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Lucas Simas de Oliveira Moreira, chefe da Fazenda Experimental da Coamo, participou do evento e falou sobre a "realidade da dessecação do campo ao mercado" |
Os avanços obtidos pela pesquisa agropecuária no Brasil nos últimos 40 anos foram enaltecidos nos discursos realizados na abertura do VIII Congresso Brasileiro de Soja, na noite de 11 de junho, no Centro de Convenções de Goiânia (GO). O evento foi promovido pela Embrapa Soja com o tema “Inovação, tecnologias digitais e sustentabilidade da soja”. Reuniu mais de 2.000 pessoas envolvidas em todas as etapas da cadeia produtiva da soja, contou com cinco conferências, 16 painéis temáticos, 50 palestras, além de 340 trabalhos científicos apresentados em forma de pôsteres.
O engenheiro agrônomo Lucas Simas de Oliveira Moreira, chefe da Fazenda Experimental da Coamo, participou do evento e falou sobre a "realidade da dessecação do campo ao mercado", no painel com o tema "Efeito da dessecação em lavouras de soja".
Os avanços na produtividade e a transformação do país importador de alimentos em um dos maiores exportadores do mundo foram lembrados, sempre apontando o desenvolvimento da pesquisa feita tanto pela Embrapa, quanto pelas universidades e pela iniciativa privada, como propulsores desse salto produtivo.
“O Brasil conseguiu mudar a história de sua produção agrícola de forma sustentável e hoje é capaz de alimentar até sete vezes sua população. O que o país fez nessas últimas quatro décadas não tem precedentes em lugar nenhum do mundo”, apontou o presidente em exercício da Embrapa, Celso Moretti.
Em seu discurso de abertura, o pesquisador da Embrapa e presidente do Congresso, Alexandre Cattelan, falou sobre a possibilidade de o Brasil se tornar já na próxima safra o maior produtor de soja do mundo e ressaltou como a cultura é importante para a economia do país. “O agronegócio tem possibilitado o superávit do agronegócio brasileiro e a soja é o carro chefe desse agronegócio. Além disso, a soja tem contribuído também significativamente para o IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] das regiões produtoras. Com isso, aumentando a qualidade de vida das pessoas nas regiões de expansão agrícola.”
Catellan destaca o caráter estratégico da soja para o Brasil e diante disso defendeu o investimento em pesquisa pública para garantir a independência tecnológica nacional. “A pesquisa pública se preocupa com todos os aspectos produtivos e não somente com aqueles que geram lucro. Cabe a toda a sociedade defender o investimento em pesquisa e acompanhar as decisões que podem afetar isso”, lembra.
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