Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 541 | Novembro de 2023 | Campo Mourão - Paraná

COAMO 53 ANOS

A COAMO DO PRESENTE E DO FUTURO

Após quase quatro anos da mudança para a governança corporativa, cooperativa continua crescendo com segurança e solidez

Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá em grupo”. O provérbio africano diz muito sobre a união que, por sua vez, é a base do cooperativismo. Um modelo econômico que transformou pessoas, comunidades, realidades e, porque não dizer, o futuro. Na Coamo, são mais de 130.000 pessoas impactadas diretamente pela força da cooperação. No mundo, são mais um bilhão. Todos envolvidos, trabalhando, crescendo e se desenvolvendo juntos. 

Em 1968, um jovem extensionista da Acarpa, atual IDR-Paraná, chegou em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná, com a missão de fundar uma cooperativa. O recém-formado engenheiro agrônomo, José Aroldo Gallassini abraçou a tarefa e, em 28 de novembro de 1970, com um grupo de 79 agricultores, colocaram seus nomes na história. Eles nem imaginavam que ao assinar aquela ata de fundação estariam mudando a suas vidas e de outras milhares de famílias. 

Com a visão empreendedora, Gallassini sempre frisou que a Coamo não foi fundada para apenas uma geração. “Nós podemos envelhecer, mas a Coamo não”, uma frase do fundador que a maioria das pessoas já deve ter ouvido. Uma frase que norteia as decisões da diretoria, e o rumo que se dá à cooperativa. 

O foco da Coamo é ser sempre moderna e inovadora. Com 53 anos completados em 2023, a cooperativa já deu importantes passos para se manter atual e preparada para o futuro. Um destes, foi a mudança na gestão com a implantação da Governança Corporativa, em 2020. Naquele momento, foi criado um Conselho de Administração, onde os membros são cooperados. O presidente é José Aroldo Gallassini, que preside ao lado de outros associados conselheiros. 

Sob a coordenação deste conselho está a diretoria Executiva, composta por cinco diretores e um presidente. Todos, funcionários antigos e com trajetórias sólidas dentro da Coamo. “Com o tempo fomos formando uma equipe preparada para assumir os avanços da cooperativa. Preparamos gente para tocar a cooperativa. Nesse tempo também surgiu o ESG, que na tradução aborda os aspectos ambiental, social e de governança de uma empresa. Dentro deste último sempre pensamos nas dificuldades da sucessão e em como poderíamos resolver isso.” 

José Aroldo Gallassini, presidente do Conselho de Administração da Coamo

Gallassini lembra que a Coamo não parava de crescer, e foi preciso realizar mudanças para se preparar para quando a idade dos principais administradores chegar, a sucessão ser tranquila. “Então tivemos essa ideia de formar um Conselho de Administração de cooperados, que tocam a sua propriedade e participam da cooperativa. Fomos selecionando os líderes, num primeiro momento para o Comitê Educativo, depois para os Conselhos Fiscal e de Administração. Percebemos que se deixássemos essa transição para apenas quando a idade chegasse, correríamos um risco de ter uma equipe sem um preparo, pois não teríamos gente com experiência para tocar uma empresa do tamanho que ficou a Coamo.” 

Após aprovação em Assembleia Geral Ordinária, a governança corporativa iniciou e foi contratada uma Diretoria Executiva. “Tivemos muito cuidado na escolha dos diretores. Nossa preocupação foi preparar gente dentro da própria estrutura. Então os superintendentes que já estavam na Coamo há mais de 30 e 40 anos, passaram à diretores executivos. Após esses quase quatro anos da mudança, percebemos que tivemos sucesso, pois escolhemos gente que conhece perfeitamente a cooperativa desde o início”, revela Gallassini que como presidente do Conselho de Administração da Coamo dá expediente todos os dias. 

Airton Galinari, foi escolhido para ser o primeiro presidente Executivo da Coamo. Com quase 40 anos de cooperativa. Engenheiro químico de formação, ele teve uma trajetória importante, passando por diversos cargos e setores na Coamo.

