Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 474 | Outubro de 2017 | Campo Mourão - Paraná

FAMÍLIACOOP

FAMÍLIA VALORIZADA

Chrystina Lorenzetti Mattei, de Coronel Vivida (PR)

Marilice Sonda Gallina, de Xanxerê (SC)

Edileusa Gonçalves Paim Anzilago, de Aral Moreira (MS)

Eva Rutt Sidoski Piatrowski, de Reserva (PR)

Gallassini: "Nosso objetivo é valorizar e incentivar ainda mais a participação da mulher na vida da Coamo."

As mulheres cooperativistas da Coamo, sejam elas associadas, esposas ou filhas de cooperados já provaram que são fundamentais para o desenvolvimento da cooperativa. Elas têm cumprido muito bem o papel de transformadoras do meio em que vivem, fazendo parte das conquistas do meio produtivo rural, juntamente com seus familiares.

Para reciclar o conhecimento do cooperativismo e garantir mais força e ideias para a lida do campo, é realizado anualmente o Programa FamíliaCoop. Neste ano, nos dias 18 e 19 de setembro, o evento reuniu 1.500 mulheres dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, para um dia de palestras e visita ao Parque Industrial Coamo. 

Apesar de ser preciso mudar a rotina de trabalho por um dia, as participantes aprovam o evento, como é o caso de Chrystina Lorenzetti Mattei, de Coronel Vivida (Sudoeste do Paraná). “É gratificante estar aqui. Somente participando de um evento como este temos noção do tamanho que é a Coamo. Precisamos participar, pois há sempre algo a mais para aprender.”

Tanto vale a pena participar que Marilice Sonda Gallina veio de Xanxerê, Santa Catarina. Ela percorreu mais de 500 km para estar no FamíliaCoop. “Foi um dia muito agradável, onde me senti à vontade e valorizada. O caminho para nós mulheres está se abrindo cada vez mais. A mulher pode ajudar e bastante. Com esses encontros abrimos a cabeça e nos sentimos mais motivadas. ”

Quem também veio de longe foi Edileusa Gonçalves Paim Anzilago, de Aral Moreira, no Mato Grosso do Sul. “A viagem foi longa, mas quando chegamos em Campo Mourão e participamos do FamíliaCoop, vimos que valeu a pena. A palestra do presidente da Coamo, por exemplo, foi muito produtiva. São informações que precisamos estar antenadas para a tomada de decisão no campo. ”

Eva Rutt Sidoski Piatrowski, de Reserva (Centro-Norte do Paraná), é outra que valoriza o evento, tanto é que participou pela terceira vez do FamíliCoop. “Eu venho porque gosto. Sempre saio daqui motivada para trabalhar no campo e fazer minha parte para o desenvolvimento do sistema cooperativista”, afirma. 

A programação contou com a palestra “Liderança feminina: a importância da rainha no jogo”, ministrada por João Carlos Oliveira que destacou a importância desse trabalho. “Falar de cooperativismo é algo encantador, e falar assim nos remete a mulher, que sempre está encantando a sociedade e o mundo. Quando colocamos bem claro essa força da mulher no cooperativismo, é o respeito que temos pela família, pois ela é a base da família. Vendo essa mulher Coamo sendo respeitada e valorizada, vemos outra realidade, e o cooperativismo é assim, é feito de verdade, com carinho e com respeito”.

De acordo com o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, que realizou a abertura do evento com uma palestra sobre comercialização e cooperativismo, o FamíliaCoop surgiu em 2008, com o intuito de integrar a família e fortalecer o sistema cooperativista. “Nosso objetivo é valorizar e incentivar ainda mais a participação da mulher na vida da Coamo. É um evento muito importante que possibilita uma maior integração, onde elas ficam sabendo mais sobre o cooperativismo e o dia-a-dia da sua cooperativa”, avalia.

João Carlos Oliveira falou sobre a “liderança feminina: a importância da rainha no jogo”

PROGRAMAÇÃO

Durante o dia elas também participaram de uma palestra sobre o Gestor Rural – nova ferramenta de gestão implementada na Coamo, e visitaram o Parque Industrial da Coamo.

