Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 516 | Agosto de 2021 | Campo Mourão - Paraná

SEGUNDA SAFRA

Seca e geadas prejudicam safra de milho e trigo no inverno

As lavouras de inverno sofreram com o clima neste ano. Conforme o mais recente levantamento da gerência de Assistência Técnica da Coamo, mais de 50% das lavouras de milho na área de ação da Coamo já foram colhidas e deverão apresentar perdas de 45% na produtividade. A queda é resultado da estiagem, pragas e geada, tudo em uma mesma safra, que foi bastante desafiadora.

As geadas e a falta de chuva registradas no mês de agosto também causaram perdas no trigo. De acordo com o levantamento, a redução na produção chega a 15%.

No Paraná, segundo dados da Secretaria de Estado da Agricultura, houve quebra de 58% do milho segunda safra. Se no início da temporada a expectativa era colher 14,6 milhões de toneladas, o volume agora deve cair para 6,1 milhões de toneladas.

O gerente de assistência Técnica, Marcelo Sumiya, lembra que as dificuldades com a segunda safra começaram antes mesmo de ser implantada, já que houve atraso significante no plantio, impactado pela safra de verão. “As lavouras de verão, principalmente a soja, tiveram atraso na semeadura devido a falta de chuva em setembro. Com isso, houve retardo na colheita e, consequentemente, impactou no planejamento do milho segunda safra”, comenta.

Sumiya recorda que além da falta de chuva e geada, as lavouras em algumas regiões sofreram com ataque de cigarrinhas. “O resultado oscila conforme a região. Temos cooperados que colheram bem, assim como, quem perdeu praticamente 100% da lavoura.” Contudo, se não fosse a geada, a produção de milho poderia ainda ser satisfatória. “Isso seria motivado pela tecnologia empregada nas lavouras. Mesmo com o atraso no plantio e falta de chuva no desenvolvimento, as plantas estavam se recuperando bem. Porém, vieram duas geadas e causaram danos mais severos.”

Em relação ao trigo, Sumiya observa que a maior parte das lavouras estava em fase de frutificação e enchimento de grão, quando ocorreram as geadas, principalmente a última registrada. De acordo com ele, há ainda preocupação com perdas ocasionadas pela falta de chuva. “É um cenário que ainda traz desafios, principalmente, para a aplicação dos defensivos, seja para controle de pragas, doenças ou manejos nutricionais. Orientamos que as decisões dos cooperados sejam tomadas em parceria com a assistência técnica da Coamo”, assinala.

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