Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 453 | Novembro de 2015 | Campo Mourão - Paraná

ESPECIAL ANIVERSÁRIO

45 ANOS DE CRESCIMENTO E SUCESSO

ATUAÇÃO DA COAMO GARANTE DESENVOLVIMENTO COM SEGURANÇA E SOLIDEZ PARA MILHARES DE PRODUTORES RURAIS

Fundada em 28 de novembro de 1970, em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), por um grupo de 79 agricultores, a Coamo é uma cooperativa que garante segurança e solidez, e promove o desenvolvimento econômico, técnico, educacional e social dos associados. A cooperativa conta com 119 unidades localizadas em 68 municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, para recebimento da produção agrícola dos 28 mil associados. 

Com recebimento de 7,0 milhões de toneladas de produtos agrícolas, a Coamo respondeu, em 2014, por 3,6% da produção brasileira de grãos e fibras, demonstrando sua importância estratégica na produção de alimentos em âmbito nacional e internacional. 

A soja é o principal produto da cooperativa, seguido pelo milho, trigo, café e outros. A industrialização dos produtos recebidos tem como principal objetivo agregar valor à produção dos associados e é feita em um parque composto por indústrias de esmagamento de soja, fábrica de margarinas e gorduras vegetais, indústria de óleo de soja refinado, fiações de algodão, moinho de trigo e torrefação e moagem de café. Em Paranaguá, no litoral paranaense, a Coamo mantém terminal marítimo.

 Cooperados são a razão da existência da Coamo

Na Coamo os sete mil funcionários efetivos, com suas competências funcionais, são responsáveis pela condução das operações e atividades.

Em 45 anos de existência, a Coamo tem mantido um crescimento constante alicerçado na união, no trabalho e na busca de melhorias tecnológicas para o pleno desenvolvimento das atividades. A cooperativa entende que a tecnologia vem em benefício da qualidade de vida e do desenvolvimento do ser humano, bem como, proporciona o aumento da produtividade.

PIONEIROS CONSTRUTORES DA HISTÓRIA

Para reverenciar os 79 agricultores construtores da história da Coamo foi erguido em 28 de novembro de 2000, na comemoração dos 30 anos da cooperativa, o Memorial dos Pioneiros. Uma homenagem àqueles que sonharam, realizaram e acreditaram na força da união, do trabalho e da solidariedade entre os homens do campo, e que resultou na maior cooperativa da América Latina.
A obra foi criada pelo artista plástico Luís Trevisan e simboliza, por seus elementos, a visão de futuro dos fundadores e as vitórias obtidas ao longo da história da cooperativa.

AGRICULTORES FUNDADORES DA COAMO POR ORDEM DE MATRÍCULA

01 – Lourenço Tenório Cavalcante 28 – Fioravante João Ferri 55 – José Vercílio Moreira
02 - Joaldo Saran 29 – Ildefondo Cezar Ferri 56 – Gustavo Taborda
03 – Ervalino José Guadagnin 30 – Benito Ildefonso Ferri 57 – Milton Coutinho Machado
04 – Theodoro de Andrade  31 – Victor Alessi 58 – Waldemar Koblitz
05 - João Teodoro de Oliveira Sobrinho 32 – Moacir José Ferri 59 – Noé José Monteiro
06 – Chafik Simão 33 – Luiz Antonio Carolo,
Henrique G. Salonski e Arthur R. Tramujas Filho
60 – José Paulino de Carvalho
07 – Alcidio Brignoni 34 – Jorge Gonçalves Santos 61 - João Batista Vieira Filho 
08 – Ermindo Appelt 35 – José Cazusa da Silva 62 - Emenegildo Geraldo da Silva
09 – Sebastião Evangelista Bezerra 36 - Gedeão de Lima 63 – Juvenal Manoel dos Santos
10 – Etelvino Eduardo Manfrin 37 – João Cordeiro da Silva 64 – Adolfo Geraldo da Silva
11 – Franz Kaiser 38 – Olindo Monti 65 – Waldomiro Alves dos Santos
12 – Martin Kaiser 39 – Paulo Costa de Faria 66 – José Corsato
13 – Orlando Palaro 40 – Augusto Angelo Tonello 67 – Romão Martins
14 – Antonio Luiz Guadagnin 41 – Raimundo Marques de Souza 68 – Kazuki Yano
15 – Pedro Guerreiro 42 – Sussumo Takass 69 – Jorge Elizardo Garcia Arias
16 – Arnildo Guadagnin 43 – Jaime Jovino Vendramin 70 – José Binotti
17 – Manoel Geraldo de Souza 44 – José Alves Pereira 71 – Jacob Baumann
18 – Atilio Jacob Ferri 45 – Emilio Gimenes 72 – Waldir José Ferri
19 – Takeshi Ojima 46 – Joaquim Alves Feitosa 73 - José Maria Pereira Sobrinho
20 – Silvio Gomes 47 – Lino Weber 74 – Joaquim Inácio Pereira
21 – Bruno Gehring 48 – Nelson Teodoro de Oliveira 75 – Durval Correa de Souza
22 – Benedito Rodrigues 49 – Ewaldo Tierling 76 – Madeireira Clauri Ltda.
23 – Balduino José dos Santos 50 – Dirceu Sponholz 77 – Indústria e Comércio Trombini S/A
24 – Elias Semiguem 51 – Paulo Teixeira Duarte 78 – Odonel Procópio de Oliveira
25 – Crescio Costa 52 – Emenegildo Carlos Dolci 79 – Rosalino Mansuetto P. Salvadori
26 – Felipe Costin 53 – Gelindo Stefanuto
27 – João Teodoro de Oliveira 54 – João Antonio A. Lamezon

