A Emater está comemorando em 2016, 60 anos de existência desde a criação do serviço oficial de assistência técnica e extensão rural no Estado. E para comemorar a data, a Instituição está percorrendo as principais cidades paranaenses para contar um pouco desta história e valorizar suas ações com uma exposição itinerante. Em Campo Mourão, foram dois eventos: um na praça central da cidade e outro na Coamo, onde foram expostos o “Fusquinha” da Emater, considerado um dos principais símbolos da Extensão Rural na região, e também um protótipo do Jeep utilizado pelo presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, quando era extensionista da então Acarpa, em 1968.
Foi com esse Jeep, ano 1951, inclusive, que Gallassini veio de Curitiba a Campo Mourão, no final da década de 60. “Esse Jeep tem muitas histórias, assim como o Fusca que está em exposição pela Emater. Quando cheguei a Campo Mourão, em 1968, entrei na Acarpa [hoje, Emater] e iniciamos todo o trabalho de extensão rural, começando em seguida o trabalho de cooperativa, porque tínhamos essa ideia. Antes já haviam feito cinco tentativas, mas nada dava certo”, conta o presidente da Coamo.
Sempre interessado em trabalhar para tirar o melhor da terra, Gallassini iniciou os trabalhos na Coamo em 1970. “Na época em que iniciamos os trabalhos na Acarpa, haviam apenas cinco tratores em toda a região. Iniciamos com a Coamo, mas tudo era difícil porque não tínhamos dinheiro. Mas, as coisas foram acontecendo, a Coamo foi crescendo e continua em ascensão até os dias de hoje, presente em três Estados e sendo a 48ª maior empresa do Brasil, segundo a Revista Exame. A Coamo hoje é uma grande empresa e sua origem é da extensão rural”, diz ele.
O diretor administrativo da Emater, Richard Golba, também presente na abertura da exposição na Coamo, lembra que o trabalho de extensão rural no Paraná começou em 1956. “Começou com a antiga Acarpa e, na região de Campo Mourão, iniciou na década de 60, com o extensionista Aroldo Gallassini, que depois viria a assumir a Coamo, cooperativa que se destaca entre as melhores do mundo sob sua direção, e com faturamento superior a R$ 10 bilhões ao ano. Hoje, a nossa responsabilidade junto ao Instituto Emater é fazer com que o trabalho evolua cada vez mais e que mais agricultores sejam atendidos.”
Ele destaca a importância das cooperativas para a difusão da assistência técnica no Paraná. “As cooperativas fazem um trabalho fantástico na área de assistência para o desenvolvimento dos produtores rurais. E nesta exposição estamos mostrando a toda a sociedade a importância do trabalho de extensão rural que continua e continuará tendo papel fundamental nas próximas décadas.
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Richard Golba, diretor administrativo da Emater, destaca a importância da cooperativa para a difusão da assistência técnica no Paraná |
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