Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 534 | Abril de 2023 | Campo Mourão - Paraná

COLHEITA DE VERÃO

UMA SAFRA PARA FICAR NA MEMÓRIA

Com a colheita na reta final, números impressionam e consolidam para uma das maiores safras da história da Coamo

Assim como se guarda um troféu, resultado de uma conquista importante, Everaldo e Junior Sudatti, de Ipuaçu (Oeste de Santa Catarina), fizeram questão de deixar um pé de soja como exemplo do que foi a safra 2022/23. A equipe da Assessoria de Comunicação da Coamo esteve na propriedade logo após o término da colheita, mas os bons resultados ainda estavam frescos na memória. A visita fez parte do projeto Tour da Safra, que percorreu as regiões da área de ação da cooperativa no Centro-Sul e Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina e acompanhou de perto a colheita da safra de verão. Durante a expedição, cooperados e técnicos relataram os números da produção de soja e milho, duas das principais culturas. Com a safra já na reta final, os números impressionam e se consolidam para a maior safra da história da Coamo. O Tour da Safra já havia percorrido regiões do Centro-Oeste e Oeste do Paraná e Mato Grosso do Sul, como mostrado na reportagem especial da edição passada da Revista Coamo. Ao lado do pai Everaldo, Junior revela que a safra de verão superou todas as expectativas. Segundo ele, todas as áreas fecharam com uma boa média, sendo que as plantadas no começo de outubro tiveram um desempenho ainda melhor, com médias de até 97 sacas de soja por hectare. Mesmo nas áreas plantadas mais tarde, até 17 de novembro, a média foi de cerca de 80 sacas por hectare. Junior afirma que o resultado foi graças ao clima favorável, aos investimentos e à assistência técnica da Coamo, que forneceu todas as tecnologias necessárias para o bom desenvolvimento das lavouras.

Junior e Everaldo Sudatti, de Ipuaçu (SC)

Ele destaca ainda a importância do uso de cultivares adequadas e da adubação, mas enfatiza que o clima é o principal fator para a agricultura. “Na safra passada de verão, devido ao estresse hídrico, a produção foi muito abaixo do esperado, com média de 35 sacas por hectare e algumas áreas produzindo apenas 20 sacas por hectare. Por mais que haja uma boa adubação e cobertura de solo, sem chuvas regulares é impossível obter uma boa produtividade.” 

"Vamos plantar trigo e investir em cobertura para aprimorar o sistema e obter uma próxima safra de verão ainda melhor."
Junior Sudatti, de Ipuaçu (SC)

O clima contribuiu para o bom desenvolvimento das plantas, mas o tempo úmido também causou alguns problemas, como o surgimento de doenças e plantas daninhas, principalmente o caruru resistente. “Essas situações necessitaram de um pouco mais de atenção e monitoramento das lavouras”, frisa o cooperado. Com a colheita da safra de verão finalizada, ele já planejou a de inverno e pretende focar em uma boa cobertura de solo. “Vamos plantar trigo e investir em cobertura para aprimorar o sistema e obter uma próxima safra de verão ainda melhor”, diz e ressalta a importância do manejo de solo, com coberturas e contenção de águas, para evitar a erosão e melhorar a qualidade das lavouras. 

Diego Rodrigo Gonçalves Padilha, engenheiro agrônomo da Coamo em Ipuaçu, observa que a safra de verão teve alguns limitantes no início do ciclo que prejudicaram parte da produção.

Diego Padilha, engenheiro agrônomo, e os cooperados Junior e Everaldo Sudatti, de Ipuaçu (SC)

Ele recorda que foram registradas chuvas fortes que afetaram o preparo do solo realizado com a aplicação do pré-emergente, principalmente para o controle do caruru resistente.

Pedro e Pablo Pelizza, de Xanxerê (SC)
"Nos preparamos para uma condição, mas no decorrer da safra podem ocorrer mudanças no planejamento. Aprendemos a cada ano e, junto com a assistência técnica da Coamo."
Pedro Pelizza, de Xanxerê (SC)

“Em outubro, choveu em torno de 550 milímetros. Além disso, as temperaturas ficaram abaixo da média, atrapalhando o início do desenvolvimento da soja. Mesmo assim, de modo geral, o clima se comportou bem e os cooperados alcançaram produções elevadas, com produtividades acima de 100 sacas por hectare em algumas áreas. A média dos cooperados da unidade fechou em cerca de 70 sacas por hectare”, ressalta o agrônomo. Já para a soja plantada mais tarde, houve incidência de ferrugem asiática e, também, redução nas médias produtivas. “A colheita superou as expectativas. Isso se deve ao clima e, também, aos investimentos realizados pelos cooperados na região, que buscam sempre colher a melhor safra possível. A Coamo preza pelo uso de tecnologias adequadas que atendam às necessidades de cada produtor. Levamos sempre o que há de melhor no mercado”, conclui o agrônomo.

