A participação das mulheres no agronegócio tem ganhado espaço nos últimos anos. No entanto, quando essa transição ocorre de forma inesperada, pode ser um desafi o ainda maior para quem precisa lidar com a responsabilidade de administrar uma propriedade sem preparação prévia. Foi o que aconteceu com Eliane Aparecida da Cruz Ceolim, cooperada da Coamo em Luiziana (Centro-Oeste do Paraná), que enfrentou a perda do marido há pouco mais de três anos e, de um dia para o outro, precisou assumir o comando da propriedade da família.
Até o falecimento do esposo, Eliane tinha uma vida dedicada ao lar, sem envolvimento direto nas atividades agrícolas. A responsabilidade da gestão da propriedade era exclusiva de seu marido, que cuidava tanto da parte operacional quanto administrativa. A morte repentina, deixou a família sem qualquer experiência no campo. "Eu e minha fi lha [Waila Beatriz Ceolin] não sabíamos nada. Era só cuidar da casa mesmo. Não foi fácil em momento algum, mas eu tive muito apoio da Coamo, que me incentivou a assumir a responsabilidade", relata Eliane.
|
Sem saber por onde começar, Eliane buscou o apoio técnico da Coamo, aproveitando os laços que o marido já tinha com a cooperativa. Ela admite que o desafi o foi grande. Mesmo assim, em nenhum momento pensou em arrendar as terras. "Eu não sabia quando plantava, nem quando colhia, nem o que plantava. Eu tomei a rédea por conta e fui atrás de aprender, de continuar o que meu marido tinha deixado."
O suporte da Coamo foi essencial para esse processo de adaptação. Desde o início, Eliane contou com o respaldo de engenheiros agrônomos e outros profi ssionais da cooperativa, que a orientaram em cada etapa da produção. "Toda vez que eu procurei a cooperativa, quando precisei de qualquer tipo de respaldo, eu encontrei na Coamo."
Com o passar do tempo, Eliane foi se familiarizando com as operações agrícolas e agora se sente mais confi ante em sua gestão. "A Eliane de hoje é diferente. Não vou dizer que aprendi tudo, porque nunca sabemos tudo. Cada dia aprendo mais. Já sei, pelo menos, o que perguntar, o que falar e onde encontrar."
|