|
Cooperado da Coamo em Cruzmaltina e com propriedade em Kaloré (Centro-Oeste do Paraná), José Lidércio Matias, mantém um sistema equilibrado e tem como base a conservação do solo |
Com a expansão e a crescente necessidade gerada pelo aumento da produção alimentícia, produtores buscam integrar o sistema de produção para produzir mais, sem necessariamente expandir as áreas de produção. Esse caminho passa pela conservação de solo com adoção de práticas que tornam a produção agrícola mais sustentável, minimizando os custos com insumos e otimizando o aproveitamento da área de plantio.
O solo é o princípio de tudo e a melhoria e conservação deve ser constante. Aliado a rotação de culturas e ao plantio direto, outras práticas devem ser inseridas no processo de conservação do solo. A diversificação de cultivos é uma delas. Cooperado da Coamo em Cruzmaltina e com propriedade em Kaloré (Centro-Oeste do Paraná), José Lidércio Matias, mantém um sistema equilibrado e tem como base a conservação do solo.
Entre as práticas adotadas por ele está a rotação de culturas no verão, plantio direto e cobertura durante o inverno, sempre buscando melhorar o sistema e a produtividade. “São ações que refletem na produção. O planejamento é voltado para o retorno e equilíbrio do sistema a médio e longo prazo”, frisa.
Todo o manejo é pensando na melhoria do sistema e segundo o cooperado os cuidados com o solo são voltados para aumento da produção e redução de custos. Matias tem como meta chegar a 200 sacas de soja por alqueire de média. “Queremos chegar a patamares de produção que já existem em outras regiões. Todo o investimento tem como objetivo de colher 200 sacas de soja por alqueire na média”, destaca. Atualmente, as médias oscilam entre 170 e 180 sacas por alqueire.
A safra de verão 2021/22 foi influenciada pela falta de chuva em várias regiões e na propriedade de José Lidércio não foi diferente. Contudo, segundo o cooperado, o trabalho realizado ajudou a amenizar as perdas. “Fizemos todo o acompanhamento da lavoura de forma normal, realizando as aplicações e os manejos necessários. Vimos o investimento dando resultado.”
O trabalho mais concentrado na conservação de solo iniciou há seis anos. Nesse tempo foi realizada a agricultura de precisão e efetuadas as correções necessárias. Na propriedade há um cuidado com a parte física, biológica e química do solo. “O solo é como o nosso corpo. Se comemos só arroz e feijão, amanhã ou depois sentiremos falta de algum nutriente. Se só usarmos um determinado produto e não fizermos o manejo adequado, com o tempo a produtividade vai estagnar ou diminuir. A minha vem aumentando porque estou fazendo esse trabalho de conservação do solo.”
O engenheiro agrônomo Willian Diego Vilela, da Coamo em Cruzmaltina, ressalta que o cooperado adota várias práticas conservacionistas e segue os três pilares da conservação de solo: física, química e biológica.
“As ações adotadas refletem em um sistema mais equilibrado. O plantio direto, com o revolvimento mínimo do solo, aliado ao plantio em nível, conservação de terraços, adubação verde e rotação de culturas fazem com que o solo tenha uma estrutura”, diz.
Ele cita que a agricultura de precisão é uma ferramenta importante na condução da atividade agrícola. “É importante avaliar os teores de nutrientes do solo e, caso seja necessário fazer as correções para manutenção. O objetivo é alcançar o máximo do potencial produtivo da cultura implantada. Quem tem um sistema mais equilibrado, consegue um melhor resultado e, consequentemente, mais rentabilidade.”
|
|
Engenheiro agrônomo Willian Diego Vilela, da Coamo em Cruzmaltina, acompanha trabalho desenvolvido pelo cooperado em benefício da conservação do solo |
É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.