Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 433 | Janeiro/Fevereiro de 2014 | Campo Mourão - Paraná

Cooperativismo

Filosofia que transforma vidas

Considerada uma ideologia capaz de unir desenvolvimento econômico e bem-estar social, o cooperativismo é um movimento com princípios democráticos e igualitários. Valores que impedem os abusos vistos em outros sistemas.

É uma filosofia fundamentada, sobretudo, na reunião de pessoas e não apenas no capital, visando primeiramente às necessidades do grupo em prol da prosperidade conjunta. Diferenças que fazem do cooperativismo a alternativa socioeconômica que leva ao sucesso com equilíbrio e justiça entre os participantes, tendo como referenciais a participação democrática, solidariedade, independência e autonomia.

Cooperativismo é conhecido como uma dos mecanismos mais fortes para prática de cidadania e bem-estar. Onde a cooperativa está instalada, leva não só o desenvolvimento econômico, mas também promoção social.

João Paulo Koslovski, presidente do Sistema Ocepar

Com propósito de mudar a vida de quem participa, somente no Paraná o movimento gera mais de 1,7 milhão de postos de trabalho direto e indireto, sendo um dos grandes empregadores do Estado, especialmente, no setor agroindustrial. De acordo com a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) em 2013 o total de impostos recolhidos pelo cooperativismo paranaense foi de R$ 1,2 bilhão. “E se somarmos tudo o que já foi recolhido em uma década ultrapassamos os R$ 10 bilhões”, revela o presidente da entidade, João Paulo Koslovski.

Conhecido mundialmente como mecanismo de inclusão econômica e social, a arte da cooperação está cada vez mais fortificada. Especialmente no Paraná o sistema tem contribuindo para a distribuição de riquezas e valorização das pessoas.

Agente de inclusão econômica e social

O cooperativismo pode contribuir decisivamente para que o Brasil consiga se transformar num país mais justo do ponto de vista social e econômico. Tanto que durante o mandato do ex-presidente Lula, em 2003, num claro reconhecimento do papel das cooperativas para a redução da pobreza, geração de trabalho, emprego e renda e integração social, houve a congratulação governamental, de que por ser um movimento solidário, é capaz de implantar um modelo com fortes bases calcadas no conceito de sustentabilidade. Ou seja, promover o desenvolvimento econômico, respeitando o meio ambiente e inserindo o ser humano na repartição das riquezas geradas no processo. Por isso, o cooperativismo é visto como um importante instrumento de difusão de tecnologia e desenvolvimento, que vem conseguindo manter acesa, a chama do progresso.
"O cooperativismo é um movimento que contribui muito para a transformação de qualquer atividade."
José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo.

MAIS QUE UMA IDEOLOGIA - O visionário presidente e fundador da Coamo Agroindustrial Cooperativa (maior cooperativa agrícola da América Latina), José Aroldo Gallassini, vai além. Para ele sem o cooperativismo a agricultura, especialmente, teria superado as dificuldades que a atividade enfrentou nos últimos anos. “As cooperativas servem como uma espécie de guarda-chuva que ampara os cooperados nos momentos difíceis. O cooperativismo tem essa qualidade de ser solidário, de acolher a todos que queiram cooperar. Ficamos felizes de ver essa transformação tão grande que o sistema passou. É sem dúvidas um movimento que contribui muito para a transformação de qualquer atividade e das pessoas inseridas nela”, diz.

Suporte dentro e fora da porteira

“Sem o cooperati vismo estaria ainda engati nhando.” cooperada Dulcinéia Boiko

A agricultora Dulcinéia Boiko, de Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), lembra que quando optou pela atividade agrícola a exigência foi de que o investimento fosse em uma região que contasse com uma organização cooperativista. Conforme ela, foi por meio da cooperativa que teve as melhores lições de gerenciamento do seu negócio. “Quando comecei na atividade faltava conhecimento para administrar os trabalhos e o cooperativismo me ofereceu tudo o que precisa. Aos poucos fui aprendendo e hoje tudo o que faço na propriedade é em parceria com a Coamo”, destaca a cooperada, observando que a ideologia é diferenciada porque todos os sócios têm papel importante. “Não há como negar que é um trabalho diferente. A cooperativa é nossa e por sermos donos cuidamos de um jeito todo especial.”

Dulcinéia está na atividade agrícola há pouco mais de sete anos e acredita que o trabalho sem a cooperativa teria sido bem mais complicado. “Com certeza não estaria onde estou agora. Talvez estivesse ainda ‘engatinhado’ na atividade, mas graças ao cooperativismo consegui evoluir e muito por ter um alicerce muito sólido desde o plantio até a comercialização dos produtos”, destaca a cooperada que faz parte da terceira geração de cooperativistas na família.

