RC: Quais foram as principais novidades nos últimos anos?
Nicolas: O nosso propósito é desenvolver soluções permitindo aos nossos clientes um melhor retorno sobre o investimento. Os distribuidores de fertilizante Accura são um exemplo disso. Tratase de uma máquina com largura de distribuição maior que a concorrência e com uma acuracidade muito superior. Outro exemplo é o pulverizador Stronger, com a maior barra do mercado (40m em alumínio ou 50m em fibra de carbono), permitindo reduzir o número de máquinas necessárias na propriedade, assim como consumo de diesel, quantidade de operadores e redução do amassamento nas culturas. Para reduzir os impactos no meio ambiente, estamos desenvolvendo soluções de pulverização seletiva, para detectar as ervas daninhas em tempo real e pulverizar somente estas plantas. No que diz respeito a plantadeiras, iremos lançar na Agrishow a nossa plantadeira 30 linhas de 45cm com adubo e semente, e solução para fechar em 3,20m para facilitar o deslocamento da máquina de uma propriedade para outra, sem necessidade de desmontar qualquer parte dela. A nível global estamos entrando na era das máquinas autônomas. Já comercializamos na Europa um misturador de ração animal totalmente autônomo (a AURA) e mostramos pela primeira vez na última edição da Agritechnica (maior feira de máquinas agrícolas do mundo) nosso robô autônomo multi-uso (o KARL) para trabalhos nas lavouras.
RC: Com relação a evolução e inovação, como é o perfil do produtor brasileiro?
Nicolas: O Brasil mostrou para o mundo sua capacidade de desenvolver uma agricultura tropical cada vez mais produtiva. Nos últimos 20 anos o Brasil conseguiu aumentar a produção de grão no ritmo anual de 4,7% enquanto a área plantada aumentou apenas 2,5% ao ano. Isso quer dizer que a produtividade aumentou nada menos que 2,1% por ano. Mas, este crescimento da produção e da produtividade não teria sido possível sem o desenvolvimento de novas tecnologias e a aceitação pelos produtores. O produtor brasileiro sempre foi ávido por novas tecnologias, e as novas gerações que estão entrando nas fazendas estão acelerando ainda mais a transformação da agricultura brasileira.
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