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Marcos Vinicius com o pai Milton Pereira Vieira, cooperados em Fênix (PR), estão tendo bons resultados com o milho |
Mesmo com a irregularidade climática na fase de implantação e, depois, no desenvolvimento das lavouras, que prejudicou um melhor rendimento, a segunda safra de milho está rendendo bons e bem-vindos frutos para os cooperados. O aquecimento do mercado está sendo o principal responsável por este resultado positivo e motivou o produtor a vender a produção antes mesmo de colher o produto no campo.
Em Fênix (Centro-Oeste do Paraná), o cooperado Milton Pereira Vieira está na fase final de colheita. De acordo com ele, a produção, mesmo com as adversidades climáticas, deve ser parecida com a safra passada. “Ainda estamos colhendo, mas se ficar menor, não fugirá muito do que colhemos no ano passado. O lado bom, são os preços que tem resultado em uma melhor rentabilidade”, destaca.
Ele ressalta que a falta de chuva prejudicou o plantio do cereal e a germinação da lavoura. Contudo, o desenvolvimento foi normal mesmo com pouca água. “Tivemos chuvas escalonadas, mas que ajudaram o milho a ter um bom desenvolvimento”, frisa o cooperado, que obteve produtividades de 250 até pouco mais de 300 sacas.
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Conforme o engenheiro agrônomo, Ulysses Marcellos Rocha Netto, da Coamo em Fênix, o milho é a cultura mais cultivada na segunda safra, com cerca de 95% da área de plantio no município |
Milton plantou 125 alqueires com milho e conta que investiu um pouco mais neste ano, principalmente em adubação, o que ajudou a segurar a falta de umidade. “Historicamente, temos um bom resultado com o milho. Desenvolvemos a atividade em parceria com a Coamo que oferece toda a condição para evoluirmos”, conta Viera que também tem como parceiro na atividade o filho Marcos Vinicius.
Conforme o engenheiro agrônomo, Ulysses Marcellos Rocha Netto, da Coamo em Fênix, o milho é a cultura mais cultivada na segunda safra, com cerca de 95% da área de plantio no município, tem grande importância econômica e para o sistema de produção. Ele conta que os cooperados utilizam boas tecnologias e buscam se aperfeiçoar a cada nova safra. “Temos cooperados tecnificados, que usam boa correção de solo, cuidam dos tratos culturais e buscam reduzir cada vez mais”, salienta.
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Mesmo com as adversidades climáticas, irmãos Natalino e Natanael, estão tendo bom resultado em Quinta do Sol (PR) |
Na Fazenda Bom Jesus da família Ferri, em Quinta do Sol, o milho segunda safra cobre 100% da área de 600 alqueires. A colheita começou em meados de julho. A estiagem que afetou o cereal durante o ciclo, derrubou a produtividade em quase 20%. Apesar disso, os irmãos Natalino e Natanael, acreditam que ainda é possível obter um resultado razoável. “Tivemos quase 40 dias sem chuva e a chuva que veio foi bem abaixo da média.”
Natalino Ferri, porém, destaca que apesar da agricultura estar refém do clima, quando se adota um bom manejo, é possível equilibrar os resultados. “Se não tem uma boa adubação e investimento em tecnologias, a perda diante de uma estiagem tão longa quanto essa que passamos, poderia ser ainda maior”, alerta.
Para o cooperado, outro aspecto que deve ser levado em consideração nesta safra, é o preço. “Esse ano pode-se dizer que conseguimos equilibrar, pois apesar da queda na produção, o preço está melhor que no ano passado.”
Para os irmãos além dos aspectos técnicos e mercadológicos mencionados, o agricultor precisa fazer o que gosta. “Estamos com a colheita a todo vapor, começamos cedo e não temos hora para terminar. Quando se faz o que ama, sempre está contente e feliz.”
Conforme o engenheiro agrônomo, Diego Ronchi, da Coamo em Quinta do Sol, em comparação com a safra passada, foi possível manter um resultado positivo mesmo com a estiagem. “Aqui em Quinta do Sol, não só a família Ferri, mas os da Coamo sempre investem num manejo tecnológico. Esse é um diferencial, que permite o bom retorno que estamos vendo.”
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Na Fazenda Bom Jesus da família Ferri, em Quinta do Sol, o milho segunda safra cobre 100% da área de 600 alqueires |
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