Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 502 | Maio de 2020 | Campo Mourão - Paraná

INDUSTRIALIZAÇÃO

Produção industrializada

Indústria em Dourados (MS)

Em cada embalagem de um produto, os consumidores têm a certeza da origem, sustentabilidade e qualidade

Industrialização na Coamo começou em 1975 com a implantação de um Moinho de Trigo

Na Coamo a transformação não para. Mudam as colheitas, as estações, as pessoas, o mercado. Tudo está o tempo todo se transformando. Com as indústrias, novas tecnologias, métodos inovadores e muito trabalho fazem parte da busca constante da cooperativa, por oferecer produtos cada dia melhores.

Fundada em 1970, a cooperativa completará em novembro, 50 anos de existência e a agroindustrialização sempre esteve presente. Passados todos esses anos, novas indústrias surgiram outros produtos foram industrializados, sempre buscando a agregação de valor à produção dos cooperados.

O processo de industrialização na Coamo começou em 1975 com a implantação do moinho de trigo. Seis anos mais tarde, em 1981, entrou em funcionamento a primeira indústria de processamento de óleo de soja. Na sequência vieram em 1985, a fiação de algodão, 1990 a indústria de processamento de soja e Terminal Portuário em Paranaguá, 1996 refinaria de óleo de soja, 1999 indústria de hidrogenação, 2000 fábrica de margarina e gordura vegetal, 2009 torrefação e moagem de café e 2015 novo moinho de trigo. Em novembro de 2019, a cooperativa inaugurou em Dourados (MS), duas novas indústrias para produção de processamento de óleo de soja e refinaria de óleo de soja.

Todo processo industrial exige empenho e dedicação. É uma engrenagem que depende de várias peças para se manter funcionando e transformar mais de 3,0 milhões de toneladas de produtos por ano, agregando valor à produção dos cooperados e gerando empregos e divisas nas regiões em que atuam. É deste parque fabril com indústrias em Campo Mourão e Paranaguá, no Paraná, e Dourados, no Mato Grosso do Sul, saem os produtos Coamo que, junto com as commodities agrícolas, são comercializados nos mercados interno e externo.

Parque Industrial em Campo Mourão, com destaque para o novo Moinho de Trigo

O firme propósito de consolidar o compromisso com a comunidade, interna ou externa, tem levado a Coamo a um caminho, cada vez mais, sólido de construir uma cooperativa ajustada e capaz de enfrentar todos os desafios dos novos tempos.

Originados dos campos dos seus associados, os grãos que chegam até as indústrias são processados e ampliam a renda dos cooperados gerando mais qualidade de vida no campo, além de garantir divisas para o país.

Após o recebimento da safra dos cooperados, fruto de todo o trabalho, a produção é encaminhada às indústrias. Com papel relevante no processo da cadeia produtiva, a Coamo transforma matéria-prima em óleo de soja degomado, farelo e em produtos acabados, como óleo, margarinas, gorduras, farinha de trigo, café e fios de algodão. Estes produtos saem do complexo industrial da cooperativa para atender as demandas do mercado consumidor, seja para as linhas humana, animal e têxteis.

Em 1982, a indústria de óleo já era uma realidade em Campo Mourão

Linha do tempo

1975

Moinho de Trigo

Campo Mourão

1981

Indústria de Processamento de Soja

Campo Mourão

1985

Fiação de algodão

Campo Mourão

1990

Processamento de Soja e Terminal Portuário

Paranaguá

1996

Refinaria de Óleo de Soja

Campo Mourão

1999

Indústria de Hidrogenação

Campo Mourão

2000

Fábrica de Margarina e Gordura Vegetal

Campo Mourão

2009

Torrefação e Moagem de Café

Campo Mourão

2015

Novo Moinho de Trigo

Campo Mourão

2019

Ind. de Processamento de Soja e Refinaria de Óleo de Soja

Dourados

Cooperativa de grãos

“Quem tem indústria pode possibilitar uma margem maior e até pagar mais com a venda do produto industrializado”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini. Segundo ele, desde o início da aprovação e funcionamento das suas indústrias, a Coamo sempre pensou em industrializar os produtos in natura para agregar mais valor à produção dos seus cooperados com a venda desses produtos no mercado interno ou externo, dependendo da demanda e do mercado consumidor. “É preciso que as indústrias sejam viáveis e na maior do tempo é isso que acontece. Temos uma grande satisfação e orgulho em ver os produtos acabados com a marca da Coamo nos mercados e estabelecimentos de vários estados brasileiros, e no caso da soja, em se falando de grãos, óleo e farelo, ver os com a marca da Coamo nos mercados e estabelecimentos de vários estados brasileiros, e no caso da soja, em se falando de grãos, óleo e farelo, ver os nossos produtos que gozam de excelente conceito pela qualidade e confiabilidade nos processos, sendo exportados para várias partes do mundo”.

