Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 523 | Abril de 2022 | Campo Mourão - Paraná

CONSERVAÇÃO

SOLO REGENERADO

Cooperado da Coamo em Cruzmaltina e com propriedade em Kaloré (Centro-Oeste do Paraná), José Lidércio Matias, mantém um sistema equilibrado e tem como base a conservação do solo

Com a expansão e a crescente necessidade gerada pelo aumento da produção alimentícia, produtores buscam integrar o sistema de produção para produzir mais, sem necessariamente expandir as áreas de produção. Esse caminho passa pela conservação de solo com adoção de práticas que tornam a produção agrícola mais sustentável, minimizando os custos com insumos e otimizando o aproveitamento da área de plantio.

O solo é o princípio de tudo e a melhoria e conservação deve ser constante. Aliado a rotação de culturas e ao plantio direto, outras práticas devem ser inseridas no processo de conservação do solo. A diversificação de cultivos é uma delas. Cooperado da Coamo em Cruzmaltina e com propriedade em Kaloré (Centro-Oeste do Paraná), José Lidércio Matias, mantém um sistema equilibrado e tem como base a conservação do solo.

Entre as práticas adotadas por ele está a rotação de culturas no verão, plantio direto e cobertura durante o inverno, sempre buscando melhorar o sistema e a produtividade. “São ações que refletem na produção. O planejamento é voltado para o retorno e equilíbrio do sistema a médio e longo prazo”, frisa.

Todo o manejo é pensando na melhoria do sistema e segundo o cooperado os cuidados com o solo são voltados para aumento da produção e redução de custos. Matias tem como meta chegar a 200 sacas de soja por alqueire de média. “Queremos chegar a patamares de produção que já existem em outras regiões. Todo o investimento tem como objetivo de colher 200 sacas de soja por alqueire na média”, destaca. Atualmente, as médias oscilam entre 170 e 180 sacas por alqueire.

A safra de verão 2021/22 foi influenciada pela falta de chuva em várias regiões e na propriedade de José Lidércio não foi diferente. Contudo, segundo o cooperado, o trabalho realizado ajudou a amenizar as perdas. “Fizemos todo o acompanhamento da lavoura de forma normal, realizando as aplicações e os manejos necessários. Vimos o investimento dando resultado.”

O trabalho mais concentrado na conservação de solo iniciou há seis anos. Nesse tempo foi realizada a agricultura de precisão e efetuadas as correções necessárias. Na propriedade há um cuidado com a parte física, biológica e química do solo. “O solo é como o nosso corpo. Se comemos só arroz e feijão, amanhã ou depois sentiremos falta de algum nutriente. Se só usarmos um determinado produto e não fizermos o manejo adequado, com o tempo a produtividade vai estagnar ou diminuir. A minha vem aumentando porque estou fazendo esse trabalho de conservação do solo.”

O engenheiro agrônomo Willian Diego Vilela, da Coamo em Cruzmaltina, ressalta que o cooperado adota várias práticas conservacionistas e segue os três pilares da conservação de solo: física, química e biológica.

“As ações adotadas refletem em um sistema mais equilibrado. O plantio direto, com o revolvimento mínimo do solo, aliado ao plantio em nível, conservação de terraços, adubação verde e rotação de culturas fazem com que o solo tenha uma estrutura”, diz.

Ele cita que a agricultura de precisão é uma ferramenta importante na condução da atividade agrícola. “É importante avaliar os teores de nutrientes do solo e, caso seja necessário fazer as correções para manutenção. O objetivo é alcançar o máximo do potencial produtivo da cultura implantada. Quem tem um sistema mais equilibrado, consegue um melhor resultado e, consequentemente, mais rentabilidade.”

Engenheiro agrônomo Willian Diego Vilela, da Coamo em Cruzmaltina, acompanha trabalho desenvolvido pelo cooperado em benefício da conservação do solo
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