Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 519 | Novembro de 2021 | Campo Mourão - Paraná

COOPERATIVISMO

COAMO 51 ANOS

Coamo está completando 51 anos em constante evolução com os cooperados. Aplicativo Coamo é uma das inovações da cooperativa

O cenário atual apresenta uma velocidade grande em muitos segmentos. O da agropecuária é um deles. Somente na área da Coamo, nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, movimenta milhares de produtores. Neste panorama é significativo o grau de interesse dos cooperados, que, por sua vez, têm aumentado sua participação na cooperativa, seja na entrega da produção, na aquisição de insumos, como também em eventos técnicos. “Estamos juntos com os nossos cooperados, por isso, buscamos com a nossa equipe técnica e parceiros, a capacitação e o aprimoramento do quadro social por meio de atualização em cursos, palestras e eventos, dentro de uma política de desenvolvimento voltada para atender suas exigências e interesses, em continuar inovando para crescer em suas atividades”, explica Aquiles Dias, diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo.

Assim, pelo planejamento estratégico e apoio aos cooperados, a Coamo trabalha para a melhoria da produção e renda deles. “Com a atuação direta e eficaz dos nossos profissionais de assistência técnica juntamente com os da pesquisa oficial, temos contribuído nesses 51 anos da Coamo, para o desenvolvimento eficaz e a conquista de bons resultados, por meio do incremento das produtividades e a utilização de tecnologias modernas nas propriedades rurais dos cooperados”, comemora Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo.

A Coamo chega aos 51 anos mais conectada para acompanhar e realizar processos de inovação que atendam às exigências dos cooperados em um mundo moderno e veloz. “O processo de inovação faz parte da cultura e da estratégia da cooperativa que, com sua estrutura, aliada à participação dos cooperados com suas ideias, e o planejamento estratégico, tem resultado no desenvolvimento de diversos programas que estão entregando soluções aos associados. Desta forma, aumenta- -se a eficiência das ações, pois colocamos a inovação como algo contínuo”, afirma o gerente de Tecnologia da Informação, Ailton de Almeida Queiróz.

Exemplo deste processo de inovação foi o lançamento este ano do Aplicativo Coamo que, melhorou a interação do cooperado com a cooperativa. O Aplicativo Coamo foi lançado com alguns produtos, é interativo e dinâmico e estará sempre em processo de atualização, para levar ao cooperado mais benefícios por meio de suas diversas funcionalidades. Tudo na palma da mão, em qualquer lugar que ele esteja, desde que tenha internet”, explica José Aparecido Bernardo, gerente Administrativo da Coamo.

COAMO EM NÚMEROS

Ano de fundação: 1970
Fundadores: 79
Número de cooperados: mais de 30 mil
Funcionários: 8,5 mil
Faturamento em 2020: R$ 20,003 bilhões
Unidades: 114
Municípios presentes: 73 (PR-SC-MS)

Escritos na história da cooperação

Casal Ana e Leonel Spengler, de Tupãssi (PR), guardam jornais e revistas Coamo como fonte de inspiração do cooperativismo vivenciado diariamente na propriedade

Cooperar é transformador. Se para os mais novos essa frase faz sentido, imagine para os mais velhos que tiveram que desbravar diversas áreas do país e iniciar na agricultura sem tecnologia ou o apoio de uma cooperativa. Em Tupãssi (Oeste do Paraná) o casal Ana e Leonel Spengler passou por essa situação. Quando vieram de Lageado, no Rio Grande do Sul, em 1965, tiveram um árduo trabalho.

Seu Leonel lembra que outros conhecidos da família, que vieram antes para o Paraná, intermediaram a vinda dele e de sua família. “No Rio Grande do Sul era muito difícil para plantar. Aqui também foi, pois quando chegamos era tudo mato e tivemos que ir abrindo as áreas. A agricultura era manual e plantávamos feijão, milho e trigo. O trigo, inclusive eu trouxe do meu Estado e fiz a primeira colheita do cereal em Tupãssi”, lembra.

O cooperado ainda revela que na época, antes da chegada da Coamo, o milho não tinha comércio, era utilizado apenas para alimentar a criação da propriedade. A renda vinha da venda do feijão. “A cooperativa chegou e mudou completamente a nossa forma de trabalhar. Por meio da assistência técnica tivemos acesso às tecnologias que aumentaram a nossa produtividade e abriram mercados para o que produzíamos.”