José Aroldo Gallassini, presidente do Conselho de Administração da Coamo

Industrialização na essência

Divaldo Corrêa, diretor Industrial da Coamo: "empresas do agronegócio que possuem indústrias, têm melhores resultados"

A própria essência da Coamo motivou a industrialização dos produtos. Segundo o diretor Industrial da Coamo, Divaldo Corrêa, empresas do agronegócio que possuem indústrias, têm melhores resultados. “É importante ter sempre duas pontas: uma com commodities, produtos in natura, e a outra com produtos industrializados. Isso porque, quando uma não estiver passando por um bom momento, a outra equilibra”, comenta. Ele lembra que o único produto recebido nos armazéns da cooperativa e que ainda não é industrializado é o milho. Porém, já existe estudo de viabilidade para novos projetos.

Corrêa esclarece que o rigor com os processos é fundamental nessa etapa. “O objetivo do cooperativismo é valorizar a produção e incrementar a renda do homem do campo. Então, na década de 1970, a Coamo percebeu que o caminho era a industrialização.”

De acordo com ele, cerca de 25% do faturamento da Coamo está na industrialização e isso é uma maneira de remunerar mais o cooperado que recebe nas sobras os resultados referentes ao produto entregue, seja soja, milho, trigo ou café.

O moinho de trigo foi a primeira indústria da Coamo e surgiu em 1975 como oportunidade de oferecer um benefício a mais aos agricultores. Conforme Corrêa, na época, os cooperados entregavam trigo e retiravam a farinha, pronta para o consumo. “Era uma demanda para a época, e essa parceria era um algo a mais para os agricultores da região que tinham a necessidade da farinha.”

Corrêa garante que as indústrias da cooperativa praticam as boas práticas de fabricação para dar continuidade ao processo de qualidade que começa no campo de milhares de cooperados. “O grão entregue na cooperativa deve atender a mesma padronização para exportação. Todos os produtos da nossa linha alimentícia carregam os selos e certificações que atestam essa qualidade. Tudo para agregar valor ao produto do cooperado e atender um mercado exigente”, ressalta.

Produção com garantia

Fiação de algodão em Campo Mourão começou em 1985 Coamo sempre manteve a qualidade como objetivo principal na produção de Alimentos

Um moderno laboratório de análise executa todo o controle do que é produzido nas Indústrias da Coamo, garantindo a qualidade dos produtos. A área de Pesquisa e Desenvolvimento, além de desenvolver novos produtos, realiza todos os testes necessários a fim de orientar os consumidores sobre a melhor forma de utilização daquilo que é produzido.

O gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Coamo, Luis Alessandro Volpato Mereles, acrescenta que o fato de a matéria-prima ter origem conhecida e padronizada, é um diferencial. “Quando vamos desenvolver um novo produto na cadeia do trigo, por exemplo, seja uma farinha ou pré-mistura, se temos a garantia de que esse cereal entra na cooperativa com o mesmo nível de qualidade, temos segurança no desenvolvimento, o que leva a um produto final seguro.”

Mereles explica que essa padronização traz tranquilidade ao consumidor. “Se tivéssemos matéria-prima de diversos locais, certamente viriam com diferentes condições e especificações, trazendo incertezas ao processo. Portanto, a matéria-prima que vem dos campos dos cooperados da Coamo, traz a segurança de um planejamento adequado, para desenvolver o produto final que será levado até a mesa do consumidor”, garante.


Indústria 4.0

A busca constante pela transformação passa também pela evolução e implantação de novas tecnologias que possam aprimorar a produção em toda a cadeia industrial. É a chamada indústria 4.0. A Coamo caminha a passos largos com investimentos e modernização de todos os parques industriais.

Na vanguarda no que tange à tecnologia industrial, Divaldo Corrêa  acrescenta que é preciso manter-se constantemente atualizado. “Temos tecnologia de ponta para que os produtos dos cooperados sejam competitivos.”

Inaugurado em 2015, o novo moinho de trigo em Campo Mourão é um dos mais modernos do Brasil, com equipamento de última geração. O mesmo ocorre com as indústrias em Dourados, que contam com estrutura automatizada. “As plantas mais antigas também passam por constantes melhorias, sempre buscando modernizar e atualizar para que possamos ter mais eficiência na produção.”  Corrêa destaca que novas tecnologias propiciam, também, redução de custo no valor final do produto, como por exemplo, com economia de energia elétrica. “Isso representa mais rentabilidade para a cooperativa e, consequentemente, para o cooperado”, frisa.

Segundo ele, a chamada indústria 4.0 é a utilização de inteligência artificial para que durante a industrialização garanta produtividade, redução de custos, controle do processo produtivo, customização da produção, para uma transformação profunda das plantas fabris.

Equipamentos de última geração e estrutura automatizada nas indústrias Coamo

EMPREGOS

Na sua área industrial, a Coamo conta com o profissionalismo direto de mais de 1.200 empregos diretos, que representa 16% do total geral de funcionários da cooperativa. Juntos, eles recebem, industrializam, transformam e colocam a produção dos cooperados e os produtos acabados nas mesas de milhares de brasileiros.

