Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 516 | Agosto de 2021 | Campo Mourão - Paraná

ORGANIZAÇÃO E PLANEJAMENTO

5S NA LAVOURA

José Nivaldo Mota, de Fênix (PR), tem um cuidado diferenciado com todos os equipamentos e maquinário do seu local de trabalho

Pessoas e empresas estão sempre em busca de formas para melhorar sua eficiência e com isso, economizar tempo. Uma ferramenta que pode ser utilizada é o Programa 5S, que consiste em métodos e preceitos para tornar o ambiente de trabalho mais organizado, simples, seguro e eficiente. Conhecido também como Sistema dos 5 Sensos, deriva de expressões japonesas utilizadas para identificar cada um dos princípios que o compõem: Seiri (Senso de Utilização), Seiton (Senso de Organização), Seiso (Senso de Limpeza), Seiketsu (Senso de Padronização) e Shitsuke (Senso de Autodisciplina).

O foco do 5S é a organização, muito além da gestão. O cooperado José Nivaldo Mota, de Fênix (Centro-Oeste do Paraná), faz uso desse programa em sua propriedade. Nivaldo tem um cuidado diferenciado com todos os equipamentos e maquinário do seu local de trabalho. “Eu acho melhor para trabalhar com planejamento e organização. Fica muito mais fácil, tudo que vou pegar está no lugar, não preciso perder tempo procurando onde estão as coisas.”

Nos sensos de utilização e organização, o cooperado deixa à disposição somente as ferramentas que utiliza para o trabalho nas máquinas, e tudo é separado conforme tamanho, e para cada maquinário. Tudo para otimizar o tempo e para encontrar o que precisa de maneira mais rápida. Para ele, o objetivo é encontrar o que necessita de forma a reduzir o tempo que a atividade ficaria parada enquanto procura determinada ferramenta. “Na propriedade a gente mexe com muitos itens, então se não tiver lugar certo para colocar, acabo perdendo tempo. As vezes se tem o objeto para trabalhar, mas não o encontra porque não colocou no lugar adequado”, acrescenta.

Já no senso de limpeza, Nivaldo mantém o maquinário e o ambiente de trabalho com o máximo de higienização. Assim que termina uma safra, ele tem o costume de fazer a manutenção, lavar, polir e guardar o maquinário, para que na próxima safra esteja tudo em ordem. Além de aumentar a durabilidade dos equipamentos de serviço. “Sempre gostei de cuidar do maquinário como cuido de um carro, mantenho sempre limpo e bem cuidado, principalmente as máquinas que uso para trabalhar. Então é importante que estejam arrumadas e funcionem bem quando eu for usar no plantio ou colheita. Além do mais, quando vamos trabalhar e a máquina está 100%, não perco tempo arrumando maquinário porque fiz a manutenção enquanto estava com tempo ocioso”, afirma.

O ambiente de trabalho também sempre está em boas condições de limpeza, para garantir a sanidade e segurança do cooperado e de quem utiliza o ambiente.

O quarto senso, de padronização, e o último, de autodisciplina, são responsáveis por conservar todos os outros sensos. Nivaldo pratica essa organização há anos e, segundo ele, ensina também os filhos para manterem a ordem na propriedade.

O engenheiro agrônomo da Coamo em Fênix, Ulysses Marcellos Rocha Netto, afirma que esse capricho que Nivaldo tem com a oficina e os maquinários, reflete na facilidade de trabalhar e economiza o tempo do cooperado. “O zelo com a oficina, maquinário e ferramentas chama a atenção, e essa prática está muito ligada ao Programa 5S que a Coamo realiza com os funcionários.”

Outro fator que faz a diferença, segundo o agrônomo, é o cuidado com os maquinários, que evita que ele passe sufoco na hora do plantio, colheita ou aplicação. “Ele tem esse capricho, revisa e cuida do maquinário e, isso resulta em mais produtividade, devido a essa otimização do tempo, que nem todo produtor costuma ter”, afirma.

José Nivaldo Mota mantém todas as ferramentas devidamente organizadas no barracão de máquinas. Placa antiga da Coamo mostra história da cooperativa com a família
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