DR. AROLDO, PROTAGONISTA DO COOPERATIVISMO

Dr. Aroldo com o histórico Jeep e, ao lado, conduzindo experimentos de trigo

Em 28 de maio de 1968 chegou a Campo Mourão, o engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, formado em 1967 pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), para atuar no escritório da Acarpa, Embora fosse recém-formado, já tinha acumulado boa experiência nas áreas comercial e bancária.

Em 1967, foi aprovado no concurso da Acarpa (Atual Emater), realizou estágio em Imbituva, no Sul do Paraná e, em seguida, o pré-serviço em Florianópolis. Na volta, recebeu a notícia da escolha da cidade de Campo Mourão para iniciar sua vida profissional. “Foi no pré-serviço em Florianópolis, com treinamento intensivo ao serviço de extensão rural que conheci um pouco da realidade da agricultura paranaense e noções mais concretas sobre cooperativismo”, explica Gallassini.

Ele veio para Campo Mourão, cidade da qual nunca tinha ouvido falar. “Eu vim de Curitiba dirigindo um Jeep. Um dos meus trabalhos mais importantes na época foi a implantação de experimentos de trigo, do Ipeas depois Ipeame, do Ministério da Agricultura. O trigo se tornaria, nos anos 60, a lavoura de maior importância econômica na região.” 

Na época, a agricultura se desenvolvia na cidade que mostrava sinais de crescimento, com 25 mil habitantes e outros 45 mil morando no campo. Cresceu com o apoio do serviço de extensão rural, por meio da Acarpa e do Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (hoje Incra), que havia escolhido Campo Mourão como “Município modelo de desenvolvimento”. 

Mas, havia problemas da falta de infraestrutura (insumos para plantio, armazéns e apoio na comercialização) para o crescimento da agricultura, ainda praticada de maneira quase primitiva, em consequência do baixo desenvolvimento cultural e social dos colonos, que tinham, em média, 4,8 filhos. 

Havia, também, grupos de colonos mais esclarecidos, com situação econômica mais favorável, sedentos por melhorias econômicas. A experiência anterior na área administrativa, deu ao agrônomo subsídios valiosos para desempenhar o trabalho de extensionista. “Coloquei no meu programa de trabalho a possibilidade de montar uma cooperativa. Comecei a reunir as lideranças. Em dezembro de 1969, treinei homens e mulheres, para identificar quais os principais problemas dos agricultores. Esse grupo tinha que estudar saúde, milho, algodão, arroz de sequeiro, que tinha muito no município. No término desse treinamento realizado no Clube Recreativo Mourãoense surgiu a ideia da fundação da cooperativa.

SURGIMENTO DA COAMO

Gallassini percebeu que era preciso conversar com os agricultores, explicando como funcionaria a cooperativa. Realizou diversas reuniões preparatórias para a constituição da nova cooperativa “Para dar perenidade ao projeto, minuciosamente planejado, foi preciso escolher um presidente de credibilidade, experiente e com trânsito entre as autoridades e na própria comunidade.”

