Plantio e tecnologia
Em toda a área de ação da Coamo, cooperados buscam técnicas para aprimorar o sistema produtivo. É o caso de Edson Carlos de Vale, de Goioerê (Centro-Oeste do Paraná), que tem realizado o manejo de milho com brachiária na safrinha com o objetivo principal de viabilizar a safra de verão, melhorando o solo para o cultivo de soja.
O sistema vem sendo adotado há três safras consecutivas e tem melhorado a produtividade de soja. Morador na comunidade Flor da Serra, o cooperado comenta que a região é de solo arenoso e que a brachiária é ideal para formação de matéria orgânica e, com isso, melhora o sistema de produção.
A soja já está semeada e as plantas se desenvolvem em meio a palhada deixada pela brachiária. A expectativa do cooperado é que o sistema continue dando resultados positivos, como os já obtidos. De acordo com Edson, a produtividade saltou de 130 para 153 sacas por alqueire. “É um aumento considerável e esperamos que continue produzindo bem”, frisa. Ele acrescenta que o sistema foi implantado com orientações da assistência técnica da Coamo. “Tivemos que fazer algumas experiências e adaptações nos maquinários para um bom manejo do sistema. Tudo realizado em parceria com a área técnica da Coamo”, comenta.
O agrônomo Rafael Gil Nogueira Gimenes, do Detec da Coamo em Goioerê, ressalta que os resultados foram melhorando a cada nova safra. “Tivemos de ajustar algumas situações visando o manejo tanto na implantação e condução da brachiária na safrinha quanto para receber a safra de verão. É um sistema que vem dado certo”, comenta.
Na propriedade do cooperado Nelson Moreira de Azevedo, em Peabiru (Centro-Oeste do Paraná) o plantio de soja foi efetuado de forma escalonada, com o objetivo de melhorar a média. Estão sendo cultivados 37 alqueires com a oleaginosa e o objetivo do associado é superar os resultados da safra passada, quando colheu 155 sacas de média. Para alcançar o objetivo, Azevedo sabe que precisa caprichar na implantação da lavoura. “Fazemos o que sabemos e estamos sempre buscando novas informações. Quando o assunto é agricultura não podemos errar.”
Nelson MOreira de Azevedo, de Peabiru, capricha no platio de bons resultados
O agrônomo da Coamo em Peabiru, José Petruisse Ferreira Júnior, reitera a importância de caprichar no plantio visando uma boa safra. Ele cita que o escalonamento é uma prática que pode influenciar para uma melhor média. “Historicamente, quem segue essa recomendação tem conseguido melhores resultados. Contudo, o plantio deve seguir o zoneamento agrícola de cada município”, observa.
Petruisse comenta ainda que outras práticas como o manejo adequado de plantas daninhas, escolha de cultivares, adubação do solo e cuidados com as doenças são receitas que devem ser seguidas à risca. “A agricultura é dinâmica e não há margem para erros, ainda mais se tratando da safra de verão que é de onde os cooperados tiram a principal renda. Por isso, é importante que se faça um bom plantio e depois capriche nos tratos culturais.”
Lançado no ano passado, o Tratamento de Sementes Industrial (TSI), agradou os cooperados e ganhou mais espaço nesta safra. “A Coamo está preocupada em apresentar novas tecnologias para melhorar a atividade agrícola, visando aumento da produtividade, comodidade e bem estar no campo”, assinala o engenheiro agrônomo Roberto Destro, gerente de Sementes da Coamo.
Destro explica que são utilizados os produtos que o cooperado usaria no campo, porém de uma maneira mais uniforme e eficiente. “Dessa forma, reduz o contato com os produtos e riscos de contaminação. Além, é claro, que a semente tratada industrialmente pela Coamo responde melhor ao tratamento em função da melhor homogeneização dos produtos e, com isso, o cooperado pode alcançar todos os benefícios do TSI, bem como o potencial produtivo da lavoura”, diz.
Uma das novidades para essa safra foi o aumento na quantidade de variedades tratadas, passando de três para oito. Dessa forma, cooperados de todas as regiões da área de ação tem acesso ao benefício.
Uma outra novidade que vem sendo testada e que estará à disposição dos cooperados para o plantio da próxima safra de inverno e verão, é a semente em big bags. Cleber Dienis Voidelo, supervisor de unidades da Gerência de Sementes, comenta que é mais um serviço disponibilizado aos cooperados visando comodidade e agilidade no plantio. “Em função do crescente consumo de adubos em bags muitos produtores também procuravam as sementes em bags. Com este novo serviço podemos atender estes cooperados. Para garantir este serviço, estamos fazendo inúmeros testes no transporte, armazenamento e manejo dos bags tanto nas UBs [Unidades de Beneficiamento de Sementes] quanto nas propriedades. Está sendo um trabalho muito válido, pois estamos conseguindo sanar possíveis erros e tirar algumas dúvidas”, comenta.
