Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 439 | Agosto de 2014 | Campo Mourão - Paraná

Encontro de Inverno

Informação, um insumo indispensável

Oitava edição do Encontro de Inverno na Fazenda Experimental da Coamo apresentou novas tecnologias aos cooperados

Ano após ano, a Coamo realiza eventos técnicos com o objetivo de difundir tecnologias e manter o quadro social atualizado. Dentre esses eventos, os encontros de verão e de inverno na Fazenda Experimental reúnem um número expressivo de cooperados de toda a área de ação da Coamo.

Nos dias 30 e 31 de julho, foi realizada a oitava edição do evento de inverno. Ao todo, foram sete estações com temas atuais. Segundo o coordenador da Fazenda Experimental, Joaquim Mariano Costa, o encontro complementa a necessidade do cooperado em ter rentabilidade com sustentabilidade.  “O sistema de produção se integra. Temos nosso tradicional evento de verão em fevereiro e nesse de inverno complementamos aquilo que o cooperado tem que fazer no sistema para começar o verão”, ressalta. Ele ressalta a diversidade de tecnologias apresentadas. “Reunimos uma série de ações que trarão mais sustentabilidade e renda para a propriedade, além de  menos riscos. Quem participa sai na frente, pois complementa as informações que já têm.”

O gerente de Assistência Técnica da Coamo, Marcelo Sumiya, comenta que o objetivo dos eventos promovidos pelo Departamento Técnico é difundir tecnologias. “Entendemos que encontros como esses contribuem positivamente para as ações e atividades desenvolvidas pelos associados da Coamo.” Ele também ressalta que os encontros de verão e o de inverno estão interligados, pois as práticas adotadas em uma safra contribuem diretamente no resultado da outra. “Por isso é importante que os cooperados participem dos encontros. Os assuntos estão sempre interligados e a participação melhora o conhecimento”, diz.

De acordo com o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, esse é um importante trabalho realizado pela cooperativa. “Temos o apoio das entidades de pesquisa e também dos nossos técnicos que acompanham aqui e no campo. A Coamo dá uma estrutura boa para todos cooperados tanto nas lavouras de verão quanto de inverno, trazendo sempre novas tecnologias e opções de renda para ele ser um agricultor moderno e produtivo obtendo boa renda.”

Alternativa para a alimentação animal

A atividade agrícola no inverno está mais vulnerável e suscetível a geadas. Uma situação indesejável, mas que o produtor rural pode tirar proveito, utilizando as lavouras de milho e trigo para a alimentação animal.

O médico veterinário, Hérico Alexandre Rosseto, do Detec da Coamo em Campo Mourão e coordenador de uma das estações, explica a razão para o primeiro passo ser a análise da fase fisiológica que a planta se encontra. “No caso de uma lavoura de milho, por exemplo, se já estiver na fase em que o enchimento de grãos é grande, também chamada de fase farináceo duro, onde o grão está mais da metade cheio, a planta está perfeita para se fazer a silagem. Estará com uma média de 30% de matéria seca que é o ideal para uma silagem de milho, pois a digestibilidade será alta e a qualidade de fermentação dentro do silo será muito boa”, orienta.

Segundo Rosseto existem também outros benefícios de realizar a silagem neste momento. “Teremos uma quantidade boa de carboidratos favorecendo a multiplicação das bactérias desejáveis para produzir o ácido láctico, mantendo essa silagem mais conservada com menos riscos de fermentação, por leveduras que fazem com que haja o apodrecimento da massa ensilada e o descarte por parte do produtor quando ele vai utilizar no arraçoamento dos animais.”

Renato Roque Mariani Junior (Pitanga), Wilson Aparecido Juliani (Guarapuava) e Hérico Alexandre Rossetto (Campo Mourão)

Hérico ainda enfatiza que essa técnica pode ser utilizada em outras lavouras como de aveia, triticale, cevada e centeio, desde que também estejam na fase fenológica. “Quando o produtor pegar na mão, e o grão estiver mole saindo um pouco de líquido, mas ainda não está leitoso é a hora certa. Mostramos ao produtor a viabilidade de se por ventura acontecer uma geada na sua área, ele poderá utilizar isso para a alimentação animal conservando da melhor maneira possível, sem perdas muito grandes na qualidade nutricional e aproveitamento dos resultados produtivos para estes animais, sejam gado de leite ou de corte”, esclarece.