Após a reunião, uma comissão liderada pelo extensionista da Acarpa, Gallassini, foi à residência de Fioravante João Ferri, madeireiro e agricultor, fazer-lhe o convite. “Seo” Ferri aceitou no dia seguinte com a condição de que Gallassini fosse o gerente. O jovem agrônomo era funcionário da Acarpa e não poderia ser gerente, mas apenas assessor de cooperativismo, cedido por convênio com a cooperativa. A assembleia de constituição da cooperativa foi em um sábado, no dia 28 de novembro de 1970. Foi realizada na Associação Atlética Banco do Brasil, reunindo 79 adeptos, que subscreveram Cr$ 37.540,0011 de capital, o equivalente a 200 salários mínimos da época.

Foi nesse clima misto de euforia, incerteza e esperança, que 79 pessoas assinaram a lista de presença como fundadores. Assim, nasceu a Cooperativa Agropecuária Mourãoense Ltda. - Coamo, cuja sigla foi sugerida pelo cooperado Gelindo Stefanuto, que teria se baseado no lema “Com Amor”.

Momentos históricos: assinatura da ata de fundação da Coamo, e evento reunindo funcionários com o, então, presidente Ferri e o gerente Gallassini

BONS VOLUMES DE REVEBIMENTOS DESDE O INÍCIO

Desde o início das atividades, a diretoria da Coamo já previa que a cooperativa teria sucesso, tendo em vista o rápido aumento na participação do quadro social. Isso em função das áreas produtivas e dos bons números das produtividades das lavouras, que fez com que houvesse já naquela época a necessidade de incremento na estrutura de armazenagem.

Assim, desde os primeiros anos, tem sido prática constante da Coamo a realização de estudos visando ampliar a estrutura para atender às necessidades dos cooperados. Isso aconteceu com a construção do primeiro armazém graneleiro em Campo Mourão que tinha capacidade para 500 mil sacas e entrou em funcionamento no ano de 1973.

E também a interiorização da cooperativa, com o crescimento horizontal, resultando na ampliação da sua área de ação. Como exemplos deste processo, em março de 1974, a Assembleia Geral aprovou a construção do primeiro entreposto da Coamo fora de Campo Mourão. Foi no município de Engenheiro Beltrão, com capacidade para 700 mil sacas. Em junho, do mesmo ano, os cooperados aprovaram o segundo entreposto da cooperativa, na cidade de Mamborê, cuja capacidade abrigava 700 mil sacas.

Em seguida, com o avanço no volume de recebimento e participação do associado a cooperativa instalou entrepostos em dezenas de municípios em regiões com grande concentração dos produtores para facilitar a movimentação no abastecimento dos insumos e na entrega da produção.

INVESTIMENTO CONSTANTE

Os investimentos em obras nas diversas unidades foram constantes desde a fundação, sempre com o objetivo de melhorar e ampliar a estrutura de armazenagem. Com isso, desde o princípio, o objetivo da Coamo foi estar perto dos associados prestando um serviço de qualidade para atender as suas necessidades.

As unidades responsáveis pelo atendimento aos cooperados oferecem produtos e serviços de qualidade.

Os entrepostos estão localizados de forma estratégica a propiciar ao quadro social facilidade no desenvolvimento das atividades. Esta presença é de suma importância no barateamento dos custos de transportes que integra os custos gerais de produção e está em prefeita consonância com a razão de ser cooperativa.

FORÇA DOS COOPERADOS

A Coamo chega aos 45 anos praticando valores cultuados desde a fundação, em 1970. Assim, trabalho, profissionalismo, honestidade e união estão entre os atributos que deixam a família Coamo feliz e orgulhosa. Na cooperativa, tudo é planejado com visão de futuro, buscando agregar maior valor à produção dos cooperados. O segredo de todo o sucesso está alicerçado em quatro fatores: política de capitalização, estabilidade administrativa, apoio incondicional dos cooperados e harmonia entre diretoria, cooperados e funcionários.

“O firme propósito de consolidar mais o compromisso com a comunidade, seja ela interna ou externa, tem levado a Coamo a um caminho, cada vez mais, sólido de construir uma cooperativa capaz de enfrentar todos os desafios”, afirma José Aroldo Gallassini, diretor-presidente da Coamo. À frente da administração da cooperativa desde o início, ele  diz que a Coamo se transformou na grande força do homem do campo.

