha solidária de arrecadação de donativos como roupas, alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal. “Mesmo em um cenário de dificuldades e incertezas, mais uma vez ficou evidente o espírito de solidariedade dos nossos funcionários, que com empenho e dedicação fizeram suas doações beneficiando diversas famílias e entidades”, avalia o gerente de Recursos Humanos da Coamo, Antonio Cesar Marini.

A semana do cooperativismo é sempre motivo de celebração em todo o mundo. Celebrado no primeiro sábado do mês de julho, o Dia Internacional do Cooperativismo, é comemorado durante toda a semana que antecede a data. Neste ano, Coamo, Unimed e Credicoamo realizaram o evento “Cooperar para transformar” com lives para toda a comunidade. Foi a intercooperação provando o quanto a força da cooperação é capaz de transformar vidas.

As lives foram realizadas em três dias. A primeira, abordou o tema “Cooperação que transforma vidas”, com o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini e o presidente da Unimed Campo Mourão, Eloy Okabayashi Fuzii. No segundo dia, foi “Saúde física e emocional em tempos de pandemia”, com três profissionais da saúde: Alex Ferreira, psicólogo da Unimed; Karen Geovani, nutricionista da Unimed e Carlos Eduardo Rosa Mildemberger, médico do Trabalho da Coamo. A última live foi com o presidente Executivo da Credicoamo, Alcir José Goldoni e o gerente Financeiro da Coamo, Joel Makohin. Eles falaram sobre “Finanças pessoais e orçamento familiar”.

A chefe do departamento de Desenvolvimento de Gestores, Ana Claudia Periçaro, enfatiza a importância de celebrar o cooperativismo. “Preparamos um evento para toda a família, com temas que dizem respeito a realidade e vida de todos. Foi uma live aberta, para celebrar com toda a comunidade a força da cooperação já que não podemos nos reunir devido a pandemia. As tecnologias têm sido aliadas neste momento.”

Os vídeos das lives podem ser acessados no canal da Coamo no Youtube/coamocooperativa

Finanças pessoais e orçamento familiar

Joel Makohin, gerente Financeiro da Coamo
O impacto da pandemia do Coronavírus não está relacionado somente à saúde. Diante do cenário econômico instável, especialistas alertam para a importância de controlar os gastos durante o período de isolamento. “Finanças pessoais e orçamento familiar”, foi tema de uma das lives promovidas pela Coamo, Credicoamo e Unimed Campo Mourão em comemoração ao Dia C de Cooperar, celebrado no dia 04 de julho. O assunto foi apresentado pelo presidente Executivo da Credicoamo, Alcir José Goldoni, e pelo gerente Financeiro da Coamo, Joel Makohin.

Alcir Goldoni, presidente Executivo da Credicoamo

Para acessar o vídeo, aproxime o celular com leitor QR Code na imagem

Para algumas pessoas é fácil planejar as finanças e acompanhar o orçamento familiar, enquanto, para outras, o tema ainda é complexo. “O orçamento familiar é um instrumento que permite uma gestão de gastos coerentes com as receitas. Isso traz mais tranquilidade para planejar o futuro. A educação financeira é um tema recorrente e deve ser debatido sempre, não só em tempos de pandemia”, afirma Goldoni.

De acordo com ele, planejar as finanças pessoais e o orçamento familiar é um desafio para muitos brasileiros e para facilitar o trabalho, atualmente, existem vários aplicativos e ferramentas que auxiliam para que a gestão seja realizada de uma forma mais tranquila. “As pessoas precisam dedicar um tempo para decidirem o que fazer com a renda mensal. É necessário ter um retrato da situação financeira, com as receitas e despesas. Diante disso é possível ter uma visão realista de como estão as finanças da família”, observa Goldoni.

Benefícios de um orçamento organizado

São vários os benefícios para as famílias que organizam e planejam as finanças. Goldoni cita que o mais importante é saber o quanto está gastando e se as despesas são compatíveis com a receita. Ele diz que o orçamento familiar é um grande desafio. “Saber a realidade e entender as finanças é um passo importante”, frisa, acrescentando que o cartão de crédito deve ser um aliado e não um motivador para gastos, principalmente os de impulso e sem necessidade. “Toda compra e todo gasto devem ser analisados. Se não souber usar, o cartão é um problema.” Estudos indicam que 50% da receita de uma família deve ser para as despesas básicas, 30% para o lazer e bem-estar e 20% destinado a eventualidades e poupança.

Elencar as prioridades

Controle e disciplina. Essas são palavras chaves para um bom orçamento familiar e finanças pessoais. Segundo o gerente financeiro da Coamo, Joel Makohin, para quem tem um salário fixo a tarefa pode ser considerada um pouco mais fácil, já que se sabe a receita do mês. Porém, para aqueles que não são assalariados, é preciso mais disciplina. “É importante que esses profissionais não misturem o orçamento familiar com o da atividade que desenvolvem.”

Conforme Makohin, cada pessoa tem um perfil de gastos, necessidades e hábitos alimentares. Ele diz que fazer anotações simples dos gastos em uma caderneta, ajuda no controle e na disciplina. “Para aqueles que têm mais facilidade com a tecnologia, existem vários aplicativos que ajudam no controle das despesas. O primeiro passo é anotar o gasto de cada membro da família, desde os pequenos até os maiores. Mesmo sendo pequenos valores, a sua somatória é que define a ação do que fazer com o orçamento. Essa é uma prevenção contra endividamento e, também, permite que a família possa poupar.”

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