Indústria moderna em Dourados (MS)

Em um momento histórico para a Coamo no Mato Grosso do Sul, foi inaugurado no dia 25 de novembro de 2019 um moderno complexo industrial da cooperativa em Dourados (Sudoeste do Estado). As novas indústrias produzem farelo, óleo bruto e óleo refinado de soja.

A obra foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), em 23 de março de 2016, e em 06 dezembro do mesmo ano, foi lançada a pedra fundamental. As obras iniciaram em 2017, em uma área construída de 92 mil metros quadrados.

“Estas indústrias permitem expandir a presença da Coamo no mercado brasileiro com óleo refinado, nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul com farelo de soja e, também, ampliar a nossa participação no mercado europeu com farelo de soja” afirma José Aroldo Gallassini.

Gallassini destaca a necessidade das novas indústrias e a escolha da região de Dourados para instalação. “O volume de soja recebido pela Coamo no Mato Grosso do Sul comporta perfeitamente a instalação de uma moderna indústria esmagadora de soja e de uma refinaria de óleo de soja, justificando plenamente a redução de custo com o transporte do produto já industrializado ao invés de transportá-lo in natura para a industrialização em Campo Mourão ou em Paranaguá”, pondera.

As novas indústrias de óleo e refinaria de óleo de soja foram construídas à margem da BR 163, entre Dourados e Caarapó, com investimento superior a R$ 780 milhões e capacidade para processamento de 3.000 toneladas/dia de soja, produção de farelo de soja e uma refinaria para 720 toneladas/dia de óleo de soja, equivalente a 15 milhões de sacas. “Com as indústrias de Dourados, somados aos outros dois parques industriais, a Coamo amplia a capacidade de processamento de soja para 8.000 toneladas/dia e a de refino para 1.440 toneladas/dia de óleo de soja refinado”, revela Divaldo Correa, diretor Industrial da Coamo.

De acordo com ele, com as novas indústrias, a Coamo passou a esmagar 40 milhões de sacas de soja por ano. “Isso representa quase a metade da soja recebida pela Coamo. Crescemos também na produção de alimentos abrindo mais mercado no Mato Grosso do Sul e interior de São Paulo deixando a Coamo mais competitiva a atividade alimentícia.”

Momento histórico da inauguração das indústrias da Coamo em Dourados (MS), com participação da ministra da Agricultura Tereza Cristina, em novembro de 2019

Indústria em Paranaguá

Em Paranaguá (Leste do Paraná), a Coamo mantém indústria de esmagamento de soja e terminal portuário, adquiridos em 1990. Investimento proporciona o escoamento da produção para vários países.

Produção final

O trabalho dos cooperados no campo e a industrialização consolidada pela cooperativa está impresso na força da marca Coamo. É uma cadeia que se inicia no campo, passa pelas indústrias e chega na mesa de milhares de famílias. Esses valores são cultuados desde a fundação da cooperativa e que estão internalizados em cada uma das pessoas, ligadas direta e indiretamente com os negócios da Coamo.

Do parque industrial saem os Alimentos Coamo, por meio das marcas Coamo, Primê, Anniela e Sollus. Com a aplicação dos critérios de sustentabilidade, os Alimentos Coamo primam pela qualidade e sabor, além de obedecerem a todas as boas práticas de produção. Com a soma desses fatores se destacam em vendas nas redes de atacados, supermercados e mercearias do Paraná e dos principais estados brasileiros.

Os Alimentos produzidos para o varejo são: Margarinas Coamo Família, Coamo Extra Cremosa e Coamo Light; Creme Vegetal Primê; Óleo de Soja Coamo; Café Coamo torrado e moído, café Sollus torrado e moído, ambos em embalagens almofada e à vácuo; Café Coamo Premium apenas torrado e torrado e moído à vácuo; Farinhas de Trigo Coamo e Anniela; Gordura Vegetal Coamo e misturas para bolos e pães. E para a linha industrial, gorduras, farinhas e margarinas, além das commodities farelo e óleo degomado de soja.

Os produtos Coamo são comercializados nos mercados interno e externo, com qualidade reconhecida, graças à observância de rigorosos padrões de controle de produção, como os programas ISO 9000, BPF/APPCC, sistemas certificados internacionalmente para segurança alimentar.

Imagens da história das indústrias Coamo

Ao lado, Gallassini e Fioravante João Ferri, maquete da indústria de óleo e, acima, imagens dos primeiros anos do Parque Industrial, em Campo Mourão

Fiação de algodão foi novidade a partir de 1985

Evolução de envâse de óleo de lata para pet

Moinho de trigo foi a primeira indústria, em 1975

Imagem histórica do Parque Industrial em  Campo Mourão e no detalhe a indústria de óleo em Paranaguá
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