Desenvolvimento com cooperação

O cooperativismo já mudou a vida de milhões de pessoas no mundo. Um bom exemplo é o da família Miorelli, de Mangueirinha, no Sudoeste do Paraná. O patriarca, Nilo Miorelli, começou sua história no Rio Grande do Sul, mais especificamente no município de Mariano Moro. Lá, o trabalho era todo braçal, com trilhadeira, boi, arado. Nos anos 1990, a tecnologia ainda não havia chegado, e o desenvolvimento foi interrompido pela construção da Usina Hidrelétrica de Itá. A barragem ia atingir a propriedade da família, que fi caria desabrigada. 

O governo municipal fez algumas propostas em dinheiro para os moradores, mas seu Nilo não estava feliz com o que receberia. “Eu queria terra para trabalhar e sustentar minha família. Por fim, depois de tanto lutar, protestar, ficar dois ou três dias fora de casa, conquistamos a terra.” A propriedade era no município de Mangueirinha, no Paraná. Foram de mudança no ano de 1994 trazendo somente um arado puxado por boi e uma trilhadeira para iniciar as atividades na nova propriedade com área de dez alqueires paulistas na época. 

No início, a família teve dificuldade para se adaptar ao clima, mas com o tempo, as coisas mudaram. Rudinei Miorelli, um dos filhos de Nilo, chegou com apenas 14 anos. “Mudei para cá e era sofrido, era tudo no braço. Só tínhamos uma carroça e não tinha trator, não tinha nada. Com o tempo a gente foi conseguindo e as coisas mudaram. A parte mais difícil, foi a transição do trabalho braçal para o trabalho com máquina, pois era tudo caro e a gente tinha pouco recurso.” 

Nilo conta que hoje, a vida mudou completamente, e para melhor. Com o passar dos anos e a ajuda da cooperativa, foi comprando outras áreas próximas e tem, atualmente, 32 alqueires, sendo a maioria lavoura e o restante pastagem, onde o fi lho e a família atuam na atividade leiteira. “Nossa estrutura evoluiu muito e facilita as atividades. Temos trator, plantadeira, pulverizador, colheitadeira e até caminhão. Crescemos e evoluímos e a Coamo sempre esteve ao nosso lado.” 

Rudinei afirma que a produtividade também evoluiu, graças a tecnologia e o manejo adequado. “Quando chegamos, quem colhia 80 sacas de soja, colhia bem. Era uma ótima safra. No milho eram 200 sacas. Com a tecnologia, a inovação e a parceria com a Coamo, essa realidade mudou. Estamos colhendo 190 sacas de soja e 500 de milho.” 

O engenheiro agrônomo, Thiago Mazetto da Silva, da Coamo em Mangueirinha, que atende a família Miorelli, afirma que eles têm um relacionamento de longa data e consolidado. “São grandes parceiros da Coamo e sempre contam com nosso trabalho. Fazem um bom investimento em tecnologia, haja vista que estão entre as melhores produtividades da região, tanto na soja quanto no milho, e conseguem fazer uma safra melhor sempre a cada ano.”