Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 485 | Outubro de 2018 | Campo Mourão - Paraná

MEIO AMBIENTE

Coamo participa de Conferência Mundial sobre Meio Ambiente

Representantes da Coamo na Conferência Mundial do Meio Ambiente, na França

O engenheiro agrônomo e diretor-secretário da Coamo, Ricardo Accioly Calderari, participou recentemente em Lille, na França, da Conferência Mundial sobre Meio Ambiente, promovido pela Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS). Calderari representou a cooperativa acompanhado do gerente de Organização e Gestão da Qualidade, Mário Lino Arantes, e do trader Carlos José Antunes dos Santos, da gerência Comercial de Produtos Agrícolas.

A Conferência Mundial contou com a participação de dezenas de autoridades de mais de 40 países dos cinco continentes, ligadas à cadeia produtiva da soja para discutir questões de produção e fornecimento, incluindo o papel dos governos e dos riscos sociais, e definir ações para aumentar a demanda por soja responsável, em benefício dos produtores, do meio ambiente e das comunidades locais. O setor produtivo brasileiro participou pela primeira vez deste evento, representado por seis cooperativas agrícolas - cinco do Estado do Paraná e uma de Goiás, que juntas, representam 11% da produção brasileira de soja.

Para Calderari, a participação do Brasil foi de fundamental importância, já que o setor produtivo teve a oportunidade de rebater várias críticas feitas ao país a respeito da sua produção agrícola e do meio ambiente. “Foi uma excelente oportunidade. Mostramos ao mundo que o Brasil não é o que eles pensam. Escutamos críticas de estrangeiros e até mesmo de brasileiros, de pessoas mal intencionadas, que com interesses diversos, querem mostrar ao mundo um Brasil que não cuida do meio ambiente, quem tem terras estéreis e agricultores que não usam tecnologia e estão empobrecendo, o que é uma grande mentira. Mostramos que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente, aumenta sua produção exatamente por contar com agricultores tecnificados, empreendedores e preocupados com a natureza.”

Na opinião do diretor-secretário da Coamo, outros países produtores de soja estão na verdade assustados com o crescimento agrícola do Brasil e fazendo de tudo para complicar e rebaixar a agricultura brasileira. “Nós produzimos bem e com responsabilidade.

Indagamos os representantes de outros países se eles tinham o CAR [Cadastro Ambiental Rural] e ninguém tinha, por isso ficaram mudos. Apresentamos também que no Sul do Brasil 20% da área de uma propriedade rural é destinada para reserva legal, no Cerrado esse número sobre para 35% e na Amazônia para 80%, e que o agricultor não tem nenhuma remuneração a mais por isso, bem, diferente do que vimos na Alemanha, por exemplo, onde qualquer área de mato é remunerada. Diante da posição brasileira eles ficaram silenciosos, calados.”

Outro ponto destacado por Calderari é a devolução e destinação correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas, onde o Brasil se destaca tirando anualmente do campo milhares de embalagens que poderiam prejudicar o meio ambiente. “Quando a gente vê notícias falando mal da nossa agricultura é porque tem alguma coisa por trás, outros interesses. Deu orgulho a gente mostrar que o agricultor brasileiro faz muito bem a lição de casa e que o nosso país é o que melhor cuida do meio ambiente no mundo . E diante dessa afirmação, eles ficaram em silêncio.”

É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte. Os artigos assinados ou citados não exprimem, necessariamente, a opinião do Jornal Coamo.