A cooperada Silvana da Silva Monteiro de Andrade, também esteve neste curso em Janiópolis. Ela aproveita o aprendizado para fazer uma renda extra para a família. “Além do lucro que o sítio nos dá, sou confeiteira e faço bolos, doces e salgados. São todas receitas que aprendi na cooperativa. Em quase 20 anos, já foram vários cursos e quero fazer muito mais para ir me aprimorando”, revela.
Marcia Aparecida Mattia esteve no curso de Risotos e Saladas realizado em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná. Ela é esposa de cooperado e sempre está inscrita nos cursos da Coamo. “Eu saio de cada curso com aquela vontade de fazer o prato que aprendi para a minha família. Meus filhos já ficam na expectativa. Sem contar, que é uma forma de aprendermos receitas para gerar uma renda extra. Eu, por exemplo, tenho há mais 20 anos uma agroindústria onde vendo beijo de mulata e bolacha caseira”, conta Marcia.
Para Izaura Maria Ercoli, cooperada em Campo Mourão, esse é um benefício que a Coamo traz e que todos devem aproveitar. “Eu gostei muito do curso de risotos e saladas, porque particularmente prefiro pratos salgados. Sempre procuro participar e vejo que as outras participantes também amam. Na nossa turma, por exemplo, tem umas três mulheres ao menos que utilizam esse aprendizado para incrementar a renda e possuem cozinhas industriais nas propriedades rurais”, reforça.
O catálogo de cursos sociais realizado pela Coamo é extenso, tem temas sobre culinária, artesanato e produção de produtos limpeza. São eventos promovidos por meio da parceria da Coamo com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR). Sergio Kazuo Kawakami é instrutor do Sescoop e ministra os cursos há mais de 20 anos. “É gratificante conseguir passar algumas das experiências que temos na área da culinária, para que os alunos possam aproveitar o que eles têm na propriedade.”
Sergio destaca o que a experiência como professor agregou em sua vida. “Sempre digo que se conseguirem aprender ao menos uma receita, já valeu a pena participar. Nesses anos todos percebo também que esses cursos são uma oportunidade para que os participantes se conheçam e façam amizades. É uma forma de trocar experiências. Eu, por exemplo, mais aprendi do que ensinei. As vezes acreditamos que sabemos tudo e não sabemos nada. Sempre temos o que aprender”, ressalta o instrutor.
Conforme o gerente de Janiópolis, Valderi Furtado Silva Melo, a participação da mulher local é muito forte. “Queremos ver as mulheres cada vez mais atuantes na cooperativa e temos esse tipo de evento voltado à culinária como um forte atrativo. Vemos que elas se envolvem e aprovam os cursos sociais. Entendemos ser muito importante, pois traz conhecimento e aprendizado, além de ser uma possibilidade de gerar renda. Sem contar, que é mais uma forma de viver o cooperativismo”, considera Valderi.
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