Ivaiporã encerra Mulher Atual

Mulheres do campo de diversas regiões têm tido a oportunidade de despertar uma nova postura frente a desafios pessoais, sociais e profissionais. Elas estão participando do curso Mulher Atual, realizado pela Coamo em parceria com o serviço nacional de aprendizagem rural (Senar). Na comunidade Alto Porã, em Ivaiporã (Centro-Norte do Paraná), o curso reuniu cooperadas, esposas e filhas de cooperados. Elas tiveram acesso a assuntos ligados aos aspectos culturais, emocionais, profissionais, sociais e ambientais.

Para Valquíria Carneiro de Góes, o que aprendeu no curso já conseguiu aplicar em casa. “Muito do que aprendemos, sabemos que deveríamos mudar em casa, mas falta aquele choque, para que se caia na realidade e aconteçam  mudanças. Agora eu e meu marido aumentamos nosso diálogo, procurando de fato colocar em prática muito do que conversávamos e juntos sempre chegarmos num consenso”, revela.

Augusta Miglioli Martins carrega uma série de valores. “Agora fica a amizade, o respeito, a humildade, a partilha e a importância da convivência em sociedade. Eu também mudei em casa, aplicando aquilo que a instrutora falou no curso. Sem dúvidas, deixa a mulher do campo mais feliz,”, considera.

Juliana Rocha Góes ressalta o quanto aprendeu durante o evento. “Por meio do curso adquiri mais conhecimento, aprendi coisas novas, mudou tudo em minha vida, até mesmo a convivência dentro de casa. Outro aspecto importante foi a valorização da mulher, pois se ela se valoriza, isso é transmitido para os demais. São coisas que muitas vezes conhecíamos, mas não sabíamos aplicar. Então, isso vai mudar e já está mudando bastante a minha maneira de pensar e agir”, revela a participante.

Segundo a instrutora do Senar, Elaine Gasparello, o objetivo é despertar nas mulheres o senso de participação e envolvimento nos negócios, contribuindo dentro e fora da porteira. “O foco do Mulher Atual é incentivar as mulheres a participar não só no serviço da casa, mas também na parte administrativa da propriedade. Trabalhamos a sucessão familiar, algo muito importante que tem que ser passado aos filhos, pois a visão que se passa é que a agricultura não tem objetivo, o que não é verdade. Os objetivos existem e temos uma grande necessidade de trabalhar essa sucessão para a continuidade da profissão. Isso tudo com o apoio dos maridos, as enxergando como colaboradoras na administração dos negócios da família.”