Pedro Ernesto Pelizza, de Xanxerê (Oeste de Santa Catarina), conta que a safra se desenvolveu bem, apesar de ter havido receio no início. No entanto, com o passar dos dias, as chuvas foram se regularizando e colheram talhões com produtividades acima de 80 sacas de média por hectare. “As áreas demoraram para ter condições de semeadura e as temperaturas estavam baixas também, com algumas localidades registrando geada em pleno mês de novembro. No entanto, o clima foi favorecendo e conseguimos plantar dentro do período ideal.” Segundo ele, a expectativa sempre é de uma boa safra, mas quando há interferência do clima há uma apreensão. “Por isso, conseguir essa produtividade é importante”, frisa. Ele conta que toda safra é um novo desafio. “Nos preparamos para uma condição, mas no decorrer do ciclo podem ocorrer mudanças no planejamento. 

Aprendemos a cada ano e, junto com a assistência técnica da Coamo, corrigimos os erros e tentamos mitigar os efeitos do clima.” 

Daniel Balestrin, engenheiro agrônomo da Coamo em Xanxerê, e os cooperados Pablo e Pedro Pelizza
Para a segunda safra, a família Pelizza fará o manejo de inverno com coberturas para deixar o solo na melhor condição possível para plantar a próxima safra de verão. A família Pelizza trabalha em parceria com a Coamo desde a chegada da cooperativa em Xanxerê. Pedro conta que houve um importante crescimento devido aos investimentos em variedades adaptadas para a região. “É uma alegria trabalhar com o que gostamos e colher os frutos do nosso esforço.”

Daniel Balestrin, engenheiro agrônomo da Coamo em Xanxerê, comenta que apesar de no início as previsões não terem sido tão otimistas para a região Oeste de Santa Catarina, a safra se desenvolveu bem e resultou em uma boa produtividade para os cooperados. “Na abertura do período de plantio, foram registrados volumes significativos de chuva que atrasaram a semeadura da soja”, revela. Para a segunda safra, Balestrin explica que os cooperados da região de Xanxerê aproveitam o momento pós-colheita para realizar os tratos culturais e correção de solo, para depois entrarem com a safra de inverno, seja a cobertura ou o trigo. “Os cooperados já estão planejando o manejo de inverno e o plantio da próxima safra de soja. É um trabalho integrado visando sempre o melhor resultado para a cultura de verão.” 

Nilson e João Ambrosi, de Vista Alegre (PR)

Renan João Marafon Berria, engenheiro agrônomo da Coamo em Vista Alegre, e os cooperados Nilson e João Ambrosi

João Nilson Ambrosi, de Vista Alegre, distrito de Coronel Vivida (Sudoeste do Paraná), observa que a safra atual apresentou resultados positivos. Ele atribui esse sucesso às condições climáticas favoráveis, ao bom acompanhamento técnico da Coamo, à utilização de produtos de qualidade e ao manejo do solo. O cooperado utiliza diversas tecnologias, desde tratamento de sementes até novos fungicidas, herbicidas e inseticidas, buscando sempre se aperfeiçoar e acompanhar o mercado. Segundo ele, algumas áreas resultaram em uma produção de mais de 200 sacas por alqueire, o que representa uma produção recorde em sua propriedade. João destaca que está trabalhando com agricultura de precisão e adota práticas e tecnologias que influenciam para um sistema que gera bons resultados. “É uma safra para comemorar, já que é raro ter uma produção tão boa assim todos os anos.” O cooperado conta que, quando iniciou o plantio em outubro do ano passado, não esperava uma produção como a registrada. “O tempo colaborou bastante e seguimos as recomendações técnicas à risca”, frisa. Ele lembra que na safra passada a falta de chuva impactou negativamente na produtividade. Para a safra de inverno, o cooperado pretende plantar trigo em mais da metade dos 52 alqueires, enquanto no restante será mix e cobertura, preparando o solo para o verão. Renan João Marafon Berria, engenheiro agrônomo da Coamo em Vista Alegre (PR), ressalta que a safra de verão na região de Coronel Vivida finalizou com um resultado positivo, motivado pelas condições climáticas favoráveis que influenciaram o manejo das áreas nos meses de agosto e setembro de 2022. 