Se tem uma pessoa contente com o cooperativismo, sem dúvidas é o Seu Leonel. Além de comemorar o crescimento da sua família, se alegra com a prosperidade dos outros agricultores. “Em toda a área de ação da Coamo a gente vê os cooperados da Coamo crescendo, inovando e adquirindo novas máquinas e tecnologias. É satisfatório ver essa evolução.”

Além disso, como um bom cooperativista, seu Leonel, não abre mão dos momentos de integração. Com 78 anos, o favorito dele é a Copa Coamo. “Participei desde a primeira edição até a última, antes da pandemia. Agora, machuquei meu joelho, mas de alguma forma pretendo participar da próxima, mesmo que não for em campo.”

Sempre ao lado do marido está a dona Ana, que fala orgulhosa das conquistas que a família teve graças a agricultura e ao cooperativismo. “Tivemos cinco filhos, um faleceu. Os outros quatro se casaram e têm sua vida encaminhada”, afirma. Ela também é professora aposentada, e por muitos anos fez o que mais ama na vida: ensinar. “Além de termos prosperado aqui em Tupãssi, fiz parte da educação de diversas pessoas.”

Ela também destaca a evolução que a cooperativa trouxe ao município. “Depois que a Coamo chegou, o agricultor passou a deitar na cama e dormir tranquilo, pois sabia que iria vender e receber pelo seu trabalho. Isso não tem preço”, revela.

O cooperativismo emociona e encanta a Dona Ana. Tanto que ao saber da entrevista para a Revista Coamo, como uma boa professora, tratou de escrever um texto relatando o que era a cooperativa e o que representa a história do idealizador e fundador José Aroldo Gallassini. “Existiu um homem que sonhou em fazer uma cooperativa e como ele achou que seu sonho era muito grande quis compartilhar e convidou outras pessoas para fundar a Coamo. O doutor Aroldo foi um homem que saiu do nada, estudou e levou adiante seu sonho. Ele é um exemplo para o mundo e, principalmente, para a juventude. É um espelho que deve ser seguido por vários séculos.”

Dona Ana gosta tanto de ler e estudar que guarda todas as edições do Jornal e da Revista Coamo que recebeu. Além de ter os livros dos 40 e 50 anos da Coamo. “Fico honrada e orgulhosa por ter ganhado esses livros, guardo com muito carinho. Eu leio e releio todo esse conteúdo. Gosto de ver as histórias das conquistas de outras pessoas”, conta Ana Spengler que agora poderá ler a história de sua família na Revista Coamo.

Cooperado Leonel Spengler evoluiu na agricultura com o apoio e parceria   da Coamo Cooperado Leonel Spengler com o engenheiro agrônomo Guilherme Thomazini

Crescimento pautado no cooperativismo

Ademir Maltauro, cooperado em São Pedro do Iguaçu (PR), enxerga o cooperativismo como um sistema que visa agregar valor, principalmente à família

Ademir e a esposa Ivanete acompanharam a evolução

Engenheiro agrônomo Carlos Alberto Della Riva diz que adoção de tecnologias vêm influenciando os bons resultados das safras

O cooperativismo é, numa explicação bem simplista e cheia de significado, a colaboração entre pessoas com interesses em comum. Quando elas se juntam, conseguem vantagens que dificilmente conquistariam sozinhas. Para algumas pessoas, é uma filosofia de vida que busca transformar o mundo em um lugar mais justo, igualitário, equilibrado e com melhores oportunidades.

Ademir Maltauro, cooperado em São Pedro do Iguaçu, no Oeste do Paraná, enxerga o cooperativismo como um sistema que visa agregar valor, principalmente à família. “Os mesmos valores que você tem em casa, você tem na cooperativa. O que é certo, é certo. É um sistema justo, que existe para equilibrar, e vejo que, no caso da Coamo, a diretoria procura o melhor que existe para repassar aos cooperados. A cooperativa enxerga um todo, não apenas a parte financeira.”

