FORMAÇÃO NO CAMPO

Futuros agricultores de várias regiões e Estados brasileiros estão aprendendo e praticando ensinamentos para serem empresários rurais bemsucedidos. A formação vem da Escola Agrícola La Salle, um dos bons exemplos em Xanxerê e no Sul do país para criar uma nova geração de jovens agricultores. “A nossa missão é evitar o êxodo rural e promover a sucessão na atividade agrícola. Assim, o aluno volta para a casa para se firmar e continuam na atividade, ajudando a melhorar economicamente sua propriedade”, explica o professor Gerson Batistella, administrador da Escola.

Batistella passou de aluno a professor na instituição, fundada em 1977 na cidade de Xanxerê, cuja primeira colação de técnicos agrícolas aconteceu em 1979.  “Fui aluno em 1990 e quatro anos depois já era professor, então somando tudo isso já se passaram 23 anos.” Ele resume a função principal da Escola Agrícola, que já formou mais de 1.300 alunos em sua história. “É uma satisfação muito grande colaborar para a formação de profissionais que irão atuar em um dos setores mais nobres, que é o da produção primária de alimentos, o agronegócio.”

Anualmente, cerca de 200 alunos estão na Escola em regime de internato. Eles vêm de várias cidades catarinenses e também de outros Estados como Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Quando da realização da reportagem a equipe da Revista Coamo encontrou vários jovens dos Municípios de Campo Mourão e Mamborê, CentroOeste do Paraná.

PARCERIA

O professor elenca como muito positiva a chegada da Coamo a região de Xanxerê. “Com a Coamo passamos a ter uma boa parceria, iniciada há dois anos, encontramos na prática o que precisamos para produzir, além da vivência da filosofia e dos valores do cooperativismo.”

CONHECIMENTO DEVE EMOCIONAR

O Irmão Aníbal Thiele, que em 2014 completou 50 anos de vida religiosa é diretor da Escola Agrícola La Salle, em Xanxerê. “Aqui cheguei em 1989  para ficar somente um ano, mas gostei tanto que estou até hoje”, conta. Natural da Linha Imperial em Nova Petropólis (RJ), berço do cooperativismo no Brasil, o Irmão defende e propaga o movimento como fator de desenvolvimento. “O cooperativismo é a essência da vida no campo, sou um apaixonado por ele, por isso é que dele não abro mão.”

Segundo Thiele, a Escola Agrícola tem quase 40 anos e no início da atividade tinha muita dificuldade e a missão de como fazer para integrar o cooperativismo com a instituição. “Fizemos algumas experiências, mas quando a Coamo chegou em Xanxerê ficamos felizes, pois já conhecíamos o seu trabalho e filosofia. Então, não deu outra, fizemos esta parceria para aquisição de insumos e entrega da produção. Ficou excelente, pois passamos a mostrar aos alunos o valor do associativismo pela cooperação.”

Segundo o Irmão Aníbal, os alunos aprendem na teoria e na prática, têm aulas com orientação dos professores e atuam sempre em grupos nas atividades extra-classe. “O conhecimento deve emocionar, porque esta geração tem muita facilidade e, muitas vezes, a aprendizagem fica esquecida. Então, fazemos diferente e incentivamos o uso da tecnologia para que eles possam buscar, pesquisar e conhecer a sensação das descobertas com entusiasmo e emoção.”

LIVRO

Em novembro deste ano, a Escola Agrícola La Salle lançou a segunda edição do livro “Produção agropecuária– pesquisa interativa”, sendo uma compilação de 17 artigos, com conclusões de trabalhos (projetos científicos) desenvolvidos ao longo dos últimos dois anos nas áreas de produção animal e vegetal.

Colégio Agrícola recebe alunos de várias regiões do Brasil		Professor Gerson Batistella e Irmão Aníbal Thiele