"É uma safra para comemorar, já que é raro ter uma produção tão boa assim todos os anos."
João Ambrosi, de Vista Alegre (PR)

"O plantio ocorreu de uma maneira bem natural, com as chuvas na medida em que o plantio avançava. Temos áreas com médias de 170 a 230 sacas por alqueire. A variação de produtividade se deve à época de plantio, posicionamento de cultivares e população das plantas. No final, tivemos problemas com ferrugem asiática devido a umidade. Isso apresentou um decréscimo na produção em áreas afetadas pela doença.” Uma boa safra é resultado do uso de várias ferramentas, desde o manejo do solo, adubação, plantio em velocidade e profundidade adequada, manejos químicos, controle de plantas daninhas e uso de cultivares adaptadas para a época cultivada. “Com o clima colaborando, o resultado pode ser muito bom, como visto nesta safra”, reitera o agrônomo.

Gilson Antonio Berlatto, de Cantagalo (Centro-Sul do Paraná), está comemorando a melhor safra de soja da história em sua propriedade. Ele credita a boa produtividade principalmente ao clima, com as chuvas no momento certo permitindo o plantio dentro do período ideal e todos os tratos culturais na lavoura. Além disso, foram utilizadas sementes de qualidade e o solo foi bem adubado. A produtividade média foi de 70 sacas de soja por hectare. Um resultado bem acima das 40 sacas colhidas no ano anterior. “Embora a safra tenha sido plantada com um custo mais alto por causa dos valores dos insumos, a produção veio em dobro e compensou os investimentos”, ressalta o cooperado. No entanto, a região também enfrentou problemas com a ferrugem asiática nas lavouras de soja devido ao excesso de umidade, o que afetou a produtividade em algumas áreas. Berlatto destaca que isso ocorreu nas lavouras plantadas mais tarde e que foram colhidas por último. “Se não fosse esse problema, a média teria sido ainda melhor, em torno de 80 sacas por hectare” prevê o cooperado.

Gilson Berlatto, de Cantagalo (PR)
"Embora a safra tenha sido plantada com um custo mais alto por causa dos valores dos insumos, a produção veio em dobro e compensou os investimentos."
Gilson Berlatto, de Cantagalo (PR)
No entanto, a região também enfrentou problemas com a ferrugem asiática nas lavouras de soja devido ao excesso de umidade, o que afetou a produtividade em algumas áreas. Berlatto destaca que isso ocorreu nas lavouras plantadas mais tarde e que foram colhidas por último. “Se não fosse esse problema, a média teria sido ainda melhor, em torno de 80 sacas por hectare” prevê o cooperado. Berlatto destaca a satisfação em ver a colheitadeira enchendo o caminhão e levando para a cooperativa. “Cada ano é diferente e sempre há algo para aprender.” De acordo com o engenheiro agrônomo Everton Stresser Losso, da Coamo em Cantagalo, o clima favorável contribuiu para que as expectativas fossem superadas. No entanto, a incidência da ferrugem asiática na soja reduziu a produtividade e impediu um resultado ainda melhor. "Clima bom para a soja também é para algumas doenças, principalmente a ferrugem asiática. Os cooperados fizeram um bom monitoramento e adotaram um manejo adequado, mas sempre causa algum dano", explica. Ele ressalta que os cooperados investem em todo o processo para garantir uma boa colheita e que o monitoramento é fundamental para o controle de doenças.

A produção de milho de verão também superou as expectativas. Segundo o engenheiro agrônomo, a colheita da soja, que se alongou em comparação aos anos anteriores, atrasou a colheita do cereal. “Os cooperados da Coamo estão satisfeitos com a safra deste ano e já planejam os investimentos para a próxima. Fica a lição da importância do monitoramento constante para o controle de doenças e o cuidado com o manejo do solo. Cada ano é diferente e ainda temos o que aprender para conseguir manter a média sempre alta", finaliza o engenheiro agrônomo. 

Everton Stresser Losso, engenheiro agrônomo da Coamo, com o cooperado Gilson Berlatto, em Cantagalo (PR)
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