Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 541 | Novembro de 2023 | Campo Mourão - Paraná

ESTRUTURA

Estratégias para otimizar a armazenagem

Coamo tem realizado um grande esforço para receber a safra dos cooperados. Imagem com silos bolsas e infláveis em Sidrolândia (MS)

Com a proximidade da colheita da safra de verão 2023/24, a Coamo está intensificando as ações com o objetivo de liberar espaço nos entrepostos para receber a produção dos cooperados. Isso se deve à previsão de início da safra ainda na primeira quinzena de janeiro. 

A cooperativa possui uma capacidade estática de armazenagem de 7,04 milhões de toneladas distribuídas em 114 unidades de recebimento no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Em 2023, a Coamo recebeu um total de 9,79 milhões de toneladas, principalmente soja, milho e trigo. O montante equivale a 3,15% da produção brasileira de grãos. Em Santa Catarina, as unidades da cooperativa receberam 187.560 toneladas, no Mato Grosso do Sul 3.418.440 toneladas e no Paraná um total de 6.187.000 toneladas. “Isso mostra a importância da cooperativa e o trabalho que desempenha junto ao quadro social para o recebimento da produção e a representatividade da Coamo nos Estados que está presente”, comenta Airton Galinari, presidente Executivo da Coamo.

Para suprir a necessidade de armazenagem foram necessárias alternativas com silos bolsas, infláveis e armazéns de terceiros.

Em silos bolsas, a cooperativa conta com um total de 750 mil toneladas de produtos e nos silos infláveis estão armazenadas 60 mil toneladas. Essas duas modalidades somam um total de 150 hectares no Paraná e Mato Grosso do Sul. Nos armazéns de terceiros estão um total de 489 mil toneladas, entre soja e milho. A Coamo conta atualmente com 71.049.520 de sacas de produtos a fixar pelos cooperados, sendo 59.824.321 da safra atual e 11.225.200 de anos anteriores. 

Já o comportamento dos cooperados mudou em relação a comercialização. Em 2011, a cooperativa recebeu um total de 91 milhões de sacas de produtos e, em 2023, 164 milhões de sacas. Isso dá um aumento de 80% nesses 12 anos. Até 2019, havia uma fixação normal em comparação à produção recebida, enquanto nos últimos quatro anos a comercialização ficou abaixo da produção entregue na cooperativa. “O cooperado está vendendo menos do que está produzindo. Isso cria um estoque de passagem que vem aumentando ao longo desses anos. Fica difícil acompanhar esse estoque com a construção de armazéns, ocasionando uma certa dificuldade de acomodação da safra, fazendo com que a Coamo parta para acomodações alternativas.”

O desafio atual é receber e armazenar a safra de verão, estimada em seis milhões de toneladas. Para assegurar uma armazenagem sem contratempos, é necessário escoar aproximadamente um milhão de toneladas por mês. Com o intuito de incentivar a comercialização, a Coamo criou diversas modalidades para estimular os cooperados, incluindo uma campanha de preços mais atrativos para o produto já depositado na cooperativa. “A fixação de produto depositado visa quitar as contas do plano safra de verão, com vencimento no início de dezembro. Observamos uma boa resposta a essa iniciativa, com uma quantidade significativa de soja já comercializada para pagamento em 1º de dezembro, aumentando o escoamento dos produtos”, comenta Airton. 

Outra opção foi a adesão aos leilões do PEP (Prêmio para Escoamento) e Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor), resultando com a comercialização de 175 milhões de toneladas de trigo. “Todas essas medidas contribuem para a liberação de espaço necessário para receber a safra 2023/24”, frisa. 

O presidente revela que recentemente foi realizado um grande workshop na Coamo envolvendo as áreas responsáveis por toda a logística da cooperativa. O evento teve como objetivo discutir alternativas para aprimorar as condições de recebimento de cada safra. 

Ainda segundo Airton, a Coamo está implementando esforços significativos em alternativas de armazenagem. “Temos uma extensa programação de embarques de navios em andamento. Se o porto operar eficientemente, com condições climáticas favoráveis, poderemos ter um escoamento próximo de um milhão de toneladas por mês até o final de janeiro, abrindo assim, espaço para a recepção da safra de verão, conforme nossa expectativa”, diz. 

Ele destaca que a cooperativa continua contratando novos armazéns para ampliar a capacidade de armazenamento. “Além disso, ajustamos as programações das indústrias para garantir que continuem consumindo produtos até o final da safra, evitando paradas. A cooperativa está empenhada em deixar todos os entrepostos em condições ideais de recebimento, analisando logisticamente como um todo, como se fosse um único silo. A Coamo está concentrando esforços para proporcionar aos cooperados mais conforto e comodidade durante a colheita na safra de verão. Podem confiar que estamos comprometidos com esse objetivo”, finaliza.

 

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