"Não há como negar que é um trabalho diferente. A cooperativa é nossa e por sermos donos cuidamos de um jeito todo especial."
Dulcinéia Boiko, cooperada da Coamo

Valor agregado à produção

À esquerda industria de Margarinas Coamo: Industrialização da produção contribui para agregação de valor. À direita João Luiz Ferri, cooperado da Coamo, conferindo produção do óleo de soja na indústria da Coamo

O campo não é o único lugar onde se pode ver realizado o resultado do trabalho do cooperativismo, inclusive o da Coamo e de seus mais de 26 mil cooperados. Nas prateleiras dos supermercados e como matéria-prima para diversos outros produtos, a produção dos associados ganha maior valor e, assim, chega diretamente às mesas dos consumidores brasileiros e de outros países. O que é vantajoso para o próprio associado, que tem a garantia do consumo da sua produção.

O trabalho dos agropecuaristas está impresso na força da marca do sistema. E esta, atrelada ao profissionalismo, competência e qualidade, em todos os elos da cadeia produtiva. Mas, há pelo menos uma década e meia as cooperativas paranaenses começaram a perceber que comercializar apenas matéria-prima não era mais o suficiente para manter o negócio em ritmo de crescimento. Por causa disso, muitas delas passaram a investir no sistema de agroindustrialização, que nada mais é do que agregar valor a um produto in natura. A iniciativa contribuiu para impulsionar a atividade e agregar um faturamento de bilhões por ano. Para continuar neste ritmo de crescimento, as organizações cooperativistas começaram a dar uma atenção especial para produtos que atendam as necessidades do consumidor final. Com isso, elas caminham para uma nova etapa, que é o investimento em produtos mais acabados.

O superintendente adjunto da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Nelson Costa, afirma que as cooperativas estão no caminho certo e que os produtos oferecidos por elas devem ficar cada vez mais acabados.

Flávio Turra, gerente técnico e econômico da entidade, confirma que só a produção e a comercialização de matéria-prima não é o suficiente para fomentar o crescimento das cooperativas, já que é preciso agregar valor à produção para alcançar um faturamento que chegue à casa do bilhão. Em 2013, a receita das cooperativas agropecuárias paranaenses ficou próximo a R$ 46 bilhões, 21% maior se comparado a 2012. Para este ano, a previsão é de obter um incremento de 10% na movimentação econômica, considerado por Turra uma elevação mais tímida, porém positiva.

Para o cooperado da Coamo, João Luiz Ferri, de Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), a industrialização valoriza os produtos colhidos no campo e também o trabalho dos associados. “Com esse processo sentimos o trabalho realizado, pois sabemos que estamos produzindo alimentos para milhares de famílias brasileiras”, acrescenta.

A estrada mais segura

Seguindo filosofia cooperativista, produtores de Toledo conquistam pavimentação asfáltica até a entrada das propriedades rurais

Cooperado Aloisio Kolling, ao lado da placa de inauguração do asfalto que liga a zona urbana da rural

Solidificado e reconhecido como importante ferramenta para a redução da pobreza no Brasil, as últimas décadas foram especiais para o cooperativismo do Paraná. Foram anos de muitos avanços, que só trouxeram bons resultados para a filosofia, proporcionando a transformação, para melhor, de milhões de vidas. Não faltou neste período integração, educação, formação e a geração de renda para cooperados, colaboradores e familiares. Por meio do movimento as pessoas se desenvolveram e se estabilizaram de forma social, econômica e intelectual, garantindo mais conforto, qualidade de vida e em muitos casos a permanência no campo.

Foi o que aconteceu com o cooperado Aloisio Kolling, de Toledo (Oeste do Paraná). Cooperativista nato ele afirma que seria difícil ter sobrevivido na agricultura sem o apoio de uma cooperativa. Segundo ‘seo’ Aloisio, que há mais de 35 anos participa do exercício da cooperação, sendo 20 deles associado à Coamo, com o apoio do sistema o produtor se sente seguro e até com os pés mais “fincados no campo”. “Tem que haver uma relação de confiança muito grande entre nós produtores e as cooperativas. E hoje podemos dizer que temos essa segurança no cooperativismo e ficamos mais despreocupados. Com esse apoio a única preocupação que temos é fazer a nossa parte, que é produzir e comercializar bem nossa produção. Por meio dessa parceria que estamos nos desenvolvendo e até permanecendo na zona rural”, conta Kolling.

ESTRUTURA - Em 2013 o cooperativista viu o progresso chegar, literalmente, até a porta de casa ao conquistar junto com os vizinhos de sítio, a sonhada pavimentação asfáltica da estrada rural que liga a rodovia à várias propriedades, inclusive a dele, por meio de uma parceria entre poder público e produtores da região onde mora e produz, localizada na linha Sanga Guarani, comunidade Bom Principio, há 15 quilômetros do centro da cidade de Toledo, uma das mais importantes cidades do Oeste Paranaense.

