Coamo Agroindustrial Cooperativa | Edição 502 | Maio de 2020 | Campo Mourão - Paraná

SUCESSÃO NO CAMPO

De mãos em mãos

Marcos Vinicius e o pai, Alcir Iaguszeski.  Condução da propriedade garantida por mais uma geração.

Os exemplos cultivados em família e a rotina de atividades da propriedade quase sempre são decisivos na formação da carreira, além de ajudar a construir a personalidade dos sucessores do campo, que desde muito cedo, colocam a mão na massa e contribuem diretamente para desenvolvimento da atividade.

É o que acontece na Fazenda Santo Antônio, de propriedade da família Iaguszeski, na pequena Honório Serpa, no Sudoeste do Paraná. O cooperado Marcos Vinicius, seguiu os passos do pai, seu Alcir, e do seu avô (in-memoriam). Hoje, a terceira geração dos Iaguszeski começa a tomar conta dos negócios, para orgulho dos patriarcas. Assim, de mãos em mãos, cada geração faz sua parte, e mantém viva a profissão que amam, de produzir alimentos no meio rural. “É muita satisfação porque estamos trabalhando com lavoura e pecuária mais fortemente, mas antes tivemos outras atividades. Agora o Marcos está assumindo o que construímos ao longo da vida”, comenta seu Alcir, que no passado trabalhou com serraria, e está orgulhoso em ter o filho seguindo seus passos. “São atividades que começaram com meus pais e avós, e o Marcos dará sequência”, comemora o cooperado, que tem outros dois filhos atuantes em áreas não ligadas ao campo.

É cada vez maior o número de jovens que assumem o comando dos negócios da família nas propriedades rurais. A maioria mantém uma tradição que tem sido passada por gerações. No caso de Marcos Vinicius, que é formado em engenharia agronômica, logo que saiu da universidade optou por ganhar experiência e por alguns anos trabalhou numa multinacional no Estado do Mato Grosso. Mas, a vontade de voltar para casa e a saudade da família falou mais alto. “É muito bom voltar e contribuir com meu pai, dando sequência no seu legado. Quando recebi o convite há cerca de quatro anos para voltar para casa e ajudar na propriedade não pensei duas vezes. No começo foi um pouco mais difícil, mas hoje estamos acertando tudo e no caminho certo”, afirma o cooperado, lembrando que antes a propriedade era mais diversificada e teve mudanças de atividades por conta do mercado. “Hoje os negócios caminham melhor. Tínhamos antes pecuária de leite e corte, e agora estamos investindo mais em grãos, o que traz mais lucratividade”, revela o jovem cooperado. Ele participou do Curso de Formação de Jovens Líderes Cooperativistas da Coamo, responsável pela formação de mais de mil cooperados em toda área de ação da Coamo.

O produtor valoriza o apoio da cooperativa, que faz parte da história da família. “Meu pai sempre foi associado e eu, também, há cerca de dez anos. É importante ter uma cooperativa séria e idônea como a Coamo por perto, onde podemos comprar os produtos e depositar nossa produção, o nosso dinheiro, porque sabemos que quando precisar ela estará pronta para nos atender”, agradece.

Pai e filho com o agrônomo Cleiton Bukoski, da assistência técnica da Coamo em Honório Serpa

Acompanhando de perto o trabalho dos Iaguszeski, o engenheiro agrônomo Cleiton de Souza Bukoski, da Coamo em Honório Serpa, elogia o caminho traçado e escolhido por eles. “É um processo importante, porque em algumas propriedades falta essa sucessão. Tem de haver esse acompanhamento e o interesse do sucessor em trilhar o caminho mais correto possível”, comenta.

Independentemente dos caminhos que a vida levar durante a transição entre a fase de adolescência e adulta, passando dos bancos da faculdade para a vida profissional, o importante é não se distanciar e manter contato com o trabalho no campo. Neste último, construir uma carreira dentro dos negócios da família pode significar, sim, uma garantia de sucesso profissional.

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