Apresentação sobre o Programa Gestor Rural realizada pelo assessor de Cooperativismo Guilherme Sávio

DO CAMPO À INDÚSTRIA

No envase de óleo de soja, as mulheres tiveram contato com todo processo de industrialização

Os Alimentos Coamo têm origem reconhecida, isso porque a matéria-prima vêm do campo dos mais de 28 mil associados da Coamo que produzem com responsabilidade e eficiência técnica. Dessa forma, para quem trabalha no campo, conhecer o processo de industrialização da produção é uma oportunidade de visualizar a conclusão de uma etapa que começou lá na lavoura. Por este motivo, as participantes do FamíliaCoop, visitaram todo o complexo industrial da Coamo, conhecendo o Moinho de Trigo, Torrefação de Café, Envase do óleo de soja e Hidrogenação de gorduras e margarinas. Uma forma, delas se sentirem mais integradas e valorizadas pelo trabalho que realizam com seus familiares no dia a dia.

As imagens abaixo mostram a parte final do encontro, onde as mulheres participaram de uma dinâmica da área Comercial, escolhendo os Alimentos Coamo de sua preferência para levar e degustar com a família.

No moinho de trigo, elas viram desde a chegada dos grãos até o empacotamento das farinhas Na fábrica de margarinas, as visitantes ouviram sobre todo o processo

As imagens abaixo mostram a parte final do encontro, onde as mulheres participaram de uma dinâmica da área Comercial, escolhendo os Alimentos Coamo de sua preferência para levar e degustar com a família. 


“Nunca tinha vindo e me animei para participar de outros eventos como esse. As palestras fizeram muito bem para nossa autoestima. Avalio o FamíliaCoop como uma oportunidade única, que temos que aproveitar.” Janete Moruchak Clak, de Cantagalo (Centro-Sul do Paraná).

“As palestras foram muito produtivas, e conhecer o processo industrial foi algo que nunca havia imaginado. É muita produção que é industrializada e levada para todo esse Brasil. Isso nos orgulha.” Cleuza Borghetti, de Dourados (Mato Grosso do Sul).

“A lavoura é uma pequena indústria. Por isso, precisamos nos atualizar constantemente. O Gestor Rural, é a prova disso, o quanto temos muito trabalho e precisamos estar por dentro de tudo.” Claudete Maria Pappen Stiipp, de Ouro Verde do Oeste (Oeste do Paraná).

“As palestras foram muito construtivas, inclusive me interessei demais pelo Gestor Rural. A mulher e o homem precisam sempre trabalhar juntos e os dois precisam buscar conhecimento.” Vanda Lúcia Fioretti José, Mariluz (Noroeste do Paraná).

“Obtive conhecimento muito além do que eu esperava. Sou além de produtora rural, consumidora dos Alimentos Coamo, e volto para casa satisfeita e orgulhosa com toda a tecnologia do Parque Industrial da Coamo. ” Elza Marson Calixto, de São João do Ivaí (Centro-Norte do Paraná).

“Volto para casa contente por participar de um evento grandioso como esse. Não temos noção da magnitude do processo industrial, para que aquilo que começamos no campo chegue na mesa do consumidor. ” Lucimara do Carmo Castilho, Marilândia do Sul (Centro-Norte do Paraná).

FORÇA QUE FAZ ACONTECER

Dona Valy Dummer, de Mamborê (PR), durante visita à industria de óleo da Coamo e dias depois dirigindo o caminhão com insumos para o plantio da soja

Mulher do campo que orgulha a agricultura e é espelho para tantas outras mulheres, é Valy Gessner Dummer, de Mamborê (Centro-Oeste do Paraná). No alto de seus 72 anos, é o braço direito do marido, ‘seo’ Armin Dummer. Quando a equipe de reportagem da Revista Coamo chegou na propriedade da família, dona Valy já se preparava para pegar o caminhão e levar insumos no campo para o marido e o filho que estavam plantando a soja, que mais tarde será processada e transformada no óleo de soja Coamo que ela teve a oportunidade de conhecer em recente visita à Campo Mourão, durante o FamíliaCoop. 

"Em tudo que posso eu ajudo, com muita dedicação e amor", afirma Valy, que com toda a sua sabedoria destaca que tudo deve ser feito com o corpo e alma, com vontade. “Eu sempre estou junto com meu marido e filho, de cedo até a noite. Faço o que posso, já plantei e trabalhei muito com arado e trator. Hoje, na colheita levo os maquinários, o caminhão e ajeito a carga.”

Há 50 anos em Mamborê, Valy Dummer, lembra o início da história dela e do marido. “Começamos com um trator "cinquentinha", precisávamos trabalhar dia e noite, eu de dia e meu esposo a noite e até de madrugada. Não foi fácil, pois Armin veio para fazer destoca, e o "cinquentinha" não tinha força. Então, ele plantou um pouco de soja e depois foi tudo arrancado à mão.”

