Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 433 | Janeiro/Fevereiro de 2014 | Campo Mourão - Paraná

Colheita de Verão

“Gol de placa” em produtividade com boas médias no Oeste e Centro-Oeste do Paraná

Mesmo com veranico produtores colhem médias que justificam investimento realizado na safra de verão

Quadro 1 - Da esquerda para direita: Pedro, Fabio, ‘seo’ Antonio, Fabricio, José Julberto e Eduardo Polvani. Trabalho em família do plantio a colheita. Quadro 2 - Cooperado Antonio Polvani, confere a qualidade do plantio de milho com o agrônomo Alvaro Ricardo Moreira.

Em ano de copa do mundo quem está batendo um bolão são os cooperados da Coamo. Amparados por um bom planejamento estratégico para o jogo da produção, desde o início do plantio até a fase de maturação das lavouras, eles fizeram ótimas jogadas e agora estão marcando golaços de produtividade. Nem mesmo o veranico registrado no mês de dezembro em grande parte da área de cultivo da soja, será suficiente para prejudicar os resultados. Pelo menos para maioria dos produtores.

O Jornal Coamo percorreu recentemente algumas propriedades das regiões Oeste e Centro-Oeste do Paraná e verificou que as primeira lavouras semeadas, no final do mês de setembro sofreram um pouco mais com a falta de chuva. Contudo, em muitos casos, ainda assim renderam boas médias de produtividade.

É o que aconteceu com o cooperado Antonio Cosmo Polvani, de Bragantina (na região de Toledo). Ele cultivou 90 alqueires de soja neste verão na região conhecida como Ramal Torres e confessa que não pode reclamar dos resultados. O produtor conta que nas primeiras áreas colhidas o resultado foi um pouco abaixo do esperado, justamente em razão da falta de umidade registrada em dezembro, mas a produtividade dos talhões semeados mais tarde estão superando as expectativas. “Conseguimos uma média de 150 sacas de soja por alqueire. É um resultado que não podemos reclamar, apesar de uma pequena perda de produtividade que tivemos nas primeiras áreas colhidas”, explica.

MILHO – Nesta época do ano o trabalho começa cedo e não tem hora para acabar na propriedade dos Polvani, uma vez que além de fazer o corte da soja eles estão semeando o milho safrinha. Sem perder tempo a colheitadeira abre caminho recolhendo a soja e logo atrás vem o trator puxando a plantadeira de milho, que vai riscando o solo. “Este é o momento que até os aposentados precisam vir para a roça”, brinca ‘seo’ Antonio, lembrando que é a única forma de aproveitar ao máximo o clima para colher a soja, e a umidade do solo para implantação do milho.

TRABALHO EM FAMÍLIA – Com mão de obra toda familiar na fazenda, harmonia é o que não falta para os Polvani. Seis pessoas ao todo literalmente ‘botam a mão na massa’ nos períodos de plantio, tratos culturais e colheita. É um verdadeiro batalhão focado no mesmo objetivo: produzir com qualidade e quantidade. Além de Antonio Polvani, os filhos Fabio e Fabrício, e os sobrinhos Pedro, José Julberto e Eduardo fazem parte do dia a dia da propriedade. “Arregaçamos as mangas todos juntos e começamos o trabalho bem cedo por aqui, e graças a Deus estamos dando conta e obtendo bons resultados”, comemora.

EMPENHO PREMIADO – Para o agrônomo Alvaro Ricardo Moreira, encarregado do Departamento de Assistência Técnica da Coamo em Bragantina, o esforço da família em torno do trabalho vem sendo recompensado com boas safras. “Eles trabalham juntos e sempre com muito respeito. Tenho certeza que esse é o grande segredo do sucesso deles”, afirma Moreira. “No geral as primeiras lavouras dos Polvani deixaram um pouco a desejar. Em contra-partida as de plantio mais tardio produziram entre 135 e 150 sacas por alqueire, o que é uma excelente produtividade para nossa região”, destaca.

Valdir Schenknecht: "A Coamo é nossa parceira de todas as horas."

