Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 454 | Dezembro de 2015 | Campo Mourão - Paraná

MULHER NO CAMPO

SOB NOVA DIREÇÃO

Movida pelo prazer de estar no campo, cooperada assume propriedade da família e tem na Coamo parceria para conduzir a fazenda, que quer transformar em referência de produção de grãos, carne e leite. C

Sem medo do desafio, Ana Serpa, de Reserva do Iguaçu-PR, põe a “mão na massa” e conduz o trator durante o plantio de verão

Motivada por um sonho de criança, de viver no campo e conduzir os negócios da família, a cooperada Ana Vitória Serpa, de Reserva do Iguaçu (Centro-Sul do Paraná), buscou forças para seguir o seu destino e encarar o desafio de produzir grãos, carne e leite, assumindo as rédeas da Fazenda Sant’Ana, que até então estava arrendada para terceiros. 

Sonho que a cooperada, engenheira agrônoma por formação e optante da Coamo em Candói (Centro-Sul Paranaense), está realizando agora, depois de retomar a propriedade nos últimos dois anos, e começar a fazer dela um negócio lucrativo e prazeroso, onde une a satisfação de estar diariamente na fazenda, em que mora, e a realização profissional. “Era um projeto de vida. Não me imagino fazendo outra coisa. Estou aqui porque realmente gosto e quero fazer dessa propriedade a mais produtiva possível”, observa Ana, que optou pelo curso de agronomia já pensando em um dia assumir a fazenda. “Achei que com uma boa teoria seria mais fácil. Fui atrás de uma base para poder conduzir os negócios mais tarde. A prática vamos adquirindo com o tempo, e a assistência técnica da Coamo nos ajuda bastante”, agradece, lembrando que a cooperativa tem sido um importante alicerce. 

Ao lado do agrônomo Udney Filho, da Coamo de Candói, cooperada Ana Serpa confere qualidade do plantio da soja. Trabalho desenvolvido por ela e o funcionário.

Mas, não foi só a pouca experiência de campo que tornou o desafio da agropecuarista ainda maior. No início faltavam também maquinário, equipamentos e até mão de obra disponível e capaz para desenvolver o trabalho que hoje já caminha a passos largos. “Tínhamos somente a terra e ainda com bastante benfeitoria para fazer. Tivemos que adquirir todo o maquinário para começar o trabalho. O primeiro ano foi bem difícil, mas superamos isso e, agora, estamos semeando nossa segunda safra, recheada de esperança e boa expectativa”, esclarece Ana Vitória, que além da agricultura explora também na fazenda de 247 alqueires, gado de corte e de leite. “Quero ter aqui de tudo um pouco. Fazer dessa propriedade um exemplo de diversificação e bons resultados. Estamos ainda abrindo algumas áreas e queremos produzir logo 170 sacas de soja de média por alqueire”, diz Ana, sem medo do desafio que escolheu para enfrentar. Mas, é preciso mais que boa intenção para não fracassar na gestão de um empreendimento complexo como uma propriedade rural. E a cooperada sabe tão bem disso, que com mãos de ferro e muita determinação toma todas as decisões necessárias para a execução das atividades planejadas. E para dar exemplo, puxa a fila e sem cerimônia assume até o volante do trator na hora de plantar ou pulverizar a plantação. “Quando queremos fazer bem feito temos de colocar a mão na massa literalmente. Não abro mão de fazer parte deste processo e, também, ajudar nas operações de campo. Acho que não tem limites para quando queremos algo. Para pedir para fazer bem feito é preciso saber fazer também. Sou assim, tenho que estar envolvida para fazer acontecer”, declara. 

A atitude da cooperada tem sido exemplo na região e chega a impressionar até quem convive com a situação. Caso do agrônomo Udney de Souza Filho, do departamento técnico da Coamo em Candói (Centro-Sul do Paraná). “Ela é uma cooperada muito dedicada e acompanha tudo de perto. Com certeza ela terá muito sucesso na atividade se continuar trabalhando assim. Ela adota tecnologia e está buscando bons resultados. Acredito que essa propriedade será modelo e referência para toda região. É um trabalho de tirar o chapéu”, elogia. 

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