Outro alerta que o veterinário faz é em relação a qualidade desta silagem. “Precisa ser muito bem feita. No caso do trigo o produtor vai ter nos cereais de inverno uma única chance e no caso do milho terá que esperar seis meses para fazer uma próxima silagem. Então, se ele errou em momentos particulares como um ou dois minutos para afiar a faca, seja cedo ou depois do almoço, terá repercussões na qualidade da sua silagem.”

Planejar para não errar

Segunda safra de milho ganhou destaque no encontro. Objetivo foi mostrar aos cooperados que para uma boa safra é preciso planejar e seguir as recomendações técnicas

Assim como no encontro de verão, o sistema de produção envolvendo soja e milho safrinha foi um dos destaques no evento de inverno. O objetivo principal foi mostrar que é possível ter sucesso com as duas culturas, desde que seguidas as recomendações técnicas. Nesse sentido, a palavra-chave é planejamento, conforme explica o engenheiro agrônomo Paulo Henrique Boeing Noronha Dias, do Detec da Coamo em Campo Mourão e coordenador da estação. “A soja continua sendo a principal safra do ano e o milho safrinha um incremento da renda. Portanto, o planejamento deve levar em consideração, primeiramente, a lavoura de verão”, observa.

De acordo com o agrônomo, é possível ter também uma boa safrinha. “Um sistema bem feito é aquele que se tem sucesso com as duas safras, claro, que em condições normais de clima. Deve ser levado em conta a característica de cada região e investir em variedades e ciclos com melhor desempenho para cada cenário”, comenta Dias.

Ezequiel Segatto (Mangueirinha), Carlos Eduardo Brandão (Tupãssi), Diego Ferreira de Castro (Mamborê) e Paulo Boeing (Campo Mourão)

O agrônomo destaca que os experimentos na Fazenda da Coamo mostram que os cooperados que apostam em soja de ciclo normal estão tendo mais sucesso com a cultura e também com a safrinha. “É exatamente o que está acontecendo no campo. Quem está colhendo safrinha acima da média talvez tenha tido problemas com a soja devido a época de plantio. Já quem utilizou soja de ciclo normal produziu bem soja e também milho safrinha.” O trabalho na Fazenda Experimental está no segundo ano e terá sequência por mais algum tempo para que se obtenha resultados mais conclusivos.

Júlio Cezar Franchini

PESQUISA - O pesquisador da Embrapa Soja, Júlio Cezar Franchini, reforça a importância do planejamento para o sucesso do ano agrícola. “De uma maneira geral, os agricultores têm plantado soja mais cedo para depois cultivar safrinha de milho. É preciso tomar cuidado. Em muitos casos, a preocupação é ganhar dinheiro com o milho safrinha, sendo que na verdade a cultura mais importante do sistema é a soja. Não há como compensar perdas na soja com o milho, pois a diferença é de três por um. O melhor é buscar sempre orientação técnica para definir a melhor época para o plantio e as variedades que serão utilizadas”, observa Franchini.

Henrique Debiasi

Outra recomendação do pesquisador é para que se utilizem variedades e híbridos com ciclos e época de plantio diferentes. “Nenhum ano é igual ao outro quando o assunto é clima. Uma forma de tentar amenizar problemas é utilizar materiais diferentes. No final, a média acaba sendo melhor do que quando utiliza-se apenas uma cultivar de soja ou híbrido de milho”, salienta Franchini.

Henrique Debiasi, também pesquisador da Embrapa Soja, comenta que é possível ter renda com as duas culturas, mas a safrinha deve entrar como incremento. “É preciso tomar cuidado para não usar o milho para reparar erros na soja, que tem um valor agregado muito maior. Em muitos casos, o produtor está pagando para plantar milho devido ao mal planejamento do sistema produtivo. É possível inserir o milho safrinha, mas sem comprometer a soja e é para isso que o produtor precisa se atentar”, assinala.

