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José Nivaldo Mota, de Fênix (PR), tem um cuidado diferenciado com todos os equipamentos e maquinário do seu local de trabalho |
Pessoas e empresas estão sempre em busca de formas para melhorar sua eficiência e com isso, economizar tempo. Uma ferramenta que pode ser utilizada é o Programa 5S, que consiste em métodos e preceitos para tornar o ambiente de trabalho mais organizado, simples, seguro e eficiente. Conhecido também como Sistema dos 5 Sensos, deriva de expressões japonesas utilizadas para identificar cada um dos princípios que o compõem: Seiri (Senso de Utilização), Seiton (Senso de Organização), Seiso (Senso de Limpeza), Seiketsu (Senso de Padronização) e Shitsuke (Senso de Autodisciplina).
O foco do 5S é a organização, muito além da gestão. O cooperado José Nivaldo Mota, de Fênix (Centro-Oeste do Paraná), faz uso desse programa em sua propriedade. Nivaldo tem um cuidado diferenciado com todos os equipamentos e maquinário do seu local de trabalho. “Eu acho melhor para trabalhar com planejamento e organização. Fica muito mais fácil, tudo que vou pegar está no lugar, não preciso perder tempo procurando onde estão as coisas.”
Nos sensos de utilização e organização, o cooperado deixa à disposição somente as ferramentas que utiliza para o trabalho nas máquinas, e tudo é separado conforme tamanho, e para cada maquinário. Tudo para otimizar o tempo e para encontrar o que precisa de maneira mais rápida. Para ele, o objetivo é encontrar o que necessita de forma a reduzir o tempo que a atividade ficaria parada enquanto procura determinada ferramenta. “Na propriedade a gente mexe com muitos itens, então se não tiver lugar certo para colocar, acabo perdendo tempo. As vezes se tem o objeto para trabalhar, mas não o encontra porque não colocou no lugar adequado”, acrescenta.
Já no senso de limpeza, Nivaldo mantém o maquinário e o ambiente de trabalho com o máximo de higienização. Assim que termina uma safra, ele tem o costume de fazer a manutenção, lavar, polir e guardar o maquinário, para que na próxima safra esteja tudo em ordem. Além de aumentar a durabilidade dos equipamentos de serviço. “Sempre gostei de cuidar do maquinário como cuido de um carro, mantenho sempre limpo e bem cuidado, principalmente as máquinas que uso para trabalhar. Então é importante que estejam arrumadas e funcionem bem quando eu for usar no plantio ou colheita. Além do mais, quando vamos trabalhar e a máquina está 100%, não perco tempo arrumando maquinário porque fiz a manutenção enquanto estava com tempo ocioso”, afirma.
O ambiente de trabalho também sempre está em boas condições de limpeza, para garantir a sanidade e segurança do cooperado e de quem utiliza o ambiente.
O quarto senso, de padronização, e o último, de autodisciplina, são responsáveis por conservar todos os outros sensos. Nivaldo pratica essa organização há anos e, segundo ele, ensina também os filhos para manterem a ordem na propriedade.
O engenheiro agrônomo da Coamo em Fênix, Ulysses Marcellos Rocha Netto, afirma que esse capricho que Nivaldo tem com a oficina e os maquinários, reflete na facilidade de trabalhar e economiza o tempo do cooperado. “O zelo com a oficina, maquinário e ferramentas chama a atenção, e essa prática está muito ligada ao Programa 5S que a Coamo realiza com os funcionários.”
Outro fator que faz a diferença, segundo o agrônomo, é o cuidado com os maquinários, que evita que ele passe sufoco na hora do plantio, colheita ou aplicação. “Ele tem esse capricho, revisa e cuida do maquinário e, isso resulta em mais produtividade, devido a essa otimização do tempo, que nem todo produtor costuma ter”, afirma.
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José Nivaldo Mota mantém todas as ferramentas devidamente organizadas no barracão de máquinas. Placa antiga da Coamo mostra história da cooperativa com a família |
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