Desde 1995, Maltauro é cooperado da Coamo. Foi um dos primeiros a se associar ao quadro social, quando a cooperativa chegou na região. Ele conta que a Coamo deu oportunidades aos agricultores. Além disso, acreditou nos produtores rurais e, por isso, evoluiu junto com os cooperados. Segundo Maltauro, a evolução dele foi notória. “A gente sabia fazer do nosso jeito. Quando a Coamo chegou, trouxe assistência e inovação, o que melhorou nossa produtividade e renda. No começo, não tinha nem uma chave de fenda. Agora, já tenho até maquinário próprio, fruto de muito trabalho e dedicação.”

Na tecnologia, o cooperado usa o que há de melhor. “A assistência técnica orienta o que é melhor para a propriedade, e utilizamos o melhor para ter os melhores resultados, dentro da nossa capacidade, como pequeno produtor. Se nós vamos bem aqui no campo, a cooperativa vai bem.”

Para ele, a assistência técnica é excelente e os agrônomos o atendem da melhor maneira possível. “Eles se preocupam com cada agricultor de maneira ímpar, e, com conhecimento, dão orientações acerca de cada cultura. Nosso papel é unir a teoria deles, com a nossa experiência, e ter um resultado melhor para todos.”

Ademir trabalha ao lado da esposa Ivanete Maltauro. Ela é o braço direito do cooperado, que se orgulha em dizer que ela faz toda a parte tecnológica da propriedade. “Ela me ajuda muito, principalmente na parte de tecnologia. Ela é quem vê mercado, previsão do tempo, dólar, se o vento está bom para as aplicações dos defensivos agrícolas. Se precisar, ela busca óleo diesel, e faz de tudo por aqui.”

Ivanete conta que faz toda a parte administrativa da propriedade. “Eu ajudo na organização das notas, colocar os papeis em ordem, faço vendas pelo aplicativo, vejo mercado no computador, confiro a cotação. Só chegamos aonde estamos porque sempre estivemos um ao lado do outro.”

Para o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Della Riva, da Coamo em São Pedro do Iguaçu, a parceria entre Coamo e Maltauro é muito forte. De acordo com ele, o cooperado abraçou a cooperativa desde que chegou na região, a defende perante a comunidade, vê os valores e os segue. “Maltauro é verdadeiramente cooperativista. Ele está sempre aberto a tecnologia, a coisas novas, em busca de rentabilidade. O cooperado vem em uma crescente de produtividade nos últimos anos, e agora está investindo em agricultura de precisão, que vai agregar ainda mais. Sempre em busca do melhor para a propriedade dele”, conclui Della Riva.


Coamo e Credicoamo sediam Encontro de Núcleos Cooperativos Ocepar

José Aroldo Gallassini, presidente dos Conselhos de Administração da Coamo e Credicoamo, Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo, e Alcir Goldoni, presidente Executivo da Credicoamo

A Coamo recebeu no dia 10 de novembro, na modalidade virtual, o Encontro dos Núcleos Cooperativos Norte/Noroeste, promovido pelo Sistema Ocepar. O evento é promovido duas vezes ao ano, com o intuito de debater regionalmente assuntos de interesse do setor, por meio de propostas de projetos e temas macro sobre economia, agronegócio e tendências que impactam os negócios cooperativos.

Aberto pelo presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, o evento abordou o processo de concessão das rodovias paranaenses; o detalhamento dos projetos do PRC200+, o novo planejamento estratégico do cooperativismo paranaense; teve uma palestra sobre as estratégicas de desenvolvimento no cenário global, com o professor e reitor da Euro American Business School, Pedro Martins; e a apresentação dos resultados da pesquisa de imagem e posicionamento das marcas das cooperativas do Estado em 2021, pelo diretor do Grupo Datacenso, Cláudio Shimoyama. Os dirigentes das cooperativas anfitriãs, José Aroldo Gallassini, presidente dos Conselhos de Administração da Coamo e Credicoamo, Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo, e Alcir Goldoni, presidente Executivo da Credicoamo, falaram sobre a atuação e a importância das cooperativas.

Ao abordar a pesquisa de imagem e posicionamento do cooperativismo e suas marcas no mercado paranaense, o diretor do Datacenso, Cláudio Shimoyama, detalhou as etapas da realização levantamento, público-alvo, e as conclusões do estudo, que tem como escopo sugerir estratégias a serem adotadas visando à divulgação dos produtos e marcas das cooperativas, ressaltando qualidade e credibilidade, com o intuito de ampliar a participação e se firmar no mercado consumidor.

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