Híbridos de milho em destaque

Um bom planejamento do milho de segunda safra, começa com a escolha do híbrido. Uma estação no Encontro mostrou os vários materiais existentes abordando características, precocidade, potencial produtivo e defensividade. “São híbridos para todas as regiões. O que deve ser levado em conta é a condição do solo, o clima e a época do plantio para alcançar o máximo do potencial produtivo”, comenta o agrônomo Odair Johanns, do Detec da Coamo em Goioerê e coordenador da estação.

Odair Johanns (Goioerê), José Petruise Ferreira Júnior (Peabiru) e Brasil dos Reis (Engenheiro Beltrão)

Ele conta que nos últimos anos houve um grande avanço com lançamento de novos híbridos, o que tem viabilizado mais investimento por parte dos cooperados na

Pedro Shioga, pesquisador do Iapar

busca por melhores produtividades. “As lavouras têm respondido aos investimentos e a tendência é que os agricultores continuem apostando no milho safrinha”, diz.

O pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Pedro Sentaro Shioga, ressalta que o milho de segunda safra já deixou de ser safrinha e que no Paraná a área de cultivo ultrapassa dois milhões de hectares, contra cerca de 700 mil hectares da cultura no verão. “A safrinha se consolidou como importante safra que trabalhada com

planejamento e seguindo as recomendações técnicas garante uma boa renda aos agricultores”, pondera. 

Na visão dele, o agricultor tem feito a parte dele e em anos de clima favorável, como este, a produção tem sido boa. “Estamos vendo uma grande produção, e isso é graças aos investimentos e também ao clima que contribuiu. É preciso que os agricultores continuem fazendo a sua parte para que as produtividades possam crescer ainda mais. Contudo, deve haver um bom planejamento para que o crescimento possa ser sustentável.”

Manejo integrado para evitar doenças

José Eduardo Frandsen Filho (Pitanga), Juliano Seganfredo Campo Mourão, Leandro Mansano Martines (Pinhão) e José Marcelo Fernandes Rúbio (Mamborê)

Dentre os temas abordados no Encontro de Inverno, um assunto que sempre se destaca é o manejo das doenças de milho. Com o aumento de áreas produtivas, é inevitável o surgimento de mais doenças. Diante dessa nova realidade que o setor agrícola vive, se faz cada vez mais necessária a utilização do controle químico, alternativa eficiente mas que exige um manejo adequado para que não se perca o potencial produtivo na hora da colheita.

Segundo o engenheiro agrônomo, Juliano Seganfredo, do Detec de Campo Mourão, as doenças evoluíram nos últimos anos, assim, se não houver um correto manejo há uma significativa influência nas produtividades. “Percebemos regiões onde não há um controle adequado dessas doenças com a perda de até 60% do potencial produtivo do milho”, explica.

Seganfredo alerta que o controle químico é um dos meios de controle mais eficiente das doenças. “O custo da aplicação do fungicida está se pagando e sobrando para o produtor, devido a essa perda expressiva em decorrência das doenças. Porém, quando falamos em manejo de doenças, não falamos apenas do controle químico, temos várias ferramentas para manejar. Deve haver a escolha do material certo para cada região, o manejo de fertilidade, atenção para a época de plantio, formando assim um manejo integrado de doenças.”

O técnico ainda enfatiza a importância de o produtor rural saber identificar as doenças. “Além de controlar ele deve saber quais são as doenças que tem na área. O monitoramento é muito importante desde o plantio até a colheita para que se saiba o manejo certo”, orienta o engenheiro agrônomo.

FALA COOPERADO

Helton Alencar de Matos, de Dourados (Mato Grosso do Sul) – “Sou cooperado recente, e é a primeira vez que participo de um encontro em Campo Mourão. É um evento que ajuda a tirar dúvidas e mostra várias novidades. Também achei importante a integração com colegas cooperados de outras regiões para que possamos trocar informações.”

Donizete Tavares Tegon, de Tupãssi (Oeste do Paraná) – “Estamos sempre à procura de novas tecnologias e os encontros promovidos pela Coamo são ótimas oportunidades para conhecê-las. Agradeço a cooperativa pela chance que tivemos de obter mais conhecimento e de ter um contato direto com a pesquisa.”

