Lei europeia proíbe importação de áreas desmatadas em 2025

Uma das funções mais importantes de uma cooperativa é a abertura de novos mercados para os seus cooperados, seja internamente ou fora do país. Ter acesso a diferentes opções de mercado possibilita uma busca melhor em termos de preços e gera mais valor para a produção de todo o quadro social. 

Neste sentido, o diretor Comercial da Coamo, Rogério Trannin de Mello, esteve na Europa, principal destino do farelo que é produzido e exportado pela cooperativa, onde conversou com diretores de empresas clientes da Coamo para tratar sobre questões comerciais. 

Segundo o diretor, diferentemente de outras visitas, o principal assunto relacionado à comercialização nessa última viagem não foi sobre preços ou logística, mas sim, sobre sustentabilidade e preservação ambiental. De acordo com Rogério, a nova lei europeia que proíbe a importação de provenientes de áreas desmatadas foi o tema mais discutido nas visitas. 

Já aprovada pelo Parlamento Europeu, a legislação entrará em vigor a partir de 2025, mas a atual fase já é de transição, com empresas do bloco querendo se aproximar de fornecedores que estejam adequados à lei, caso da Coamo. “A nova lei prevê a necessidade de segregação com rastreabilidade, geolocalização e georreferenciamento das propriedades de onde saem esses produtos. A Coamo já tem tudo isso, pois cresceu ao lado do cooperado, estando apta a atender esta nova exigência do mercado”, explica Rogério. 

Além de reforçar a imagem da Coamo como uma cooperativa preocupada com as práticas sustentáveis, a visita também teve como objetivo apresentar a realidade da agricultura brasileira, evidenciando que não é hostil e nem responsável pela degradação do meio ambiente. “Muitos desses clientes e parceiros ficaram impressionados ao conhecerem a abordagem sustentável do país e da cooperativa”, detalha o diretor. 

“Em meio aos desafios econômicos e regulatórios, a Coamo continua a prosperar, mantendo seu compromisso com a qualidade, sustentabilidade e responsabilidade social. Sabemos que é um cenário desafiador, mas temos muito otimismo em relação ao futuro da cooperativa e à capacidade de lidar com as nuances do mercado global”, completa. 

CENÁRIO AGRÍCULA E PREÇOS

Rogério também comentou sobre as tendências do mercado interno e confirmou as projeções comerciais que foram traçadas nos últimos meses. De acordo com o diretor, a tendência de queda se concretizou e deverá sofrer pouca variação, já que existe a expectativa de mais uma safra cheia. 

Rogério explica que o cenário comercial deverá sofrer poucas mudanças num curto prazo, com uma possível variação nos preços das commodities estando mais associada ao valor do dólar. “Hoje, não há nenhuma perspectiva ameaçadora referente ao clima. O que pode influenciar é a diferença de juros entre Brasil e Estados Unidos, fazendo com que o dólar se valorize, influenciando nos preços a partir de agora”, conclui.