A cooperativa é uma das maiores da América Latina, respondendo por 3,6% de toda a produção nacional de grãos e fibras e 16% da safra paranaense. É a 54ª maior empresa do país, incluindo públicas e multinacionais.

O forte relacionamento com o quadro social tem garantido à Coamo resultados expressivos. Em 2014, por exemplo, a cooperativa fechou o exercício com receitas globais superiores a R$ 8 bilhões e sobras líquidas de R$ 647,70 milhões. “Esse bom resultado gera satisfação e felicidade entre os cooperados, e propicia renda, empregos e divisas, que contribuem para o desenvolvimento do nosso país”, comemora Gallassini.

DESENVOLVIMENTO NO CAMPO

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Nesses 45 anos de existência da Coamo, a participação de cooperados e familiares vem sendo grande, constituindo importante exemplo na prática da educação e formação cooperativista. Anualmente, a Coamo promove mais de 1.400 eventos nas áreas técnica, educacional e social para cooperados, esposas e filhas, objetivando agregar valor a produção e a melhoria da qualidade de vida no ambiente produtivo rural. “Em 2014, novamente a presença nos cursos, treinamentos e palestras foi significativa, com o registro de mais de 70 mil participações. Este número demonstra o forte interesse da família dos nossos cooperados em aprender e aprimorar o conhecimento não só na área técnica, mas também na área educacional e social”, explica o agrônomo José Varago, superintendente Técnico da Coamo. 

O Departamento Técnico (Detec) está o ano todo ao lado dos cooperados oferecendo uma assistência qualificada para difundir tecnologias e trocar experiências. No ano passado, somente na área técnica, a Coamo promoveu mais de 800 eventos reunindo 50 mil pessoas nos eventos como dias de campo, reuniões e encontros, palestras técnicas, entre outros. 

Para José Varago, o Detec exerce um papel de muita importância junto ao quadro social, principalmente na orientação para redução dos custos de produção, aumento da produtividade, e conservação do meio ambiente e da fertilidade do solo, além de apresentar novas e modernas tecnologias. “Os números com a evolução das produtividades ao longo desses anos comprova a eficiência da parceria entre os cooperados e a Coamo, que tem atuado fortemente no apoio necessário para que eles produzam mais e melhor”, analisa o superintendente da Coamo.

KOSLOVSKI: COAMO É PATRIMÔNIO DO COOPERATIVISMO PARANAENSE

João Paulo Koslovski,  presidente da Ocepar

“A educação cooperativista, a construção da infraestrutura adequada para receber e organizar a produção, a implantação da assistência técnica e da experimentação e o apoio à comercialização foram fundamentais na década de 70 para que a cooperativa possa oferecer uma das maiores e melhores estruturas de apoio à viabilização das atividades dos seus cooperados”, afirma o engenheiro agrônomo João Paulo Koslovski,  presidente do Sistema Ocepar. Segundo ele, as dificuldades e desafios nesses 45 anos foram superados com muito trabalho e dedicação, e a promoção de serviços de qualidade, sempre com foco na obtenção de bons resultados econômicos e sociais para os mais de 28 mil cooperados. “Na sua história, a Coamo não se desviou de seus objetivos fundamentais e, sobretudo, da filosofia e ideologia cooperativista, dando segurança e estabilidade para a condução dos negócios, servindo de modelo  para outras cooperativas. A Coamo é um patrimônio do cooperativismo paranaense, e isso só foi possível graças ao trabalho sério, responsável, de plena dedicação e participação dos cooperados, diretoria e funcionários, que a colocam entre as maiores cooperativas do mundo com resultados fantásticos.”

BOAS HISTÓRIAS, EXPERIÊNCIAS E CONQUISTAS

 

Sérgio Lazari, em Mangueirinha: novos horizontes com a Coamo
Muitos são os avanços, conquistas e realizações dos cooperados ao longo dos 45 anos da Coamo. Cada um com o seu tempo de associado, mas com os mesmos resultados. Um desses exemplos de cooperativistas vem do Sudoeste do Paraná. O agricultor Sérgio Lazari conhecia e vivia em Santa Helena no Oeste do Estado. Saiu de lá e foi parar em Mangueirinha, ao lado do pai e de dois irmãos. Como produtor em uma área de pouco mais de 30 alqueires, ele tem certeza da força do cooperativismo para sua realização. “Sou um pequeno produtor e precisamos ter amparo. Encontramos tudo na cooperativa porque sozinho não somos e não fazemos nada”, conta.