Na localidade conhecida por Linha 15 de Dezembro, em Nova Santa Rosa (Oeste Paranaense), o cooperado Valdir Schenknecht não pode reclamar dos resultados. Ele colheu 50 alqueires de soja plantados neste verão, e conseguiu surpreendente resultado de 178 sacas de soja de média.

“Produtividade obtida não por acaso”, esclarece o cooperado. “Na verdade estamos tendo resultados variados, dependendo do talhão colhido. Em alguns, conseguimos 150 em outros 170 e, neste em especial, essa média de 178 sacas. Mas, isso é um trabalho a longo prazo. Todo ano cultivamos bem a terra, adubamos o solo fazendo todas as correções e agora estamos colhendo os frutos”, observa.

PRODUTO VALORIZADO - Para Valdir Schenknecht, o momento não poderia ser melhor para o produtor, que além de estar conseguindo altas produtividades também vem tendo boa valorização do produto. “É tudo que nós precisamos, boa produtividade e bons preços. Muito embora eles já estiveram melhores, ainda assim estão compensadores”, garante o produtor que também vai plantar milho safrinha. “Não podemos perder tempo porque o milho é muito exigente e um dia perdido aqui é praticamente uma semana lá na frente. Nossa expectativa é muito boa também para essa cultura e se tudo correr bem vamos ter um ótimo resultado com a segunda safra de milho”, prevê.

DO CAMPO PARA A COAMO – Parceiro de todas as horas, ‘seo’ Valdir valoriza o apoio que recebe da Coamo e não abre mão de estar sempre ao lado da cooperativa. Sem pensar duas vezes, toda a produção sai direto da roça para os silos da Coamo, que fica apenas a dois quilômetros da propriedade. “A Coamo é nossa parceira de todas as horas, é a melhor amiga do campo e do produtor. Sem ela ficaria tudo muito difícil”, agradece.

“Safra de sorrisos” em Juranda

Sempre sorridente, “Maria” Shiratsu observa qualidade da soja ao lado do agrônomo Amilcar Deitos

Ninguém está mais contente que a produtora Yoshie Shiratsu, popularmente conhecida por Maria Shiratsu, de Juranda (Centro-Oeste do Paraná). Sozinha e com muita personalidade ela administra a Fazenda Carajá, de propriedade da família e não abre mão de bons resultados.

Para felicidade da agricultura, que há 20 anos é parceira da Coamo, nesta safra conseguiu alcançar em um dos talhões da propriedade de 93 alqueires de plantio, nada menos que 205 sacas de soja por alqueire. “Nunca colhi mais do que 200 sacas por alqueire e neste ano pelo menos em um talhão cheguei a essa média. Venho ouvindo falar já há algum tempo que é possível, mas não tinha comprovado, agora sei que é verdade”, conta ela sorrindo. “Esse resultado conseguimos num pequeno talhão, mas já deu para saber que é possível. Nas outras áreas a média girou em torno de 190. O que está ótimo para nós”, comemora a produtora que fechou com 184 de média.

AJUSTE FINO – Adepta a alta tecnologia e obediente as recomendações da assistência técnica, ‘dona’ Maria sabe que sem investimento não há bom resultado. Por isso, especialmente nesta última safra, resolveu ajustar o manejo para produzir mais. O resultado foi imediato. “Fizemos uma boa adubação recomendada pela Coamo e corrigimos bem o solo. E com a ajuda do clima, que para nós foi bom e não faltou chuva, estamos conseguindo este resultado”, diz.

Conforme Amilcar Deitos, agrônomo da Coamo em Juranda, uma simples correção do sistema proporcionou um melhor equilíbrio do solo e o resultado positivo. “Sugerimos uma correção básica de solo e adubação foliar para quebrar essa barreira das 200 sacas de soja. Por enquanto, fizemos em uma área pequena para mostrar os resultados e a importância de  investir em tecnologia. Agora vamos trabalhar para elevar a média geral da fazenda no patamar desse talhão”, comenta Amilcar, informando que na região de Juranda muitos produtores estão tendo altas produtividades, amparados por uma alta tecnologia aplicada, associada à assistência técnica da Coamo e a contribuição do clima.
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