Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 433 | Janeiro/Fevereiro de 2014 | Campo Mourão - Paraná

Reunião de Campo / 1º Semestre

Mantendo o campo bem informado

Foram 38 encontros que contaram com a participação de mais de dez mil cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul

Diretor-presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, comandou todos os encontros

As tradicionais reuniões de campo da Coamo, neste primeiro semestre, foram realizadas de 22 de janeiro a 05 de fevereiro. Nesse período, a diretoria da cooperativa percorreu cerca de cinco mil quilômetros para levar informações ao quadro social. Foram realizados 38 encontros que contaram com a participação de mais de dez mil cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

O diretor-presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, comandou todos os encontros. Ele fez uma retrospectiva do ano passado e destacou pontos importantes da situação geral da agricultura, nos cenários nacional e internacional. Também apresentou aos cooperados o relatório das atividades da Coamo e da Credicoamo durante o exercício de 2013 e as perspectivas de mercado dos principais produtos agrícolas para este ano. “Mostramos as tendências de mercado com base nos estoques mundiais. São informações importantes para que os cooperados possam fazer a comercialização dos seus produtos”, destaca.

O presidente ressalta a satisfação de se encontrar com os cooperados duas vezes ao ano. “É importante porque nos aproximamos do quadro social. Levamos dados relevantes aos associados e também ouvimos importantes informações para que possamos planejar possíveis investimentos em toda área de ação da Coamo”, diz.

Ivaiporã / Candói e Cantagalo

Venda em função do custo garante mais lucro

O presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, destaca que os cooperados estão atendendo as recomendações e comercializando a produção em várias vezes. “A comercialização é um momento importante da safra. Os cooperados que comercializaram aos poucos conseguem boas médias de preço.”

Segundo ele, o principal ponto que deve ser levado em conta é o custo de produção. “É preciso saber quanto custou cada saca para o plantio e diante dos números efetuar as vendas. Acertar o melhor preço é muito difícil. Por isso, o mais certo é fazer a média em relação ao custo de produção.”

Faxinal / Maracaju

São João do Ivaí / Goioerê, Quarto Centenário e Rancho Alegre do Oeste

Vila Nova / Peabiru

Retrospectiva da safra

O ano passado foi marcado por problemas climáticos que afetaram a safra de verão e de inverno. A soja teve quebra de cerca de 10% e no milho houve redução de área. No caso da safrinha, teve grande produção, mas o excesso de chuvas prejudicou a qualidade – ardidos e avariados. Já o trigo foi a cultura que mais sofreu, apresentando quebra de 70% devido a chuvas, doenças e geadas. O preço da soja variou de R$ 49,50 a R$ 70, do milho de R$ 16,50 a 25,50 e do trigo de R$ 38 a R$ 50.

No ano passado, a Coamo recebeu um total de 113.037.884 milhões de sacas de produtos dos cooperados entre soja, milho e trigo.

Situação geral da Coamo

Gallassini também apresentou a situação econômica da Coamo, que está muito boa. O presidente salienta que um bom termômetro para saber se os cooperados estão capitalizados são das contas correntes da Coamo e da Credicoamo. “Isso é muito bom. Pagar as contas é uma questão de princípios, e os cooperados da Coamo têm muito disso.”

Pitanga, Boa Ventura de São Roque e Palmital / Iretama

Mamborê / Amambai

São Pedro do Iguaçu e Ouro Verde do Oeste / Aral Moreira

Brasilândia do Sul / Coronel Vivida e Honório Serpa

Juranda e Altamira do Paraná / Palmas

Roncador / Toledo

Guarapuava e Pinhão / Fênix

Manoel Ribas, Cândido de Abreu e Reserva / Abelardo Luz

Moreira Sales / Araruna

Marilândia do Sul / Caarapó

Mercado e estoques dos principais produtos

Soja

O ano passado foi marcado no mercado interno por valorização das cotações durante o ano, mas com nível de volatilidade menor, onde as variáveis domésticas, principalmente no caso da taxa de câmbio, foram contrabalanceando o enfraquecimento do mercado externo.

Com a confirmação de uma safra Americana maior que a esperada, após expectativa de quebras; e de uma esperada safra cheia na América do Sul, as cotações na CBOT trabalharam em queda a partir de julho, saindo da casa dos US$ 16,00/bu e fechando o ano pouco acima dos US$ 13,00/bu.

Neste momento, o foco do mercado volta-se então: a um estoque ainda pequeno nos EUA, porém com uma expectativa de safra sul-americana grande e que promete dar certo alívio aos estoques mundiais da oleaginosa; a taxa de câmbio brasileira com boas chances de superarem a média deste último ano; os altos custos de produção e a definição, a partir de abril, da área a ser plantada nos EUA.

Os preços para safra nova abriram 2014 na casa dos R$ 61,50 base Campo Mourão e tem-se mantido acima dos R$ 61 até então.

Nova Santa Rosa / Tupãssi

Boa Esperança / Campo Mourão

Milho

Em 2013, o Brasil colheu a maior safrinha de todos os tempos, alcançando 46,2 milhões de toneladas. Somados aos números da primeira safra, o Brasil colheu 81 milhões de toneladas de milho na temporada 2012/13. Os preços do milho no mercado doméstico sofreram elevada queda a partir do segundo semestre, acompanhando as perdas nas cotações internacionais e sofrendo as consequências de uma grande oferta interna. Os baixos preços atuais pesam na decisão do produtor em vender sua produção, fazendo com que os armazéns ainda carreguem 48% da safrinha no Paraná.

A safra dos EUA vêm se confirmando como a maior da história americana, atingindo 353,7 milhões de toneladas na temporada 2013/2014, volume 80 milhões de toneladas superior à anterior. Outros países como China, Ucrânia, Rússia e União Européia também tiveram sua produção recuperada nesta última safra, elevando a produção mundial dos atuais 862,9 milhões de toneladas para 966,9 milhões de toneladas. Diante desta recuperação, as cotações na Bolsa de Chicago perderam sustentação, principalmente à partir da segunda quinzena de julho, quando o mercado efetivamente iniciou a precificação da safra nova.

Laguna Carapã /Mangueirinha

São Domingos / Engenheiro Beltrão e Quinta do Sol

Trigo

A produção nacional de trigo em 2013 foi 22% superior à safra passada, atingindo mais de 5,3 milhões de toneladas, apesar das perdas no Paraná. O fator determinante para o crescimento da produção nacional foi o clima favorável no Rio Grande do Sul, além dos investimentos na lavoura motivados pela capitalização dos produtores e pelos bons preços do cereal. Nos principais países produtores e, em especial, na Argentina, houve  frustração de safra.

Dourados / Bragantina

Fala Cooperado

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