Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 545 | Abril de 2024 | Campo Mourão - Paraná

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ATENDIMENTO EM SINTONIA

Assistência técnica personalizada oferecida pela Coamo é um exemplo de como a proximidade e o acompanhamento especializado podem impulsionar a produtividade e a rentabilidade das propriedades rurais

Engenheiro agrônomo Roberto Bueno e o cooperado José Paschoeto, de Campo Mourão (PR). Bueno atende um grupo de cooperados há 22 anos

Cada vez mais preparados e muito bem amparados pela filosofia cooperativista, os produtores rurais estão melhorando os resultados nas propriedades, verticalizando a produção das atividades agrícolas e, consequentemente, conseguindo evoluir no campo. Alicerçados por um grande aparato tecnológico, seja dentro ou fora da porteira, os cooperados somam a cada safra resultados positivos e sustentáveis por meio da assistência técnica convencional que resulta em investimento para práticas de produção e rentabilidade.

Para otimizar o incremento de produtividades com uso de insumos de qualidade e redução de custo de produção, alinhada com novas tecnologias, a Coamo oferece um modelo de assistência técnica personalizada para atender os cooperados. O atendimento é destinado para a agricultura e pecuária e atualmente são 45 grupos que envolvem cerca de mil cooperados. 

É um serviço disponível para todos os associados que queiram uma assistência mais próxima, com um profissional dedicado a atender um grupo menor de cooperados. Os grupos são divididos em Gati (Grupo de Assistência Técnica Integral) para até dez cooperados e visitas de no mínimo uma vez por semana; Giati (Grupo Intermediário de Assistência Técnica) com composição de 20 cooperados e visitas a cada dez dias; e o Gave (Grupo de Assistência Veterinária) com composição de 20 cooperados. 

Entre os benefícios dos Grupos de Assistência Técnica estão: isenção de custos para projetos de custeio, investimentos, máquinas, implementos e fertilidade; isenção de custos para emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) para todas as culturas exploradas; atendimento exclusivo e personalizado; inovação técnica; capacitação; evolução da assistência agronômica e veterinária; diferenciação na estrutura técnica e administrativa da propriedade rural.

O gerente de Assistência Técnica da Coamo, Marcelo Sumiya, explica que a Coamo oferece essa modalidade de assistência técnica como uma opção de trabalho diferenciada. “Aqueles cooperados que atuam conosco diariamente, têm a opção de um atendimento mais próximo. Por meio de um contrato, disponibilizamos a participação de um agrônomo de forma mais direta, abrangendo a agropecuária como um todo, seja pecuária de corte, de leite ou agrícola. Estabelecemos uma relação na qual o cooperado paga uma mensalidade, mas todas as outras taxas de custeio ou de projetos são isentas."

Ele ressalta que a quantidade de grupos tem aumentado nos últimos três anos. “Expandimos significativamente esses serviços, e agora estamos estruturando ainda mais para atender às necessidades específicas dos cooperados. Isso reflete a crescente necessidade de um acompanhamento técnico, não apenas em suas atividades específicas, mas também nas decisões do dia a dia na propriedade."

Segundo Marcelo Sumiya, o principal benefício é ter um profissional dedicado durante todo o ano e à disposição das famílias permitindo diagnósticos precisos, discussões conjuntas para tomadas de decisão administrativas, técnicas e operacionais.  

Sumiya explica que os cooperados interessados devem procurar a área técnica e manifestar o interesse. A unidade realiza um levantamento do número de produtores para viabilizar a disponibilização de um profissional exclusivo. Em seguida, por meio do gerente, toma a decisão de viabilidade e apresenta à gerência de Assistência Técnica um projeto. É realizada uma análise financeira para colocar um profissional à disposição. 

Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica da Coamo

José Paschoeto, de Campo Mourão (PR)

ROBERTO BUENO SILVA, engenheiro agrônomo da Coamo em Campo Mourão (Centro- -Oeste do Paraná), acompanha um grupo de associados há 22 anos. Ele recorda que vivenciou a assistência técnica da Coamo antes da opção dos grupos. “Na assistência técnica convencional, tínhamos muito menos tempo para dedicar a cada produtor. Por exemplo, tenho uma meta de fazer uma visita a cada dez dias para cada família do meu grupo. Temos exemplos de produtores bem-sucedidos em termos de produtividade, rentabilidade, conhecimento e gestão da propriedade", assinala.