INVERNO – As sementes de várias cultivares de trigo já estão disponíveis para reserva e permuta, já para a safra de inverno do próximo ano.
Trabalho segue em ritmo acelerado em toda área de ação da Coamo. Em algumas regiões, as plantas já estão a mostra enquanto que em outras o plantio está sendo realizado ou ainda se encontra nos prepara
O clima é de otimismo no campo. Por onde se anda, o que mais se vê são máquinas riscando o solo e semeando esperança com a nova safra de verão. Em algumas regiões da área de ação da Coamo, as plantas já estão a mostra enquanto que em outras o plantio está sendo realizado ou ainda se encontra nos preparativos.
Em Quarto Centenário (Centro-Oeste do Paraná) o plantio está praticamente finalizado. É o caso do cooperado Ademar Sestak que está cultivando 215 alqueires de soja. Para ele, o plantio representa mais de 50% do sucesso de uma lavoura e o momento merece atenção e cuidados. “Não podemos errar nessa hora porque não tem como voltar. Tudo tem que ser feito com muito capricho. Fazendo a nossa parte depois é só torcer para que o clima contribua”, comenta.
O cooperado investiu mais em tecnologia, principalmente na utilização de insumos, como o uso de variedades de sementes mais adaptadas para a região. “Queremos sempre produzir mais, e isso só é possível se investirmos. Estamos vendo que a cada ano as produtividades têm melhorado e precisamos acompanhar as novidades”, destaca Sestak.
Na safra passada, o cooperado fechou com uma média de 155 sacas por alqueire. “O clima limitou a produtividade. Se tivesse chovido normalmente teríamos números ainda melhores. Mesmo assim não podemos reclamar, pois tivemos um bom resultado.”
O engenheiro agrônomo Leo Silva dos Santos, do Departamento Técnico da Coamo em Quarto Centenário, confirma a tendência de mais investimentos por parte dos cooperados para essa nova safra. “Eles estão cada vez mais tecnificados e buscam tecnologias para aprimorar as atividades. Com o plantio não é diferente, pois eles sabem que uma boa safra depende desse momento. Uma boa condução do plantio trará bons resultados lá na frente”, afirma
Quando o assunto é agricultura, um ano é diferente do outro. Sabedores disso, os olhos dos cooperados Josias e Ademir Alves de Oliveira, pai e filho, de Boa Esperança (Centro-Oeste do Paraná), estão voltados para o plantio e ao mesmo tempo já monitoram as plantas que vão nascendo.
Adeptos ao uso de tecnologias, os últimos três anos têm sido de novos investimentos e busca incessante por melhores resultados. A prática tem dado certo, como explica Ademir. “Estamos tendo produtividades boas, o que tem viabilizado os investimentos. Produtividades acima de 160 sacas são médias boas levando em consideração o tamanho da área [410 alqueires] e o fato de a propriedade estar em uma região de solo arenoso”, pondera. O cooperado também destaca o trabalho de assistência técnica prestado pela Coamo como ferramenta importante para o sucesso na atividade.
‘Seo’ Josias usa a experiência para avaliar o que vem dando certo na propriedade e buscar novas técnicas que possam aprimorar a atividade agrícola. Ao lado do filho, o patriarca da família acompanha todo o processo, desde o plantio até a colheita. “Estamos em um momento importante. O sucesso da lavoura depende do que estamos fazendo agora. O que não depende de nós é o clima e as questões relacionadas ao mercado. Vamos torcer para que seja uma safra boa em todos os aspectos”, comenta.
De acordo com o engenheiro agrônomo, Douglas Pereira da Silva, do Detec da Coamo em Boa Esperança, o plantio está praticamente finalizado. Ele conta que houve picos em que os cooperados aceleram o trabalho e momentos de desacelerar devido a falta de chuva. “Era um olho na plantadeira e o outro no tempo. Contudo, o plantio foi normal e agora é só caprichar nos tratos culturais para que as plantas possam render o melhor possível”, diz.
Ele acrescenta que os cooperados devem monitorar a lavoura sempre para evitar possíveis perdas com pragas e doenças. “Cada ano é diferente um do outro e regra também vale para as pragas e doenças. Um bom monitoramento e manejo adequado pode reduzir os problemas”, salienta.
Até o fechamento dessa edição, 35% dos 2,37 milhões de hectares reservados à soja na área de ação da Coamo tinham sido semeados. Cerca de 15% se encontrava em desenvolvimento vegetativo e o restante em germinação.
A área da soja da Coamo cresce 3,4%, com redução de 13% na de milho, que ficou com apenas 155 mil hectares nesta temporada. O cereal foi 85% plantado.
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