Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 516 | Agosto de 2021 | Campo Mourão - Paraná

PLANTIO DE VERÃO

MAIS UMA SAFRA VEM AÍ

Uma lavoura começa com a escolha da semente. A Coamo por meio de parceria com os maiores obtentores, disponibiliza aos cooperados a melhor genética de cultivares do mercado com a máxima qualidade das Sementes Coamo. A instalação de uma lavoura de soja requer um planejamento adequado e racional das operações e dos insumos. O uso correto de fertilizantes, herbicidas, inseticidas, nematicidas, micronutrientes, adjuvantes, fito hormônios, sementes certificadas, tratadas com a qualidade do Tratamento de Semente Industrial (TSI) e o uso de equipamentos que permitam a melhor performance na distribuição no campo fazem parte do caminho certo para altas produtividades.

Esta etapa, se bem realizada, determina grande parte do sucesso do empreendimento e de um ciclo produtivo que é de 130 a 140 dias. “O sucesso de uma lavoura está diretamente ligado ao plantio. É pertinente reforçar alguns cuidados no plantio para proporcionar um melhor estabelecimento das plantas”, comenta o chefe do departamento de Análises de Sementes da Coamo, Cleber Dienis Voidelo.

De acordo com ele, no campo, pequenas variações de população na cultura da soja não interferem significativamente no rendimento da lavoura. “Prova disso é a amplitude de recomendação da população das cultivares, efetuada pelos próprios obtentores, cuja variação, pode chegar a mais de 20% entre a população mínima e a máxima recomendada, sem afetar a produtividade, e as plantas devem estar bem distribuídas no espaço, sem falhas e nem duplas”, explica.

De maneira geral, as cultivares são indicadas para plantio em uma época tolerada, e outra preferencial, podendo assim, expressar todo o seu potencial produtivo. A população recomendada varia em função da época de plantio, da altitude e latitude da região.

Principais pontos para um bom plantio

Equipamento

O equipamento de plantio é peça fundamental para que a operação tenha êxito. O associado deve estar atento aos mecanismos do equipamento, dentre eles o tipo de dosador de semente, limitador de profundidade e o compactador de sulco, que devem estar em boas condições. Também devem ficar atentos a fluidez das sementes nos dutos e, se necessário, utilizar produtos que conferem estas características sem causar prejuízo às sementes.

Umidade do solo

O plantio deve ser efetuado em condições ideais de umidade do solo, ou seja, após as chuvas terem reposto a quantidade de água no solo. A semente de soja, para a germinação e a emergência da plântula, requer absorção de água de, pelo menos, 50% do seu peso seco. Para que isso ocorra, deve haver umidade adequada e aeração do solo, e a semeadura deve propiciar o melhor contato possível entre solo e semente. Semeadura em solo com insuficiência hídrica, ou "no pó", prejudica o processo de germinação, podendo torná-lo mais lento, expondo as sementes às pragas e aos microorganismos do solo, reduzindo a chance de obtenção da população de plantas desejadas. Sementes com umidade abaixo de 14 - 13%, podem sofrer com danos de embebição, se plantadas em condições de baixa umidade do solo e ocorrerem chuvas volumosas posteriormente, não vindo a germinar.

Temperatura do solo

O intervalo de temperatura para o cultivo da soja é de 20 a 30ºC sendo o ideal 25ºC. Temperaturas baixas ou excessivas prejudicam a germinação e o desenvolvimento das plantas.

Velocidade de operação da semeadora

A velocidade ideal de deslocamento está entre 4km/h e 6km/h, dependendo, principalmente, da uniformidade da superfície do terreno e do tipo de equipamento utilizado.

Profundidade

As sementes de soja devem ser semeadas à uma profundidade de 3 a 5 cm. Semeaduras em profundidades maiores dificultam a emergência, principalmente em solos arenosos, sujeitos ao assoreamento, ou onde ocorre compactação superficial do solo.

Posição semente/adubo

O adubo deve ser distribuído ao lado e abaixo da semente. O contato direto prejudica a absorção da água pela semente, podendo até matar a plântula em crescimento, principalmente em caso de dose alta de cloreto de potássio no sulco (acima de 80 kg de KCl/ha).

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