Brigite Kreuscher, de Pinhão (Centro-Sul do Paraná) – “É o terceiro ano seguido que venho ao Encontro de Inverno e eu adoro participar, pois sempre levo alguma ideia boa que dá certo. Aqui vemos pessoas diferentes e com ideias diferentes. É uma forma de trocar experiências e investir na nossa propriedade. ”

Ezequiel Grande, de Palmital (Centro do Paraná) – “Vemos muitas novidades que podemos aplicar no nosso dia a dia. Por exemplo, nestes encontros já aprendi muito sobre integração lavoura com pecuária. Sem conhecimento o produtor não chega a lugar nenhum. Por este motivo, sempre acompanho as novidades e participo dos eventos técnicos.”

Quebrando tabus

Demonstrar na prática a importância de manter um banco de palhada no sistema de produção e quebrar velhos tabus, que indicam a necessidade de gradeação da área de pastagem perene para a implantação de lavouras. Estes foram os objetivos da estação que tratou o tema sobressemeadura a lanço de gramínea forrageira em soja e plantio direto de soja sobre gramínea perene.

Responsável pela estação, o médico veterinário Clécio Hansen Mangolin, do Departamento Técnico da  Coamo em Goioerê, explica que o experimento foi realizado em uma área de pastagem de mais de 14 anos, onde foi implantada a cultura da soja em sistema de plantio direto. O resultado, segundo Mangolin, foi bem semelhante ao de áreas que não eram utilizadas para integração. “Conseguimos comprovar que é possível reformar as pastagens sem precisar usar a grade. Mas é bom deixar claro que o solo que utilizamos é bastante fértil e vem sendo corrigido ao longo dos anos”, explica.

A sobressemeadura de forrageiras a lanço na cultura da soja também mereceu destaque na estação, que mostrou a possibilidade de antecipar a cobertura do solo em pelo menos 40 dias, garantido a entrada dos animais mais cedo na área, ganho de peso do rebanho e aumento da lotação animal por hectare.

Clécio Jorge Hansen Mangolin (Goioerê), Sandro Colaço Vaz (Engenheiro Beltrão) e Adriano Regiani Pereira (Mamborê)

O técnico da Coamo também indica qual a espécie de gramínea mais indicada para o sistema, que pode ser implantada em todas as regiões onde a cooperativa está presente, desde que o manejo seja realizado de forma correta. “O manejo é a chave de tudo. O cooperado deve procurar o departamento Técnico da Coamo que todos estão bem treinados. Quanto às gramíneas, pode ser utilizado a brachiária ruzizienses, em primeiro lugar, pois é a que mais se adequa a tecnologia. Também podemos introduzir a decumbens, tanzânia e aruana, além do milheto”, sugere o veterinário.

O sistema propõe a quebra do mito da compactação de solo por conta do pisoteio dos animais. Tanto que resultados finais apontam, conforme Mangolin, um aumento da produtividade em até duas sacas de soja por hectare. “Se o manejo for bem feito não haverá problemas de compactação. Conseguimos provar o contrário na nossa estação, mostrando que existe até um aumento dos resultados, comprovando que o boi não compacta solo. É uma verdadeira quebra de tabu”, comemora.

BENEFÍCIOS

Cobertura de solo antecipado; diminuição de pragas e ervas daninhas; diminuição de erosões; diversificação de renda da propriedade entre outros.

Pastagem com menor custo e mais fertilidade

Uma das novidades apresentadas no Encontro de Inverno, foi a reforma de pastagem em sistema de plantio direto. Entre as vantagens destacadas, está o menor custo e manutenção da fertilidade do solo. “No sistema convencional é utilizada grade e arado e o revolvimento do solo pode causar erosão e perdas de fertilidades, sem contar possíveis problemas com ervas daninhas, pois as sementes que estão em estágio de latência voltam a germinar. Já o sistema de plantio direto, além de mais barato se torna mais eficiente”, destaca o médico veterinário Fabiano Camargo, do Detec da Coamo em Campo Mourão e coordenador da estação.

De acordo com ele, utilizando o sistema de plantio direto o cooperado gasta 48% a menos quando comparado ao convencional. Isso quando não for preciso utilizar herbicidas para controlar plantas invasoras.

