Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 433 | Janeiro/Fevereiro de 2014 | Campo Mourão - Paraná

Editorial

Bom desempenho com safras e preços

Dr. José Aroldo Gallassini, diretor-presidente da Coamo

Com orgulho e satisfação, os cooperados aprovaram na  Assembleia Geral Ordinária (AGO) em 14 de fevereiro o balanço da Coamo que registrou receitas globais de R$ 8,175 bilhões – o maior na história dos 43 anos da Coamo. Eles estão partilhando as sobras do exercício de 2013 com mais de R$ 233 milhões. Como fruto da sua participação, estão recebendo esse dinheiro-extra de acordo com a movimentação de cada um na entrega da produção e abastecimento dos insumos. Assim, ganham os cooperados comemorando o bom desempenho e a força da sua cooperativa, cada vez mais, estruturada, sólida e segura, para continuar apoiando o desenvolvimento integral das atividades.

O ano de 2013 teve uma safra de verão recorde, com preços bons, o que é uma combinação rara. A Bolsa de Chicago estava com preços altos em função da pouca disponibilidade de produto nos EUA e o dólar continuava a trajetória de apreciação iniciada em 2012. No entanto, lamentavelmente as limitações logísticas absorveram parte do ganho, com encarecimento de frete rodoviário e fila de navios com mais de três meses nos portos.

A segunda safra de milho também foi recorde, apesar dos problemas provocados pelo clima adverso na colheita; o excesso de chuvas e as geadas afetaram a qualidade do produto. A safra de trigo também sofreu em demasia com as geadas, com impactos significativos na produtividade e qualidade, com exceção da produção de nossa área de atuação na região sul do Paraná e em Santa Catarina. Os preços do trigo subiram fortemente, ainda mais com o Brasil dependendo de importação dos países de fora do Mercosul, visto que, também a Argentina vinha com quebra de produção.

Foi um ano muito bom para a Coamo e para os associados. A cooperativa inaugurou o entreposto de Dourados no MS, e os postos de recebimento em Cruzmaltina e Goioxim, além de modernizar e ampliar as unidades de Araruna, Peabiru, Brasilândia do Sul, Janiópolis e Boa Ventura, e iniciar no parque industrial as obras de um moderno moinho de trigo. Tudo isso, resultado de investimentos de R$ 465 milhões, que aprovados pelos cooperados, tem a função de melhorar o recebimento, a armazenagem da produção e a qualidade no atendimento dos nossos associados.

Os cooperados presentes na AGO ficaram felizes com os elogios recebidos do presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski. Ele afirmou que além de ser a maior cooperativa do país, a Coamo é uma referência com gestão profissional e o trabalho que faz em prol do interesse e o desenvolvimento do quadro social.

NÚMEROS - Em 2013, a Coamo recebeu 6,8 milhões de toneladas de produtos agrícolas, correspondendo a 3,6% da produção nacional de grãos e fibras. O Parque Industrial industrializou volumes da ordem de 1,53 milhão de toneladas de soja, 58,77 mil toneladas de trigo, 2,86 mil toneladas de café beneficiado e 10,03 mil toneladas de algodão em pluma. 

As exportações de produtos agrícolas industrializados e in natura atingiram 2,56 milhões de toneladas e o montante de US$ 1,21 bilhão, que colocou a Coamo na 33ª posição entre as maiores empresas exportadoras do Brasil e a 1ª do agronegócio paranaense.

Importante destacar também que a Coamo colaborou para o desenvolvimento do nosso país gerando impostos, taxas e recolhimentos, no montante de R$ 269,25 milhões.

Moinho de trigo no Parque Industrial da Coamo, em Campo Mourão

NOVO ANO – Infelizmente, estamos acompanhando em várias regiões uma situação difícil e adversa, que tem preocupado os cooperados. Em função do clima atípico, com temperaturas altas e baixa umidade que assolaram lavouras de soja nos meses de janeiro e fevereiro, estão ocorrendo perdas que ainda não podem ser contabilizadas, variando de região para região. Mas, em várias regiões as colheitas foram normais e até superaram as previsões iniciais, como pode ser observado em reportagens nesta edição do Jornal Coamo.  Então, realmente haverá quebra nos volumes da safra e prejuízos, mas os números e a intensidade dessa situação indesejável só poderá ser conhecida após as colheitas.

A quebra de safra, por outro lado está fazendo com que o preço da soja seja maior, como reflexo da redução de produtividades. Segundo os mais experientes, há muitos anos não ocorriam temperaturas tão altas como as verificadas neste início de 2014. Mas, o agricultor trabalha, faz a sua parte e tem fé, no presente e no futuro da sua atividade. Por isso aguardaremos e torceremos para que as perdas não sejam tão grandes e que os resultados no geral sejam satisfatórios para a lucratividade.

É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.