Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 517 | Setembro de 2021 | Campo Mourão - Paraná

COMERCIALIZAÇÃO

MERCADO AGRÍCOLA EM PAUTA

Rogério Trannin de Mello, diretor Comercial da Coamo

Alexandre Mendonça de Barros falou sobre as perspectivas do mercado agrícola

As perspectivas dos Mercados Agrícolas’ foi tema de uma palestra realizada na noite de 31 de agosto, por meio do programa + Gestão, desenvolvido pela Coamo. O evento, transmitido pelo canal da cooperativa no YouTube, contou com palestra do professor Alexandre Mendonça de Barros e mediação do diretor Comercial da Coamo, Rogério Trannin de Mello.

De acordo com o diretor, há uma constante demanda por informações e a Coamo tem o comprometimento de manter os cooperados bem-informados. "O mercado agrícola é bastante volátil e orientamos para que eles acompanhem, e o principal de tudo: que saibam o custo de produção de suas lavouras para fazerem a comercialização da melhor maneira possível. A decisão de vender é sempre do cooperado”, diz.

Mello observa que saber como o mercado opera, facilita a tomada de decisão. “A Coamo segue o ritmo do cooperado. A cada momento procuramos o melhor preço. Geralmente, é a cooperativa que busca compradores, oferecendo os produtos. Atualmente, tem sido o inverso, o comprador está procurando a cooperativa, mas o cooperado está recuando, esperando o que ele entende ser o melhor momento para comercializar a sua produção.”

Conforme Barros, o mercado agrícola continua aquecido.

“Há uma dinâmica mundial de investimentos que cria uma demanda por alimentos. Estoque baixo, dólar alto e consumo elevado tem influenciado diretamente no aquecimento dos preços”, ressalta o professor.

De acordo com ele, até setembro do ano passado, os preços agrícolas em dólar foram os mais baixos em 12 anos, em Chicago. “Nós brasileiros não sentimos essa queda porque o real rapidamente se desvalorizou frente ao dólar. Essa desvalorização foi de fato muito importante para que os preços de soja começassem a subir.”

Ele entende que o dólar deverá continuar em alta devido ao cenário político do Brasil e os preços deverão se manter nesse patamar por alguns meses ainda. “O câmbio no Brasil se mantém aquecido, mas, por outro, lado vemos uma safra americana se impondo. Havia previsão de grandes perdas nos Estados Unidos devido ao clima. Porém, teve uma recuperação e a produção deverá ser perto do esperado, causando uma acomodação. Com isso, entendo que a saca ao redor dos R$ 160 é um bom valor. No meu entendimento, nos distanciamos de possível cenário de soja a R$ 200.”

Na opinião dele, os preços atuais devem ser aproveitados. “Não estamos falando aqui venda tudo ou não venda nada. Mas, particularmente hoje eu tenho dificuldade de ver preços muito acima do que vem sendo praticado, diante do quadro de boa safra americana. Falta um mês para definir a safra dos Estados Unidos e ainda poderemos ter alguma volatilidade, mas deve ser difícil algo novo e importante acontecer.”

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