Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 517 | Setembro de 2021 | Campo Mourão - Paraná

RESGATE HISTÓRICO

História preservada

Elizete Abreu Lacerda Bremm abre as portas da casa construída pelo bisavô há mais de 130 anos. Ela faz questão de manter viva a origem, num local com muitas recordações

O início da conversa com a cooperada Elizete Abreu Lacerda Bremm se remete ao ano 1890, num passado cheio de história e emoção. A começar pela casa que abriga a família, construída pelo bisavô há mais de 130 anos. Ela faz questão de manter viva a origem, num local com muitas recordações. A casa se impõe em meio as plantações e pastagens podendo ser avistada de longe, e fica na Fazenda Candói, município que leva o mesmo nome da propriedade, na região Centro- -Sul do Paraná.

A residência vem sendo repassada por gerações e a cooperada faz questão de preservar o local, conservando a estrutura o mais próximo do original. A religiosidade sempre fez parte da família, que mantém no interior da casa uma capela original da época. Algumas peças do passado foram aposentadas e viraram peças de decoração. Mas, cada uma com a sua importância na história da família.

Família faz questão de manter a casa o mais próximo da originalidade Elizete Bremm com a filha Talita e os netos

Família mantém no interior da casa uma capela original da época

Casal Nelson e Elizete Bremm

Dona Elizete conta que a casa começou a ser construída em 1890 e terminou no início de 1900. “Recordo o meu avô contando como foi a construção, da dificuldade de erguer toda essa estrutura. Essa casa representa muito para mim. É imponente, majestosa. Nunca imaginei minha vida longe daqui”, diz a cooperada que vive na casa junto com o marido Nelson Bremm. Na propriedade eles desenvolvem agricultura e pecuária.

Elizete recorda que passou toda a infância no local, em contato com a natureza e isso ajudou desenvolver a paixão pelo campo. Formada em medicina veterinária, a cooperada diz que foram muitos os bons momentos com a família. “Foi uma infância muito prazerosa. A vida no campo me proporcionou andar com os pés no chão e sentir o cheiro da terra molhada. São essas lembranças que nos mantém na propriedade até hoje.”

Ela sempre gostou de sair no campo, andar a cavalo, e isso impulsionou a ficar na propriedade. A mensagem de viver no campo também é repassada para a família e influenciou para que uma das filhas, Talita, se formasse em medicina veterinária e continuasse na propriedade, onde mora e trabalha com o marido, Mateus. “É uma honra ter a família por perto, cuidando de uma propriedade que foi conquistada há tanto tempo. É um orgulho e um compromisso muito grande continuar com esse trabalho.” Dona Elizete é a sétima geração da família e vê os netos morando junto na propriedade, crescendo no mesmo ambiente que ela tanto gosta.

A casa faz a cooperada recordar todos os dias da rotina que tinha com os pais, desde o amanhecer até o entardecer. “Na memória guardo muitas lembranças, quando ouvimos o cantar do galo e saíamos para tratar dos animais, para as atividades do dia a dia”, diz dona Elizete, extremamente emocionada.

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