De acordo com o agrônomo, ao longo dos anos os cooperados conseguiram evoluir e se destacar em suas atividades, seja aumentando a produtividade ou reduzindo os custos. “Hoje em dia, mais do que nunca, a informação é essencial. Quando estamos focados em um grupo menor de produtores, podemos repassar as informações com mais frequência. Nosso objetivo, como assistência técnica, é aumentar a renda do produtor."

Bueno revela que foram inúmeras as ações ao longo dos anos para que houvesse esse crescimento sustentável e entre os trabalhos destaca os investimentos dos cooperados. “O agricultor não pode pensar somente a curto e médio prazo. É necessário que haja um planejamento mais longo, que faça a correção do solo, pratique a rotação de culturas e continue com o plantio direto. São ações que ajudam a ter boas produtividades e sustentabilidade mesmo em anos em que o clima não contribuiu.”

A parceria entre cooperados e a assistência técnica da Coamo tem se destacado como um modelo inovador na otimização da produção agrícola. Um exemplo desse trabalho é com o cooperado José Paschoeto, de Campo Mourão, que integra desde o início o grupo de assistência técnica coordenado pelo engenheiro agrônomo Roberto Bueno. "É muito bom ter mais proximidade com quem nos oferece as tecnologias, pois podemos discutir variedades e tudo mais, o que é excelente", comenta Paschoeto.

Paulo Domingos Vizintin, engenheiro agrônomo da Coamo em Manoel Ribas (PR), é responsável por um dos grupos de assistência técnica formado há mais de dez anos. Ele atende 14 famílias

Ele cita os resultados dessa parceria e destaca os benefícios em termos de melhoria do sistema produtivo. "Com o grupo há mais integração. Eu e o agrônomo discutimos e trocamos ideias sobre o trabalho, e tem dado muito certo", afirma.

Sobre o resultado das últimas safras, Paschoeto revela que tem sido bem acima das médias gerais para a produção de soja e milho. "Está ótimo. Tenho tido boas produtividades. Não tenho do que reclamar. São cerca de 200 sacas de soja e 300 de milho na segunda safra", relata o cooperado.

PAULO DOMINGOS VIZINTIN, engenheiro agrônomo da Coamo em Manoel Ribas, é responsável por um dos grupos de assistência técnica formado há mais de dez anos e atualmente atende 14 famílias. Ele revela que os cooperados participantes do grupo percebem a diferença de ter um acompanhamento mais próximo. “Eles se sentem mais confortáveis, sabendo que podem contar com assistência imediata em caso de urgência ou imprevistos. Respondemos prontamente às solicitações de visita, garantindo que não fi quem esperando”, comenta.

O acompanhamento próximo e frequente é o principal benefício do grupo. O agrônomo comenta que os cooperados atendidos no grupo, geralmente, alcançam mais produtividade. “O acompanhamento personalizado e a assistência técnica mais próxima garantem rendimentos mais altos”, diz Paulo.

O cooperado Augusto Rengel é um dos agricultores de destaque na região de Manoel Ribas. Para ele, a assistência técnica personalizada é importante devido à constante evolução tecnológica na agricultura. Ele enfatiza a necessidade de estar atualizado com as últimas tecnologias e técnicas agrícolas e destaca o papel fundamental do engenheiro agrônomo em apresentar inovações para a lavoura. “A proximidade e o acompanhamento mais frequentes proporcionados pela assistência técnica personalizada trazem mais segurança e rentabilidade, já que o agrônomo oferece um suporte mais próximo, visitando a lavoura regularmente”, diz.

De acordo com ele, os resultados obtidos nas últimas safras mostram que o trabalho vem sendo positivo. Ele atribui o sucesso às técnicas implementadas na propriedade e ao planejamento cuidadoso realizado em parceria com a assistência técnica. “O engenheiro agrônomo tem um papel fundamental, já que ele orienta desde a correção do solo até o manejo da lavoura, resultando em safras de alta qualidade. A assistência técnica vai além das visitas à lavoura, envolve um planejamento abrangente e constante diálogo em busca das melhores práticas agrícolas. Um planejamento adequado pode ajudar a otimizar os gastos, permitindo decisões mais conscientes sobre o uso de insumos.”

Augusto Rengel, de Manoel Ribas (PR)

Participante do grupo há mais de uma década, seu Augusto afirma que continuará usuário do modelo personalizado de assistência técnica. “Sou um dos primeiros cooperados de Manoel Ribas a aderir a esse sistema. Essa sintonia tem proporcionado bons frutos e se perpetuará por um bom tempo ainda”, assinala. 

