Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 461 | Agosto de 2016 | Campo Mourão - Paraná

DIVERSIFICAÇÃO

PENSAMENTO POSITIVO

Otimista é a palavra que melhor pode definir o cooperado João Vicentin, de Brasilândia do Sul (Noroeste do Paraná). Proprietário da Fazenda Água da Onça, ele não desanima com intempéries climáticas ou frustrações na lavoura. Em cada safra as energias se renovam e as forças se voltam totalmente para o trabalho e desenvolvimento tecnológico. “Imagina fazer um serviço com medo ou pensando que não dará certo? Você já começa gerando algo que não é bom e não quero isso para mim.”

Certamente, é esse pensamento positivo que tem garantido ao ‘seo’ João resultados satisfatórios. Ele produz em uma área de 183 alqueires, sendo que em 17, cria 317 cabeças de gado de leite. Um trabalho que começou após uma situação difícil que viveu, mas que ele tirou proveito para crescer. “Quando começamos a mexer com o gado de leite, tínhamos poucas vacas e fomos assaltados. Na época só estavam o meu filho e genro na fazenda, foi quando preferi aumentar as vacas de leite e colocar mais gente para morar. Hoje, além da família, estou com três funcionários, o ambiente está mais seguro e rendendo mais”, revela.

O cooperado é sempre adepto às novidades do mercado, sendo inclusive sua propriedade palco de dias de campo da unidade. “Gosto de variedades novas e ter a tecnologia mais moderna do ano, pois os anos vão passando, e a agricultura, assim como tudo, vai se defasando. O agricultor precisa ser um empresário rural, pois a agricultura é um empreendimento. Se não soubermos administrar, quebramos como qualquer outra empresa. Além de ser a céu aberto, onde dependemos 99% do clima, por isso a minha parte estou fazendo bem. Estou dentro do mercado.”

Segundo o responsável pelo departamento Técnico de Brasilândia do Sul, Paulo Henrique Battisti, o ‘seo’ João é referência no município, “Ele tem altas produtividades, e todo ano procura rotacionar as culturas, sendo que utiliza soja em um pedaço de milho para fazer silagem para os animais. Ele vem adquirindo novas ferramentas e investimentos, para melhorar ainda mais a produtividade. Posso falar que na região e no município ele é referência e trabalha firme e forte com a Coamo”, afirma.

Agrônomo Paulo Henrique Battisti acompanha preparativos de plantio com o cooperado João Vicentin

Battisti ressalta que a cada ano fica mais difícil adquirir terras, até pelo alto custo, sendo necessário que o produtor rural busque outra via: produzir mais. “Como a expansão de área já está ficando limitada, nossa busca é fazer render mais a mesma área, justamente o que o ‘seo’ João tem feito e tem garantido o sucesso na sua propriedade.”


RESULTADOS

No verão, o cooperado colheu 120 sacas por alqueire, média menor que o ano retrasado (184 sacas) devido uma frustração. Quanto ao inverno, ele obteve uma média de 285 sacas de milho por alqueire que só não foi melhor em decorrência de uma estiagem. “Se analisarmos os resultados do município percebemos que pelo investimento que ele fez e pela frustração que ocorreu, ele colheu muito bem”, diz Paulo Henrique.

“Estou contente, pois apesar de ter caído a produção no soja, ainda sim obtive bons resultados. No inverno também não posso reclamar”, considera o cooperado com otimismo e sorriso no lábios.

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