Sandro Rodrigo Klein (Roncador), Mairon da Nobrega Nogoceke (Reserva), Fabiano Camargo (Campo Mourão) e Vinicius Dziubate de Andrade (Ivaiporã)

Se for necessário, essa diferença sobe para 121%. “É uma prática que veio para inovar a pecuária. Além do custo direto, também tem a questão de utilizar menos maquinários e conservar o solo com boa nutrição”, assinala Camargo.

O veterinário diz que o primeiro passo é fazer uma análise do solo e depois definir as ações de adubação para as correções necessárias. “Vemos muitos casos de produtores utilizando produtos aleatoriamente pensando que estão corrigindo o solo quando na verdade não estão. O correto é fazer uma análise para saber do que o solo realmente precisa”, orienta e acrescenta que o cooperado deve utilizar sementes fiscalizadas, sempre com valor cultural acima de 50.

Novas tecnologias para o trigo

Cultura milenar, tão importante quanto à própria atividade, o trigo é um cereal capaz de fazer a diferença no sistema de produção, sendo também um grande aliado no controle de plantas daninhas. No Encontro de Inverno deste ano os cooperados viram que quando bem conduzido, a cultura garante um bom resultado reduzindo, principalmente, os custos com a adubação da lavoura subsequente, no caso, a soja.

Para o evento foram selecionadas 17 variedades de quatro parceiras da Coamo (Embrapa/Fundação Meridional, Iapar, Coodetec e Biotrigo), com características variadas para todas as regiões da cooperativa no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Todas, segundo os detentores, são destaques pelo potencial produtivo e alta qualidade de grão, cumprindo a exigência de mercado.

Guilherme Montenegro Savio (Luiziana), Breno Rovani (Campo Mourão), Ronaldo Mozer Carvalho (Faxinal) e Luis Cesar Voytena (Campo Mourão)

“Procuramos passar todas as características dessas variedades desde os pontos fortes até os fracos, até porque não existe variedade perfeita”, afirma o agrônomo da Coamo, Breno Rovani, responsável pela estação.

O técnico alerta para a necessidade de se escalonar o plantio e as variedades do cereal, como forma de correr menos riscos e garantir a produtividade e sanidade das lavouras, que quando mal manejadas podem ser atingidas por condições climáticas adversas, pragas e doenças. “O ideal é que o produtor conheça bem a variedade e faça escalonamento tanto do material como da época de implantação. Isso ajuda muito”, alerta Rovani, lembrando que em se tratando de trigo o plantio deve ser sempre com seguro agrícola ou Proagro.

PALAVRA DA PESQUISA

Manoel Carlos Bassói, Embrapa

Francisco Franco, Coodetec

Carlos Riede, Iapar

Luiz Cesar Tavares, Embrapa

Para Manoel Carlos Bassói, pesquisador da área de melhoramento de variedades da Embrapa, o portfólio apresentado durante o evento atende as necessidades do agricultor e da indústria, que tem exigido alta qualidade do produto. “As variedades têm melhorado muito e neste evento preparamos parcelas com o que temos de melhor, que podem atender triticultores de todas as regiões”, acrescenta.

Exposição de maquinários de empresas parceiras durante o encontro

O pesquisador Carlos Riede, melhorista do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), acrescenta que a indústria tem priorizado materiais que permitam misturas, como o trigo melhorador. “Essa é a função dos materiais que mostramos aqui. São variedades que permitem que a indústria faça misturas com outras variedades mais fracas”, diz Riede, informando que o Iapar tem trabalhado na

Técnicos da Coamo e pesquisadores presentes no evento

linha de melhoramento de trigo para que tenham alta qualidade para panificação, entre outras. “Também estamos focando a sanidade dos materiais, tornando-os mais resistentes as doenças”, lembra.

Na mesma linha de pensamento a Coodetec demonstrou materiais com qualidade de grãos e alta produtividade. Segundo o pesquisador Francisco Franco, também de área de melhoramento, a instituição busca aprimorar matérias com tolerância a calor, seca e doenças como brusone, ferrugem e mancha de folha. “Queremos dar oportunidade ao produtor de fazer a escolha do melhor material que se encaixa no sistema de tecnologia”, afirma.

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