Lazari saiu das 70 sacas de soja há varios anos para crescer, fazer bem feito e hoje colher acima de 1810 saca, graças ao cooperativismo. "Sinto-me realizado como cooperativista, a gente cresce junto como a Coamo".

Alcides Bombardelli está em Toledo (Oeste do Paraná) há 64 anos, desde que chegou do Rio Grande do Sul. “Sou filho de madeireiro, vim para cá quando tinha dez anos, trabalhei em banco e, hoje, sou agricultor com orgulho”, lembra.

Há 15 anos ele é parceiro da Coamo e que está sendo muito boa, na sua opinião. “Antes não sobrava dinheiro, desde que sou sócio passei a ter benefícios e melhorei minha vida”, frisa. Ele Há 15 anos ele é parceiro da Coamo e que está sendo muito boa, na sua opinião. “Antes não sobrava dinheiro, desde que sou sócio passei a ter benefícios e melhorei minha vida”, frisa. Ele conta que conseguiu ampliar os negócios. “Com a Coamo passei a ter dinheiro em caixa, tenho segurança e sinto como se estivesse na minha casa, pois tenho segurança e o que preciso. No final de ano vem as sobras, muito esperadas principalmente pela família. É muito bom ser cooperado da Coamo.”

 

Alcides Bombardelli, de Toledo: ampliação dos negócios

O agricultor Ermindo Armando Appelt, de Mamborê (Centro-Oeste do Paraná) é o fundador número 08 da Coamo. “Sempre confiamos no Dr. Aroldo e deu certo. Desde que entrei na Coamo sou feliz. Entregamos a safra e podemos deixar dois, três ou mais anos, pois temos segurança”, avalia.

Appelt agradece a cooperativa por produzir bem ao longo dos anos. “Sempre produzimos bem, graças a Deus e temos que comemorar”, frisa. Ele tem 63 anos somente de Mamborê e se orgulha de ter sido agricultor a vida toda

Para o pernambucano Francisco Batista Agra, o “Chico Agra”, que desde 1970 mora na região de Juranda (Centro-Oeste do Paraná), os tempos são outros e a nova geração nem imagina como era antes. “Entrei como sócio em 1972 na região, colhia soja, algodão e trigo, e tinha que levar para Campo Mourão. Fazia 100 km de ‘batidão’ em estrada de chão e ficava três dias na fila”, conta. “Se pegasse chuva então, era uma vez por semana para entregar a carga”, acrescenta.

Mas, depois que a Coamo abriu unidade em Mamborê a vida do ‘seo’ Agra ficou muito melhor, pois passou a dar apenas uma viagem por dia. Atualmente ele entrega a produção em Juranda. “Tudo ficou mais fácil, 45 anos de Coamo passa um filme em nossa memória, não dá para comparar. Entrego a produção e esqueço. É melhor que estar no banco. Nós temos o Dr. Aroldo fazendo uma excelente administração e sempre falo que se o Brasil fosse do jeito da Coamo não teria pobreza e desonestidade como vemos escancarados. Se não fosse a Coamo não teríamos agricultura.”

Associado fundador Ermindo Appelt, de Mamborê, com Celso Luiz Paggi, gerente da Unidade
 
 

 Francisco Agra, em Juranda, com o filho e o neto: se o Brasil fosse como a Coamo seria bem melhor



“A semente que a gente jogou caiu em solo muito fértil, brotou, cresceu e se transformou nesta nossa grande cooperativa. Principalmente com o trabalho de assistência técnica levando conhecimento e tecnologia, e benefícios para todos cooperados. Sinto orgulho de ser fundador e ter vários da minha família na relação dos pioneiros”, afirma Moacir José Ferri, de Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná, cooperado número 32.

Moacir José Ferri, associado fundador: sinto orgulho em fazer parte da Coamo

Segundo ele, é esse espírito cooperativista que é a razão da sociedade, fruto da cooperação entre os agricultores. “Antes sofríamos com exploração de todos os lados, dificuldades para comprar adubo e vender a produção. Daí com a ideia da Coamo tudo ficou melhor. Entrei na agricultura junto com a Coamo e confesso que de maneira nenhuma imaginava que ela seria o que é hoje. Após 45 anos, continua sendo bem administrada e visando sempre o benefício dos cooperados”, destaca.

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