Uma conquista que só foi possível, conforme Aloísio Kolling, por conta da união de esforços promovida pela cooperação. Ele esclarece que sem o exercício da filosofia cooperativista a obra orçada em mais de R$ 60 mil não sairia do papel. “Esse é o resultado da verdadeira cooperação. Nos unimos em torno desse objetivo e hoje temos asfalto na porta de casa. São mais de 15 quilômetros de pavimentação que trouxe mais qualidade de vida, com menos poeira e barro para todos. Sem contar a conservação e o aumento da vida útil dos nossos meios de transporte, como carros particulares, caminhões que transportam a produção e até dos ônibus escolares que conduzem nossas crianças”, observa.

Gerações “contagiadas”

‘Seo’ Aloisio e o genro Adriano Almeida que aos poucos assume os negócios da propriedade

Associado a valores universais, o cooperativismo se desenvolve independentemente de território, língua, credo, nacionalidade ou idade. É um vírus que naturalmente contamina gerações, que enxergam no sistema o caminho para o sucesso individual e conjunto.

Cooperado à Coamo há apenas dois anos, Adriano Galvão de Almeida, é genro e o braço direito do ‘seo’ Aluízio. Aos poucos ele está assumindo os negócios, mas já tem certeza que sem uma cooperativa não pode ir muito longe. “Apesar de pouco tempo como sócio da Coamo já percebi quem sem a cooperativa somos muito frágeis. Ela é o nosso combustível para continuarmos prosseguindo”, diz o agricultor, participante da última turma do curso de “Jovens Líderes Cooperativistas” da Coamo, encerrada em 2013. Um projeto pioneiro na educação cooperativista brasileira, e que vem sendo realizado com visão de futuro e fé na força e no dinamismo dos jovens produtores atuando como agentes de transformação, objetivando o desenvolvimento global da família cooperativista. No período de 1998 a 2013, o projeto formou mais de 700 jovens cooperados, na faixa etária de 18 a 40 anos, representantes de todos os entrepostos e regiões da área de atuação da cooperativa.

Na visão de Adriano Almeida, fazer parte do quadro social de uma cooperativa é a oportunidade de crescer e se manter firme na atividade. “Saber que temos uma cooperativa nos apoiando e incentivando é essencial. Temos plena confiança no sistema e na nossa cooperativa”, garante o produtor, observando que ano a ano consegue evoluir. “Sou cooperado há pouco tempo mas venho acompanhando o sistema e trabalhando no campo de muitos anos para cá. Com certeza temos tido um crescimento muito grande, seja em produtividade ou estrutura. Prova disso é o asfalto que conseguimos recentemente e que nos trouxe muito mais conforto. E também o incremento em produtividade das nossas lavouras, proporcionado pelo uso de tecnologia e o amparo da assistência técnica. Não me imagino mais trabalhando sem o apoio de uma cooperativa”, comenta.

Uma cidade movida pela cooperação

Vista aérea de Mamborê (Centro-Oeste do Paraná). Uma entre muitas cidades na região da Coamo que vivem e respiram o cooperativismo.

Em muitos municípios as cooperativas são as mais importantes empresas empregadoras e  maiores geradoras de receitas. É o caso de Mamborê, município localizado na região Centro-Oeste do Estado, onde nada menos que 64% do ICMS recolhido, é oriundo do cooperativismo. Para se ter uma ideia, a prefeitura mamboreense tem um orçamento de R$ 900 mil/mês de ICMS, sendo que R$ 600 mil são provenientes da agricultura. Com uma população de quase 14 mil habitantes, a cidade vive e respira o ar da cooperação, onde pelo menos metade dos moradores estão diretamente ligados ao sistema por meio da produção agrícola e pecuária. Motivos de sobra para o prefeito Claudinei Calori de Souza, entender que sem o cooperativismo o município não teria se desenvolvido. “Não conseguimos nem imaginar nosso município sem o cooperativismo que se estabeleceu por aqui desde a década de 70, e trouxe gente de toda parte do Brasil, especialmente da região Sul. Tivemos muitos avanços e um desenvolvimento muito grande com o agronegócio. Somos um dos maiores produtores de grãos do Estado, graças a essa filosofia empreendedora,  a Coamo está sempre com a gente”, agradece.

