Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 524 | Maio de 2022 | Campo Mourão - Paraná

MOMENTO COAMO

A COMERCIALIZAÇÃO DE COMMODITIES E PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

O Momento Coamo apresentado no canal da Coamo pelo YouTube na terça-feira, 17 de maio, respondeu estas questões com a participação de Carlos José Antunes dos Santos, gerente comercial de Commodities Industrializadas e de Wagner Schneider, gerente Comercial de Alimentos.

A área Comercial de Commodities Industrializadas trabalha para colocar no mercado os produtos industrializados pelas três fábricas da Coamo. A cooperativa tem uma história de mais de 50 anos e na área industrial isso acontece há mais de 40 anos, desde o início com o moinho de trigo em 1975 e a partir dos anos 1980 com a fábrica de esmagamento de óleo de soja. “A indústria começou pequena e foi evoluindo, e o nosso trabalho é justamente colocar esses produtos no mercado buscando a melhor condição de comercialização para remunerar o cooperado. Quando a gente industrializa soja, isso gera óleo de soja, farelo e casca de soja. Todos esses produtos quando comercializados compõem o preço que a Coamo vai pagar para os cooperados”, explica Carlos Antunes, acrescentando que no portfólio estão também os produtos do moinho de trigo e em breve os da fábrica de rações.

O óleo de soja com a marca Coamo chegou aos consumidores, inicialmente pela parceria com terceiros, diz Wagner Schneider, gerente Comercial de Alimentos. “Depois, com o aumento da demanda e a visão da diretoria, a Coamo construiu a sua própria fábrica de refino de óleo nos anos 1990. Do óleo em lata evoluímos bastante e chegamos à embalagem pet. Todo esse trabalho é feito para agregar mais valor à produção dos cooperados.” No processo de verticalização industrial vieram na sequência as linhas de margarinas e gorduras vegetais.

DIFERENÇAS

Mas, existe diferença entre comercializar commodities e produtos industrializados? O gerente Carlos Antunes, responde: “Sim, tem uma diferença grande, pois é dinâmico o mercado consumidor. Quando a gente olha para a soja por exemplo, tem países que precisam tanto do óleo como do farelo, e preferem importar o grão para industrializar localmente. Porém, tem outros que têm produção local de óleo e não querem importar, como a China que é um grande importador de soja. Então, eles precisam tanto de óleo como de farelo. A Indonésia, por exemplo, produz óleo de palma e assim, importa só farelo para ração.”

O acompanhamento dos mercados e a estrutura da Coamo permite o atendimento à demanda mundial, seja da China, da Indonéia, da India, haja vista que os produtos são utilizados pelos países para diversas finalidades de acordo com suas necessidades. “Então, se o mercado pede farelo a gente tem que entregar farelo, o mesmo acontece com o óleo e os outros produtos.”

ÓLEOS VEGETAIS

“Ocorreu uma mudança significativa nos últimos 20 anos no uso dos óleos vegetais. Antes eles eram utilizados basicamente para alimentação humana e algum uso Industrial para a fabricação de tintas. Mas, nos últimos anos, passaram a ser utilizados como biocombustíveis, e isso significa os óleos de soja e de palma indo para uso do biocombustível, e na Indonésia e outros países da Ásia o óleo de canola está sendo usado também para biocombustível”, explica Carlos Antunes.

PETRÓLE

Ele explica que a utilização da soja como combustível tem uma relação direta com o preço do petróleo e é isso que está acontecendo nos últimos anos e se acentuou com o conflito entre Rússia e Ucrânia. “Isso fez com que o preço do petróleo subisse significativamente e provocou alta no preço dos óleos que compõem os biocombustíveis.”

PRODUTOS COAMO EM 24 ESTADOS

“O consumidor perdeu poder de renda e nos últimos doze anos houve redução da ordem de 10% no volume de consumo de óleo refinado no Brasil. Diante dessa realidade, a Coamo buscou novos mercados para manter a fábrica rodando. Partimos para o mercado externo e na busca de novas regiões onde não atuávamos”, afirma Schneider. Ele informa que atualmente a linha alimentícia com a marca Coamo está chegando aos consumidores de 24 Estados brasileiros e em alguns países da América do Sul, e inclusive sendo exportado também para o Oriente Médio. “Vemos os nossos produtos viajando 10, 15 dias, para chegar por exemplo, por meio de barcaças até na Venezuela, além da operação de cabotagem.”

Carlos José Antunes dos Santos, gerente comercial de Commodities Industrializadas e Wagner Schneider, gerente Comercial de Alimentos

DIVERSIDADE

Todo esse trabalho que a Coamo vem fazendo resulta em grande aceitação pela qualidade dos produtos, que têm origem nos campos dos cooperados. “O volume de investimentos nas indústrias resulta na qualidade dos nossos alimentos, haja vista que as diversas certificações atestam as boas práticas de fabricação e a certeza dos consumidores adquirirem produtos de qualidade comprovada. A diversidade da nossa linha alimentícia colabora para um melhor posicionamento da nossa marca no mercado.”

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