Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 523 | Abril de 2022 | Campo Mourão - Paraná

PECUÁRIA

BONS RESULTADOS COM O BEM-ESTAR ANIMAL

Na propriedade dos cooperados Anibal e Marcio Parise Gonçalves, em Araruna (Centro-Oeste do Paraná), a pecuária vem sendo desenvolvida em sistema de integração com a agricultura e contribuiu para o incremento de renda. A atividade retornou há cerca de dez anos e nos últimos cinco vem recebendo mais investimentos.

A pecuária ocupa 20 alqueires da propriedade, sendo 15, divididos em dez piquetes. Os gados são rotacionados na área conforme a necessidade e demanda dos animais por alimento, podendo ficar de cinco a seis dias em cada piquete.

Pecuária ocupa 20 alqueires da propriedade, sendo 15 alqueires divididos em dez piquetes de 1,5 alqueires cada

Cooperados Márcio e Anibal Parise

Márcio Parise acompanha alimentação dos animais com o veterinário Fabiano Camargo

Água de qualidade integra o manejo dos animais

Com os investimentos e manejo adequado, a área consegue comportar um bom número de animais. São entre 15 e 25 animais por alqueire, dependendo do ciclo e condições da pastagem. “Atualmente são 25 animais por alqueire, totalizando 425 cabeças no sistema de recria e engorda”, explica Marcio Parise.

De acordo com ele, além da alimentação à pasto, o gado recebe suplementação a coxo. “Trabalhamos com uma programação, com reserva de alimentos para que todo o processo seja dentro do planejado”, diz o cooperado que tem uma grande preocupação durante todo o ciclo. “Pensamos no bem-estar animal, seja na alimentação ou na água em abundância. As ações têm influenciado o bom desenvolvimento dos animais.”

A pecuária é inserida no sistema como diversificação de atividade. “É importante ter essas duas fontes de renda, quando a lavoura não dá o retorno esperado, o gado compensa. Uma atividade complementa a outra. Nesse ano, por exemplo, a forte estiagem afetou as lavouras e a pecuária ajudou a amenizar a queda de renda.”

O médico veterinário Fabiano Camargo, da Coamo em Araruna, ressalta que o manejo realizado pelos cooperados é o preconizado pela assistência técnica da Coamo. “Eles se preocupam com todo o processo e o bem-estar animal fazendo com que a atividade seja rentável e sustentável. É um manejo muito bom por meio dos piquetes.”

Camargo ressalta que com a estrutura mantida pelos cooperados é possível abrigar uma quantidade bem maior de animais por alqueire. Para ele, a pastagem é a base da estrutura na propriedade. “Praticamente todo o ciclo dos animais é na pastagem, que é de qualidade bem adubada. Em primeiro lugar, antes da criação de bovinos, os cooperados são produtores de pastagem. Isso ajuda a baratear os custos de produção. Também tem água em abundância. Água e boa alimentação são a base para a criação dos animais.”

Conforme o veterinário, sempre que possível, é importante inserir a pecuária no sistema de produção, para diversificar as atividades. “O sistema adotado é a integração lavoura-pecuária. Com isso, quando chega no período de inverno os animais são colocados para o pastoreio na braquiária. O gado entra como uma safrinha agregando valor e renda para a família.”

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