"Os encontros dos núcleos são uma tradição e uma referência para avaliar, debater e propor ações para o presente e o futuro do nosso cooperativismo." José Roberto Ricken

A  força da organização do cooperativismo paranaense é impressionante, e os resultados muito positivos, pois quem sabe como está e aonde quer chegar, com um planejamento eficiente colherá bons frutos." A afirmação é do presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, no dia 17 de outubro, no Encontro de Núcleos Cooperativos das regiões Norte e Noroeste, realizado na Coamo em Campo Mourão.

O evento comemorou a  50ª edição do Encontro de Núcleos Cooperativos, fruto de dois por ano e um por semestre nos últimos 25 anos, e contou com mais de 100 associados e dirigentes  participantes de quatro ramos do cooperativismo - agrícola, saúde, crédito e trabalho- representando 11 cooperativas do Norte e Noroeste do Paraná.  Para Ricken, "os encontros dos Núcleos são uma tradição e uma referência para avaliar, debater e propor ações para o presente e o futuro do nosso cooperativismo".

Um dos temas apresentados no encontro foi o PRC 100 - Plano Paraná Cooperativo, aprovado em Assembleia da Ocepar no ano e 2015 a partir das discussões nos encontros de núcleos com a definição de 5 pilares (Financeiro, mercado, cooperação, infraestrutura e governança/gestão) que resultaram em 13 projetos estratégicos, com o envolvimento de mais de mil cooperativistas de todo o Estado.

Na abertura do evento que contou com a presença do deputado federal Sérgio Souza, presidente da Comissão de Agricultura na Câmara Federal, o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, falou sobre a importância dos princípios do cooperativismo, que representam o esteio deste importante movimento.

Gallassini falou sobre a importância dos princípios do cooperativismo, que representam o esteio deste importante movimento

Falando aos presentes, Sérgio Souza informou como estão as tratativas com relação a situação do Funrural. "Quero aqui elogiar a atuação da Ocepar, que tem nos repassado importantes subsídios sobre este problema atual que é o Funrural. Estamos trabalhando e propondo emendas para solucionar esta questão que preocupa muito a classe produtiva brasileira."

"A Ocepar orienta para  que enquanto houver está  incerteza, que as cooperativas  façam a retenção em juízo até que  tenhamos uma alteração Legislativa ou manifestação judicial concreta. Então, a orientação é para  aguardar o tempo que temos para fazer a adesão, estamos acompanhando isso de perto e daremos novas orientações  às cooperativas, conforme tivermos novidades", informa o presidente da  Ocepar.

No Encontro de Núcleos, o coordenador de Comunicação Social do Sistema Ocepar, Samuel Milléo Filho, e o diretor-presidente do Instituto Datacenso, Cláudio Shimoyama, realizaram apresentação da pesquisa sobre a percepção do paranaense em relação ao cooperativismo e suas marcas. Foram ouvidos 1.023 paranaenses das classes A, B, C e D, 523 consumidores e 500 não consumidores, pessoalmente em pontos de venda, supermercados paranaenses, entre os dias 22 e 31 de agosto em Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Pato Branco.

Milléo diz que a pesquisa é uma ferramenta importante para que as cooperativas possam utilizá-la como estratégia para futuras ações de comunicação. “Muito importante o Sistema Ocepar e as cooperativas abrirem espaço nesses Encontros de Núcleos para que pudéssemos falar sobre esta pesquisa. De nada adiantará todo este esforço, se não estudarmos a fundo os seus indicadores. Estamos à disposição para que as cooperativas interessadas queiram detalhar esses resultados”.

Samuel Milléo Filho apresentou resultado de uma pesquisa sobre a percepção do paranaense em relação ao cooperativismo e suas marcas

Ele diz ainda que a pesquisa é uma das entregas do Planejamento Estratégico Paraná Cooperativo (PRC-100), dentro do Pilar Mercado. “A sugestão de realizarmos este levantamento partiu de uma conversa com os integrantes do Comitê Mercado. Esta pesquisa servirá como uma bússola para que possamos seguir um caminho seguro e se, no futuro, realizarmos uma grande ação institucional de marketing em conjunto, teremos a certeza de que vamos falar a língua que os consumidores desejam ouvir. Afinal, como apontou esta pesquisa os produtos e serviços das nossas cooperativas são reconhecidos pela qualidade e bom preço, mas que muitos ainda desconhecem na gôndola do supermercado o que é de cooperativa ou não. Por isso, é necessário cada vez mais investir em comunicação para mostrar para a população os reais atributos deste sistema chamado cooperativismo e o quanto ele contribui na geração de desenvolvimento local, com empregos, distribuição de renda e fazendo as pessoas mais felizes”, destaca.