Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 498 | Dezembro de 2019 | Campo Mourão - Paraná

COOPERATIVISMO E EVOLUÇÃO

TRADIÇÃO CULTIVADA

Nelson Fetzer, cooperado em Mangueirinha (PR), se sente à vontade para lembrar do passado, falar do presente e prosperar o futuro

Em meio a ferramentas antigas guardadas e preservadas como parte da história da família, seu Nelson Fetzer, cooperado da Coamo em Mangueirinha (Sudoeste do Paraná), se sente a vontade para lembrar do passado, falar do presente e prosperar o futuro. A propriedade fica em Chopinzinho, onde ele chegou em 1956, vindo de Sarandi, no Rio Grande do Sul, um mês após casar. A viagem foi em cima de uma carroça, ainda guardada com carinho pelo associado.

De nacionalidade alemã, ele faz questão de manter as tradições e sempre reúne a família para preparar alimentos como, por exemplo, melado de cana, açúcar mascavo e as tradicionais chimias. O que também não pode faltar é a erva de chimarrão, produzida pelo associado. “É uma forma de manter parte da história e de reunir a família. Muitas dessas ferramentas e desses costumes foram repassados pelo meu pai e faço questão de passar para os filhos e netos para que eles possam conhecer a história da família e repassar para as próximas gerações e ter lembranças dos avôs e bisavôs”, assinala.  

Entre as ferramentas antigas estão triadeira, serrotes, trados, esquadros, plantadeira e um trator que durante vários anos foi o principal maquinário da família ajudando nas atividades do dia a dia. Atividades essas, que foram evoluindo a cada ano. “Hoje é bem diferente. Quando chegamos aqui, não existiam estradas e o meio de transporte era o cavalo. As cidades próximas ainda estavam começando, com poucas famílias residindo”, recorda Fetzer. Ele conta que desde que chegou no local, já percebeu que se tratava de uma região prospera e que poderia ter futuro com a família.

O associado é um dos pioneiros no plantio de soja na região. Ele recorda que em 1956 trouxe sementes do Rio Grande do Sul e para não perder, durante dois anos plantava, e a produção servia de alimentos para os porcos. “No terceiro ano de plantio, vendi a produção. Era tudo manual, desde o plantio até à colheita e levávamos ensacadas para vender.” Ele brinca que hoje em dia, plantar e colher soja é uma brincadeira, em comparação ao que era no início. “A produção, então, nem se compara. Evoluiu e muito.”

Fetzir se associou à Coamo logo após a sua instalação em Mangueirinha. Ele conta que a Coamo levou benefícios e serviços que faltavam para completar o trabalho no campo. “A loja de peças é um bom exemplo, faltava isso para nós. Sou a favor do cooperativismo que ajudou na evolução da região.”

Outra curiosidade do associado é em relação as datas comemorativas. Ele faz aniversário no dia 28 de fevereiro e faz festa para lembrar a data, independente do dia que cai. “Se cair em uma segunda ou sexta-feira, a gente faz a festa como se caísse em um sábado ou domingo. É um momento de alegria e reúno familiares e amigos para passar o dia comigo.” Outra data comemorada por ele e com festa, independente do dia que caia, é o 25 de julho, dia da imigração alemã no Brasil, do motorista e do colono. “Reunimos toda a comunidade para uma bonita festa. Trouxemos isso com nós e é uma maneira de mantermos viva a nossa tradição.”

Nelson Fetzer com o filho Odir no trator Massey Ferguson  85 X, 1976, comprado novo pelo associado

Família reunida para a produção de iguarias que fazem parte da vida do associado Seu Nelson faz questão de manter a tradição em família
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