Sistema de tirar o chapéu

Uma família cooperativista que sabe o caminho a seguir. Com fidelização no movimento eles colhem resultados significativos e mensuráveis ao longo de mais de três décadas. Este é o perfil dos Spilka, que aprovam e comprovam na prática os valores do cooperativismo dentro e fora dos campos da produção. “Eu tiro o chapéu para o cooperatisvimo, pois são incontáveis os benefícios que eu e minha família - o pai, a mãe, dois irmãos, dois cunhados e o filho são associados - estamos celebrando desde os anos 80. “Tudo ficou mais fácil e bota fácil nisso. Hoje nem se compara com o início do meu pai na lavoura. Temos a assistência técnica e administrativa, e também a de crédito, num mesmo local e no horário comercial”, explica Airton Sílka, cooperativista em Mamborê, Centro-Oeste do Paraná. Ele acrescenta a importância de pertencer ao movimento que congrega bilhões de pessoas em todo o mundo. “Sinceramente, não teríamos o mesmo crescimento e sucesso que tivemos neste período sem o apoio da cooperativa, com ela tudo melhorou em nossas vidas.”

"Eu tiro o chapéu para o cooperativismo." - Airton Spilka, cooperado da Coamo em Mamborê

Os sete princípios do cooperativismo

1º - Adesão voluntária e livre: as cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminações de sexo, sociais, raciais, políticas e religiosas. 

2º - Gestão democrática: as cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus membros, que participam ativamente na formulação das suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e as mulheres, eleitos como representantes dos demais membros, são responsáveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau os membros têm igual direito de voto (um membro, um voto); as cooperativas de grau superior são também organizadas de maneira democrática.

3º - Participação econômica dos membros: os membros contribuem eqüitativamente para o capital das suas cooperativas e controlam-no democraticamente. Parte desse capital é, normalmente, propriedade comum da cooperativa. Os membros recebem, habitualmente, se houver, uma remuneração limitada ao capital integralizado, como condição de sua adesão. Os membros destinam os excedentes a uma ou mais das seguintes finalidades: desenvolvimento das suas cooperativas, eventualmente através da criação de reservas, parte das quais, pelo menos será, indivisível; beneficios aos membros na proporção das suas transações com a cooperativa; e apoio a outras atividades aprovadas pelos membros.

4º - Autonomia e independência: as cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. Se firmarem acordos com outras organizações, incluindo instituições públicas, ou recorrerem a capital externo, devem fazê-lo em condições que as segurem o controle democrático pelos seus membros e mantenham a autonomia da cooperativa.

5º - Educação, formação e informação: as cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre as vantagens da cooperação.

6º - Intercooperação: as cooperativas servem de forma mais eficaz aos seus membros e dão mais - força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais.

7º - Interesse pela comunidade: as cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas comunidades através de políticas aprovadas pelos membros.

Mercado global

Sistema paranaense exportou mais de R$ 2 bi em 2013

O cooperativismo movimenta bilhões em toda cadeia do sistema, desde o investimento em insumos, máquinas e implementos, industrialização até a comercialização interna e externa dos produtos. Uma movimentação que favorece não apenas a economia, mas principalmente as pessoas ligadas a filosofia.

Em 2013, as exportações das cooperativas paranaenses novamente foram recorde e superaram os US$ 2,36 bilhão. Há exatamente dez anos o valor não ultrapassava US$ 800 mil. Um crescimento extraordinário em apenas uma década.

Números que comprovam que historicamente, a balança comercial das cooperativas do Paraná apresenta saldo positivo, contribuindo com o aquecimento da economia nacional. “Esse resultado mostra que as cooperativas têm garantido sua fatia de mercado e, é claro, ampliando suas negociações. Cada vez mais, o produto das nossas cooperativas tem sido valorizado, ocupando as prateleiras do Brasil e do mundo. Certamente, 2014 será bem melhor”, avalia o presidente do Sistema OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, Márcio Lopes de Freitas.

Cooperativismo em números

Ninguém imaginava que o cooperativismo se tornasse tão grande no mundo, desde que a ideia de trabalhar com a cooperação entre as pessoas surgiu no século XVIII, após a revolução industrial na Inglaterra, onde em 1844 célebres 28 tecelões de Rochdale se uniram para buscar uma forma organizacional mais justa e democrática.

Nos dias de hoje a filosofia gera no mundo mais de 100 milhões de empregos, com 1 bilhão de cooperados. Está presente em mais de 100 países e gera uma movimentação econômico-financeira de mais de US$ 1,6 trilhão entre as 300 maiores cooperativas do planeta.

Nos 27 Estados Brasileiros existem 6.603 cooperativas, que geram 322 mil empregos e possuem mais de 11 milhões de cooperados. Juntas exportam US$ 6 bilhões.

No Paraná o sistema é certamente um dos mais desenvolvidos do país com a presença de 231 cooperativas e 983.836 mil cooperados. O movimento oferece 71.950 mil empregos diretos e 1,7 milhão de postos de trabalho. Em 2013 exportou US$ 2,36 bilhão, sendo que 56% da produção agrícola do Estado é proveniente do cooperativismo.

É por isso que o sistema cooperativista contribui para a transformação da vida de bilhões de pessoas em todo o mundo, sobretudo no Paraná, onde vivemos e inoculamos diuturnamente a cooperação.

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