CÉLIO EDUARDO SARGENTIN PEREIRA, médico veterinário da Coamo em Pitanga (Centro do Paraná), revela que a abordagem personalizada está mudando a forma como os produtores rurais recebem suporte técnico e a orientação. Segundo ele, o processo começa com uma visita ao cooperado, onde são discutidos os desafios, obstáculos e objetivos específicos da propriedade. Em seguida, é realizada uma análise minuciosa, permitindo a elaboração de um planejamento estratégico com metas a curto, médio e longo prazo. “O diferencial desse serviço está na frequência das visitas e na comunicação direta com os cooperados. Ao contrário da assistência técnica convencional, onde as visitas podem ser espaçadas, nesse modelo personalizado as interações são mais frequentes, permitindo ajustes rápidos e orientações precisas de manejo”, diz.

O resultado dessa abordagem tem sido bastante positivo. O veterinário relata um aumento significativo na produção, redução de custos e melhoria na eficiência do manejo. “Os cooperados têm dado feedbacks destacando a eficácia e o profissionalismo desse serviço personalizado. Há um suporte abrangente na parte nutricional, reprodutiva do plantel e no manejo sanitário, incluindo orientações sobre vacinação e vermifugação. Acompanhamos todo o processo, garantindo a escolha dos melhores insumos e orientando sobre práticas adequadas de manejo.”

Estevão Lukasievicz é um dos pioneiros desse grupo veterinário em Pitanga. Ele recorda que o início da atividade foi de dificuldades e que a assistência técnica da Coamo foi o diferencial para melhorar os resultados. Antes limitado a uma produção de apenas 15 litros por animal, ele agora atinge uma média de até 30 litros, graças às orientações recebidas. "A assistência técnica é o alicerce do nosso progresso. Sem ela, não teríamos alcançado nossas conquistas atuais."

Célio Eduardo Sargentin Pereira, médico veterinário atende um grupo de Assistência Veterinária em Pitanga (PR)

Estevão Lukasievicz é um dos pioneiros desse grupo veterinário em Pitanga. Ele recorda que o início da atividade foi de dificuldades e que a assistência técnica da Coamo foi o diferencial para melhorar os resultados. Antes limitado a uma produção de apenas 15 litros por animal, ele agora atinge uma média de até 30 litros, graças às orientações recebidas. "A assistência técnica é o alicerce do nosso progresso. Sem ela, não teríamos alcançado nossas conquistas atuais."

Além do acesso à tecnologia avançada, o produtor enfatiza o aumento da produtividade e a implementação das melhores práticas de manejo como fatores-chave para o sucesso. “A assistência técnica é fundamental para a manutenção da atividade pecuária”, comenta o cooperado.

AQUILES DE OLIVEIRA DIAS,  diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo, reforça que esse modelo de assistência já é tradicional na Coamo e consiste em profissionais dedicados a pequenos grupos de cooperados, fornecendo assistência técnica personalizada. “Nossa experiência e os dados que levantamos confirmam a eficácia dessa abordagem. Analisamos vários anos os grupos com profissionais dedicados à assistência técnica e a análise econômica desses cooperados revela que eles têm custos de produção menores, pois utilizam os insumos de forma mais eficiente, na quantidade e no momento adequados. Isso resulta em mais produtividade e menor custo de produção 

seja soja, milho, trigo ou qualquer outra cultura. Além disso, os cooperados obtêm melhores produtividades e melhoram a fertilidade do solo, o que garante sustentabilidade a longo prazo”, comenta.

Aquiles explica que o cooperado contribui financeiramente pagando um valor por hectare. No entanto, esse custo é semelhante ao que ele pagaria por taxas de projetos para financiamento de custeio ou investimentos. “Portanto, esse investimento se torna compensatório devido aos benefícios obtidos. Estamos comprometidos em fornecer uma assistência técnica diferenciada, investindo em treinamento especializado para os profissionais que atendem esses grupos. A seleção desses profissionais é criteriosa, exigindo experiência e autonomia para executar o trabalho de forma eficaz.”

Segundo o diretor, o número de grupos aumentou de 20 para mais de 40 nos últimos meses e o planejamento é chegar a 60 até o final do ano.

“Já contatamos os cooperados interessados, discutimos detalhes e estamos selecionando os profissionais em nossa equipe para prestar esse serviço. Essa abordagem é uma estratégia promissora para maximizar o potencial dos cooperados, oferecendo uma assistência técnica mais especializada e adaptada às necessidades individuais de cada grupo de produtores”, ressalta Aquiles Dias.

Matilde, Estevão e Bruno Lukasievicz de Pitanga (PR)

Aquiles Dias, diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Coamo

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