Saber lidar com as etapas do trabalho no campo, independentemente da atividade exercida, além de ter o controle sobre a propriedade na busca por eficiência produtiva, é sempre um desafio para o produtor rural. No meio rural a meta é otimizar o funcionamento do negócio e expandir os lucros. E uma ferramenta no auxílio da gestão é o manejo aliado à tecnologia. Instrumentos que maximizam o lucro.
O cooperado Pedro Martins de Oliveira, de Luiziana (Centro-Oeste do Paraná), desenvolve a pecuária em uma pequena área. Ele consegue otimizar todo o trabalho e tem uma boa renda para manter a família em um misto de meio rural com urbano, já que a propriedade fica a poucos metros da cidade. Ele é exemplo de que numa pequena área é possível ter bons resultados com a atividade leiteira. Em um espaço reduzido, cria os animais em confinamento e o retorno tem sido satisfatório.
O cooperado está na atividade desde 2007, quando recebeu um convite do sogro para deixar a profissão de açougueiro, que exerceria em um supermercado em Campo Mourão, e ajudar na atividade leiteira. Em 2009, o sogro vendeu a propriedade e logo em seguida Oliveira comprou um lote na Vila Rural. Até então, ele nunca havia trabalhado com o leite, mas gostou da atividade e a tornou a fonte de renda para a família.
Cada lote da Vila Rural tem 5.400 metros e o cooperado trabalha com quase um alqueire, já que arrenda áreas de vizinhos para plantar milho utilizado na produção da silagem. Na propriedade são produzidos uma média de 150 litros de leite por dia. Atualmente, o local abriga 43 animais, sendo dez vacas em lactação. Os animais ficam confinados e recebem alimentação no coxo.
“É uma atividade que conseguimos agregar uma boa renda. Todo o trabalho é desenvolvido em parceria com a Coamo, que nos fornece os insumos necessários e assistência veterinária. Nosso espaço é pequeno e não tem como crescer mais em área. Por isso, estamos sempre investindo e aperfeiçoando a atividade, utilizando uma boa tecnologia visando o aumento da produção de leite e ao mesmo tempo redução de custos.”
O médico veterinário, Fabiano Camargo, da Coamo em Luiziana, ressalta que os resultados alcançados pelo cooperado são fruto da otimização e manejo aplicados no processo de produção da propriedade. “Mesmo em uma área pequena, o cooperado tem fosso, ordenhadeira semi canalizada, e arrendando as áreas de vizinhos planta o milho para silagem conseguindo comida de sobra para os animais. É um exemplo de planejamento forrageiro estratégico e alta eficiência em pequena área. Hoje são cerca de 40 animais, mas já teve época de contar com 70 animais na mesma área.”
O veterinário destaca que o cooperado segue os três passos básicos da atividade leiteira - alimentação, genética e sanidade dos animais -, proporcionando assim, um leite com boa qualidade. “É um trabalho eficiente. Há uma preocupação em todo o processo, seguindo todos os protocolos e recomendações técnicas.”
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Cooperado Pedro Martins de Oliveira e o veterinário Fabiano Camargo |
Alimentação de qualidade é um dos pilares para a produção de leite |
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