Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 535 | Maio de 2023 | Campo Mourão - Paraná

JOVENS LÍDERES

IMERSÃO DO COOPERATIVISMO

Formandos da 26ª turma de Jovens Líderes Cooperativistas fizeram uma visita técnica para conhecer a estrutura da Coamo e o Porto de Paranaguá

Em 2022, a Coamo formou a 26ª turma de jovens líderes cooperativistas. Foram 144 horas de curso, divididas em sete módulos, que abordaram sobre a Coamo, Credicoamo, cooperativismo, liderança, gestão de pessoas, financeira e de marketing. Realizado no formato presencial e virtual. O curso foi em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR) e contou com mais de 30 participantes do Paraná e Santa Catarina.

Como parte da programação, os formandos participaram de uma imersão, que iniciou pela visita à Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) de Campo Mourão, onde conheceram todo o processo de beneficiamento de sementes de soja e trigo. Também conheceram o laboratório de análise de para atestar a qualidade do produto. “Com esta imersão eles conseguem ver toda a cadeia produtiva, desde o plantio, transporte e armazenamento nos silos das unidades, como isso é levado até o porto e o processo que o produto passa quando chega nos terminais. Eles conseguiram entender cada elo dessa corrente”, explica o assessor de Cooperativismo, José Ricardo Pedron Romani, lembrando ainda que durante o curso de formação os jovens puderam conhecer como a Coamo funciona e todo o seu processo de comercialização. “Para finalizar essa jornada, a cooperativa, em parceria com o Sescoop/PR, oferece essa viagem aos participantes”, esclarece.

Participantes conheceram a estrutura do Porto de Paranaguá

NO CORREDOR DA EXPORTAÇÃO

A jornada do conhecimento, iniciada no ano passado, teve sequência com uma viagem técnica-cultural, em que foi possível entender como funciona a logística do porto de Paranaguá, de onde é exportada grande parte da produção dos cooperados, e porta de entrada dos fertilizantes que são utilizados nas propriedades. 

Para o gerente de Operações Portuárias da Coamo, João Ivano Marson, a visita é muito importante para o conhecimento profissional dos jovens líderes. “O aprendizado que eles adquirem vai muito além do que aprenderiam só na teoria. O que eles vivenciaram vai ser de muito valor na vida de cada um. No porto é tudo muito grande. Falamos dos navios, de como funciona a exportação. E é uma alegria para a gente recebê-los. Eles viram como é feito desde o plantio lá na propriedade e como administramos o processo de exportação, fruto da colheita deles.”

Tido como o mais eficiente do país, o porto de Paranaguá exporta cerca de 58 milhões de toneladas por ano, e a Coamo é um dos maiores exportadores do terminal portuário, onde está desde 1990 e inaugurou em 2021 uma estrutura contendo três silos e um armazém graneleiro com capacidade de armazenagem de 150 mil toneladas. Somados ao outro terminal, a cooperativa tem capacidade para embarque de até sete mil toneladas/dia.

Passeio de barco para ver a estrutura do porto por um ângulo diferente

A CASA DO COOPERATIVISMO

Em Curitiba, na capital dos paranaenses, os Jovens Líderes tiveram a oportunidade de visitar a sede do Sistema Ocepar. A instituição que representa os interesses cooperativistas paranaenses e é conhecida também como a casa do cooperativismo. Na Ocepar, os jovens líderes foram recepcionados pelos superintendentes Nelson Costa (Fecoopar) e Robson Mafioletti (Ocepar), pela analista de cooperativismo, Eliane Lourenço Goulart Festa, pela coordenadora de Relações Parlamentares, Daniely Andressa da Silva, e pelo coordenador de Comunicação Social, Samuel Milléo Filho. Durante a apresentação, Costa detalhou as atribuições e demandas da instituição na defesa e desenvolvimento do cooperativismo paranaense, bem como os projetos futuros e em andamento.


Cooperados conheceram o laboratório e o processo de tratamento de sementes, em Campo Mourão

NA TERRA DO BARREADO

No caminho entre Curitiba e Paranaguá, uma parada programada em Morretes. Cidade colonial da serra paranaense, com quase três séculos de fundação (289 anos), é uma das mais antigas do Estado e famosa por um prato típico que leva como ingredientes principais carne cozida, farinha e banana: o barreado. Uma iguaria saborosa que atrai anualmente milhares de turistas para o município e que pode ser saboreada por alguns integrantes do grupo de paladar mais aguçado. Sem contar o privilégio de conhecer um lugar histórico, com paisagem natural e com ecoturismo exuberante, cercado de prédios centenários, ruas e vielas que carregam a marca do tempo e da vida dos morretenses.

PELO LITORAL, DO OUTRO LADO DO PORTO

A viagem que teve início em Campo Mourão, terminou com um passeio de barco pela baía do Porto de Paranaguá, observando o corredor de exportação do Paraná por um outro ângulo. Um aprendizado que fará toda a diferença na tomada de decisão das atividades dos cooperados, formados no curso de Jovens Líderes. “Sem dúvida, além de tudo que aprendemos sobre gestão, saímos com ideias diferentes também. Convivemos com pessoas de outras regiões e há uma troca de experiência aqui. Não seria possível entender todo o processo sem essa visita”, afirma a cooperada Bibiana Spautz da Costa, de Abelardo Luz (Oeste de Santa Catarina), concluindo que o curso todo foi muito interessante e produtivo.

Visita na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba, onde foram recepcionados pela diretoria e ouviram um pouco das pautas e ações em prol do cooperativismo

Solange Merico Pereira, de Ivaiporã (Centro-Norte do Paraná), fez parte da 24ª turma de Jovens Líderes Cooperativista e teve a oportunidade de participar da viagem. Segundo ela, o passeio técnico-cultural superou as expectativas. “A viagem superou tudo o que a gente pensou. É muito conhecimento agregado. Finalizo muito feliz, com aprendizado a mais. Conhecer o porto e saber que nossa produção sai daqui para o mundo, não dá para dimensionar o tamanho de tudo que a gente viu. Sentimos uma formiguinha fazendo parte de uma cadeia onde tudo vai crescendo.”

O cooperado Leomar Parizoto, de Cantagalo (Centro-Sul do Paraná), conta que a aproximação e integração com a turma surpreendeu. “A gente só vê pela TV, de uma forma muito artificial. Quando vimos o funcionamento do porto na prática, como nos foi passado, conseguimos enxergar para onde está indo tudo o que produzimos. Eu não tinha essa dimensão do Porto de Paranaguá. Imaginava algo próximo, mas não dessa forma que é, com tanta tecnologia, muito organizado, tudo funciona como um relógio. Foi gratificante”, elogia o cooperado.

Visita na sede do Sistema Ocepar, em Curitiba

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