“Foi uma mudança significativa, uma grande responsabilidade. Na época tínhamos uma preocupação muito grande por parte do conselho, e bastante compreensível, pois passar essa gestão aos executivos da cooperativa, era uma decisão que deveria estar muito madura.”

O momento certo para tomar uma decisão fez toda a diferença, segundo Galinari. “Dr. Aroldo, sabiamente, soube esperar a hora certa, soube fazer de uma forma bastante tranquila, pois conduziu isso dentro da própria cooperativa. Ele não mudou o modelo e as pessoas que vinham administrando. Os superintendentes, que conduziam já a parte executiva à época com os diretores eleitos, é que subiram como diretores.” 

Galinari ressalta que para assumir a missão de presidir a Coamo contou com muito apoio. “Tive e tenho todo o suporte do Dr. Aroldo no dia a dia, pois ele continua dando expediente e nos orientando, tenho apoio dos conselheiros e, também, graças ao trabalho de toda a equipe de funcionários da Coamo. Temos uma equipe preparada e competente, que corresponde à missão da cooperativa. Com todo esse apoio, não teve como dar errado. Tivemos todos os anos com bons resultados, boas devoluções de sobras, um plano de investimento robusto, mantendo a cooperativa na liderança de seu segmento. Isso mostra que todos apoiaram e puxaram para o mesmo lado e a coisa andou muito bem.”

Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo

Mauro Zanin, de Mamborê (PR) é cooperado desde 1981. Ele diz que tudo que tem deve à cooperativa

Mauro Zanin tem propriedade rural em Mamborê desde o início da década de 1980, e desde então é cooperado da Coamo

Lucas Coelho Raulino, engenheiro agrônomo da Coamo, com o cooperado Mauro Zanin
Crescendo juntos

Sem perder a essência do passado, vivendo o presente e planejando o futuro, a Coamo segue sempre dando passos firmes. Quem viveu essa história desde o início sabe bem disso. Mauro Zanin, de Mamborê (Centro-Oeste do Paraná) é cooperado desde 1981. Ele diz que tudo que tem deve à cooperativa. Um produtor rural que começou com 25 alqueires e, hoje, conta com mais de mil. A família toda trabalha na cooperativa e, inclusive, as propriedades da família geram empregos. “Cheguei aqui em 1980 e não sabia o que era cooperativa. Depois que me cooperei, aproveitei todas as oportunidades que surgiram e, com isso, o crescimento foi consequência.” 

O associado sempre frisa em sua conversa que aquele que sabe escutar e filtrar o que é bom, já tem meio caminho andado. Inclusive, ressalta que sempre ouviu atentamente os conselhos do fundador da Coamo, Gallassini. “Batalhei e trabalhei bastante. Também tive paciência para os momentos difíceis, pois as crises sempre existiram. Mas, quem tem o apoio de uma cooperativa como a Coamo, consegue superar os desafios.” 

A história que começou com apenas seu Mauro como cooperado, continua sendo escrita com muitos motivos para comemorar. Hoje, a família Zanin tem nove associados, entre filhos, irmão e sobrinhos de Mauro. “Trabalhamos juntos e fomos crescendo. Tenho uma sobrinha de 16 anos que também está para se cooperar. Isso é importante, pois acredito que começar com essa idade numa cooperativa como a Coamo já é gratificante.” 

Defensor da Coamo, Mauro revela que a família cresceu junto com a cooperativa. “A Coamo cresceu e nós também. Se for analisar bem, crescemos até mais que a cooperativa. Na minha cabeça não dá para separar a nossa história e a da Coamo. Não sei o que seria de nós sem a cooperativa. Sempre digo que ser cooperado da Coamo vai além do trabalho, é uma lição de vida, que vivemos juntos no dia a dia.” 

Para que histórias como a do seu Mauro Zanin possam continuar a ser contadas a Coamo precisa sempre se manter moderna. Além da mudança na forma de gestação, a cooperativa tem buscado inovar em todas as outras pontas.

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