Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 505 | Agosto de 2020 | Campo Mourão - Paraná

GOVERNANÇA

A safra recorde e a força do agronegócio

"Verificamos uma mudança no comportamento dos cooperados, que estão mais atentos e conectados ao mercado, resultando na venda escalonada da produção atual e futura, para conseguir uma melhor média de preço."

JOSÉ AROLDO GALLASSINI,

Presidente dos Conselhos de Administração Coamo e Credicoamo

O produtor brasileiro sabe fazer muito bem a sua parte com o uso de tudo o que é moderno para colher altas produtividades, ajudar o Brasil crescer e alimentar o nosso país e o mundo.

Com o clima regular, isto tem sido possível e vem sendo comemorado ao longo dos últimos anos pela classe que produz e alimenta o mundo. Por outro lado, também positivo, tem o aumento da cotação do dólar diante do real, o qual possibilitou mais presença e competitividade da produção brasileira no mercado externo.

Nunca, nesses anos todos, o preço da soja havia sido cotado em um patamar superior a R$ 110,00 a saca.

Grande safra nunca foi problema e a deste ano deverá ser recorde. Os números divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam para uma colheita brasileira de grãos de 278,70 milhões de toneladas na safra 2019/2020, que representa um crescimento de 8,0% em relação a produção colhida na safra 2018/19. Nesses indicadores, as colheitas de soja e milho respondem por quase 90% da produção total, e a soja deve contabilizar uma produção de 133 milhões de toneladas, na maior colheita brasileira da oleaginosa.

A exportação da produção de grãos do Brasil vem registrando participação histórica e impulsionando os resultados da balança comercial do Brasil, alavancada novamente pela força do agronegócio, em função de uma maior competitividade da nossa produção, que tem origem, rastreabilidade e sustentabilidade. O agronegócio não parou neste período de pandemia, não parou e não pode parar, pois se isto acontecesse, haveria sérias consequências não só para o nosso país, como para o mundo, pois a população mundial precisa se alimentar.

Neste ano na Coamo prevemos o recebimento de nove milhões de toneladas de grãos entre soja, milho e trigo, equivalente a 150 milhões de sacas, o que deve registrar o maior número, nesses 50 anos da existência da cooperativa. A previsão para a próxima safra que começa a ser semeada nas próximas semanas são muito positivas com relação a preços e produtividades.

Verificamos uma mudança no comportamento dos cooperados, que estão mais atentos e conectados ao mercado, resultando na venda escalonada da produção atual e futura, para obter uma melhor média de preço. Esta alteração de atitude promoveu, por exemplo, por meio de contrato, a venda futura de 35% da próxima safra de soja, equivalente a 32 milhões de sacas, sem contar um número expressivo de 7,5 milhões do milho segunda safra a ser plantado em 2021.

Mais capitalizado e informado, o cooperado da Coamo está mais consciente e aproveitando melhor as oportunidades, as relações de troca, de custo-benefício e das modalidades de comercialização em face da realidade do mercado, com o apoio, estrutura e profissionalismo da sua cooperativa. Com este cenário positivo, o cooperativismo e o agronegócio fazem a sua parte, se tornam cada vez mais fortes e colaboram com o potencial produtivo para que o nosso país continue crescendo e registrando resultados expressivos na balança comercial.

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