Dona Valy é o braço direito do marido "seo" Armin em todo o processo de produção na propriedade

Com tanta luta, Valy afirma que o segredo para o sucesso foi a união da família. “Sempre fomos unidos. Nosso filho casou, tem sua família, mas mesmo assim, continua trabalhando com a gente. Se a família vai bem, tudo vai bem, inclusive os negócios. ”

Apesar da rotina agitada, dona Valy também tirou um dia para participar do FamíliaCoop e destaca o quanto valeu a pena. “É um privilégio fazer parte da Coamo e fiquei admirada com a tecnologia que a Coamo tem. Eu uso os Alimentos Coamo, pois sei de onde vem e o quanto o processo de produção industrial é seguro.”

AGRICULTORA POR OPÇÃO

Vanessa Alves Rissi, de Engenheiro Beltrão (PR), acompanha o marido Claudinei Rissi durante o plantio

Vanessa Alves Rissi, de Engenheiro Beltrão (Centro-Oeste do Paraná), há cerca de 15 anos casou com Claudinei Rissi, e um ano depois “com a agricultura”. Sempre da cidade, ela não hesitou em deixar o trabalho que tinha, quando o marido pediu seu apoio na lavoura. Ela arregaçou as mangas e aprendeu a dirigir trator, caminhão e colheitadeira. Aprendeu a plantar, negociar e comercializar a produção. Vanessa encarou o desafio com a delicadeza e força que só uma mulher pode ter.

A agricultora conta que na propriedade da família o que não falta é trabalho e, por este motivo, houve necessidade de que ela também estivesse no campo. “Se meu marido precisar que eu leve o caminhão na roça, eu vou, se precisar plantar, também vou. Estamos juntos todos os dias. O trabalho na agricultura é muito bom, mas é melhor quando realizado em família. ”

Vanessa lembra que o começo não foi fácil, mas incentiva outras mulheres a também darem esse passo. “Não foi tão fácil aprender esse novo trabalho, eu tinha medo de que o trator tombasse, por ser grande, e isso na verdade não acontece (risos). Hoje, o trabalho já é normal para mim, faço tudo com tranquilidade.”

Para Vanessa o campo é muito bom. “Troquei a cidade pelo campo e daqui não saio mais. Eu amo tudo isso. É da agricultura que vem nosso alimento e uma das maiores riquezas do nosso país. Como disse o Dr. Aroldo no FamíliaCoop, a mulher também faz parte desse grande trabalho e precisamos, cada vez mais, trabalhar em nossa terra”, destaca a agricultora.

Vanessa durante visita ao Parque Industrial da Coamo

DNA QUE NASCE NO CAMPO

Rosi Eli Schmidt, de Tupãssi (PR)

Rosi Eli Schmidt, de Tupãssi (Oeste do Paraná), é outro exemplo de mulher do campo que tem em seu DNA o empreendedorismo. É ela quem administra sozinha a propriedade da família. Todas as decisões são dela, que com garra e competência alcança ano após ano, bons resultados na produção. “Eu nasci no sítio e sempre acompanhei meu pai na roça.”

Rosi Eli Schmidt:  "Fiquei encantada em ver o moinho de trigo da Coamo que ainda não conhecia."

Com o tempo, os quatro irmãos de Rosi casaram e assumiram outras profissões. Foi aí que a cooperada, mais do que nunca se tornou o braço direito do pai. “Em 2002, meu pai passou por problemas de saúde e precisei acompanhá-lo. Foi então, que ele começou a passar o financiamento para o meu nome, e aos poucos eu encarei o desafio, a sucessão aconteceu naturalmente, até que assumi totalmente o sítio.”

A agricultora não queria deixar na mão de ninguém que não fosse da família, a missão de cuidar de todo o trabalho que começou com seus pais. “Alguém precisava cuidar de tudo e não pensei duas vezes. ”

Rosi ama o que faz e lembra que quando começou a cuidar do empreendimento rural era uma das poucas mulheres que frequentava a cooperativa. “Eu participava de palestras, eventos técnicos e reuniões e era difícil ver mulheres participando. Mas, sempre me senti bem na Coamo, com todo o apoio do departamento técnico. ”

Quando esteve em Campo Mourão, para participar do FamíliaCoop, Rosi teve ainda mais certeza de que sua escolha pelo campo foi certa. “Sinto orgulho de saber que estou produzindo os Alimentos Coamo. O que começa aqui no campo, depois volta para a minha mesa e de milhares de brasileiros. Fiquei encantada em ver o moinho de trigo da Coamo que ainda não conhecia.”

É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.